Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: QUEBRA-CABEÇA DA QUÍMICA INORGÂNICA:
UM JOGO FACILITADOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA
AUTORES: Paz, W.H.P. (UESPI) ; Gomes, I.C.C.S. (UESPI) ; Silva, N.G. (UESPI) ; Pessoa, D.C.S. (UESPI) ; Sousa, D.A. (UESPI) ; Lima, F.C.A. (UESPI)
RESUMO: O trabalho tem como objetivo aplicar o jogo “quebra cabeça da química inorgânica” em duas escolas públicas de Teresina-PI, no 1º e 2º ano do ensino médio, abrangendo o aprendizado da tabela periódica com o intuito de estimular e explorar o conhecimento pelo conteúdo relacionado, além de auxiliar o professor na difícil tarefa de despertar o interesse dos alunos. A metodologia se constitui em um quebra cabeça clássico com dupla face contendo o nome do elemento químico e a outra com o símbolo de outro elemento químico, sendo assim as peças são encaixadas respeitando a ordem da tabela periódica. Os resultados alcançados foram vantajosos, haja vista, que os estudantes tiveram um rendimento escolar no sentido de compreender de forma lúdica facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
PALAVRAS CHAVES: quebra-cabeça; elemento químico; ensino-aprendizagem
INTRODUÇÃO: Sabe-se que o jogo é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa. Segundo Kishimoto (1994), o jogo, é considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções: a lúdica e a educativa, mas que devem estar em equilíbrio, pois se a função lúdica prevalecer, não passará de um jogo e se a função educativa for predominante será apenas um material didático. Pois assim que se cria ou se adequa um jogo ao conteúdo escolar, acontece o desenvolvimento de habilidades que envolvem o indivíduo em todos os aspectos como cognitivos, emocionais e relacionais, a fim de torná-lo mais capacitado na produção de respostas criativas e eficazes para solucionar os problemas. Uma vez que o jogo é considerado uma linha que transporta conhecimento do conteúdo didático específico, resultando em uma transferência da ação lúdica para a obtenção e desenvolvimento de informações (KISHIMOTO, 1996), sendo uma alternativa para se melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem (GOMES & FRIEDRICH, 2001).
Desta forma o presente trabalho tem como objetivo aplicar o jogo “quebra cabeça da química inorgânica” em duas escolas de Teresina-PI abrangendo o aprendizado da tabela periódica com o intuito de estimular e explorar o conhecimento pelo conteúdo relacionado, além de auxiliar o professor na difícil tarefa de despertar o interesse dos alunos para os conteúdos químicos.
MATERIAL E MÉTODOS: Na confecção do jogo utilizou-se: papelão, cola de papel, tesoura, fita adesiva e folhas impressas com as formas de puzzle contendo em cada peça os nomes e os símbolos dos elementos. A produção do quebra cabeça foi feita no programa paint, no qual foi desenhado as peças coloridas correspondendo a classificação dos elementos químicos (hidrogênio, metais, não-metais, semi-metais, halogênios e gases nobres) e já impressas foram recortas e coladas em um papelão e passado a fita adesiva para conservar as peças. O jogo possui 82 peças com dupla face contendo o nome do elemento químico e a outra face o símbolo de outro elemento, como mostra o esquema de algumas peças do quebra-cabeça apresentada na figura 1. Este jogo foi planejado obedecendo à ordem de família e períodos de cada um, com exceção dos metais de transição que não foram incluídas no jogo. Explicou-se um sintético esclarecimento da tabela periódica, em relação à classificação dos elementos, suas famílias e períodos, a fim de que alunos não sintam dificuldades e para que se obtenha um conhecimento prévio do assunto. Ao iniciar o jogo os alunos devem seguir estes passos: é necessário a divisão por grupos com 4 alunos, as peças são viradas para baixo e misturadas. Como foi dito antes os alunos devem associar o nome do elemento ao símbolo construindo a tabela periódica. Para facilitar o processo de montagem cada peça contém uma cor específica à classificação de cada elemento. Todos os jogadores devem refletir sobre as melhores estratégias para executar o jogo em menos tempo possível. Em caso de dúvidas o jogador poderá consultar a tabela periódica apenas 3 vezes e ao tabuleiro contendo as instruções e regras. O vencedor será o grupo que estiver montado o quebra cabeça corretamente em menos tempo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a realização do jogo com os alunos de 1º e 2º ano do ensino médio, observou-se características de comportamentos individuais e coletivos e o empenho no desenvolvimento das atividades.Com o quebra-cabeça pode-se constatar que os alunos compreenderam com facilidade o conteúdo da tabela periódica como a família, classificação e período de cada elemento químico,pois a participação ativa dos alunos na execução do jogo permitiu suprir as possíveis deficiência do conteúdo identificado nos alunos participantes, como também a mudança de comportamento, já que estes mostraram maior interesse na aula, resultando numa maior interação. Desta forma pode-se então verificar na prática que o quebra cabeça inorgânico mostrou-se uma ferramenta atrativa e motivadora no processo de ensino e aprendizagem dos alunos na disciplina de química.
Demostração das peças do quebra cabeça da quimica inorgânica
A figura demonstra as peças do quebra cabeça na cor específica de acordo com a legenda que apresenta a classificação de cada elemento químico.
CONCLUSÕES: Fica evidente que a criação de novas metodologias tal como esse jogo lúdico didático apresentado neste trabalho tem mostrado eficiência trazendo resultados positivos para os alunos, no sentido que este facilita o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de química. É importante ressaltar que a utilização da ludicidade por meio do jogo é uma estratégia aprovada por muitos alunos, deixando claro que cabe aos professores adotar essa metodologia como um recurso criativo e alternativo no ensino de química.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] KISHIMOTO, T.M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez, 1996, 183p.
[2] KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil.São Paulo: Pioneira, 1994.
[3] GOMES, R. R.; FRIEDRICH, M. A Contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. In: EREBIO,1, Rio de Janeiro, 2001, p.389-92.