Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO:  Resíduos Sólidos e Educação Ambiental: uma realidade na região metropolitana de Belém-PA
AUTORES:  Silva, V.M.P. (UFPA)  ; Costa, D.V.A. (UFPA)  ; Figueiredo, P.L.B. (UFPA)
RESUMO:  O trabalho tem por objetivo estudar o destino que os moradores da região 
metropolitana de Belém-PA dão aos resíduos sólidos gerados nas residências na 
ausência do carro coletor. Objetivando justificar que a Educação Ambiental pode 
ser um meio pelo qual possa se constituir em um processo informativo e formativo 
dos indivíduos a partir dos conhecimentos adquiridos por meio da disciplina 
escolar Química. Pois observou-se que uma parte da população da cidade de Belém, 
além de jogar o lixo nas ruas na ausência da coleta, parte dessa população queima 
os resíduos sólidos residenciais como solução imediata. Procura-se assim, 
alternativas para um melhor ensino-aprendizagem desta ciência.
PALAVRAS CHAVES:  resíduos sólidos; educação; meio ambiente
INTRODUÇÃO:  Os resíduos sólidos conhecido como lixo é resultado de intensa atividade diária 
do homem em sociedade, e que pode ser considerado como fatores prepoderantes de 
sua origem e produção, o aumento populacional e a intensidade da 
industrialização.(ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). 
A questão ambiental tem estado presente na maior parte das discussões 
internacionais, entre lideres de Estados, motivada por cientistas, ONG’ s, 
ambientalistas, entre outros grupos preocupados com o grande volume de lixo 
gerados todos os dias, principalmente nos centros urbanos. O não tratamento 
dessa massa pode contribuir significativamente para a degradação da biosfera, em 
detrimento da qualidade de vida em nosso planeta. 
A educação ambiental é o principal instrumento de transformação, sendo 
fundamental para o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação ao meio 
ambiente, gerando comprometimento e responsabilidade da população nas ações de 
saneamento e saúde. Tem sido utilizada como instrumento para resolver os 
problemas associados aos resíduos sólidos, desde a geração, coleta, transporte 
até a disposição no destino final (SOARES; SALGUEIRO; GAZINEU, 2007).
 Para tal o ensino de química pose ser o instrumento pelo qual a Educação 
Ambiental deve ser compreendida como um processo de constante aprendizagem que 
valoriza as diversas formas de conhecimento, visando formar cidadãos com 
consciência local e planetária. Sendo que, sua aprendizagem só será mais eficaz 
se a prática de ensino for adaptada ao contexto da vida real da cidade, ou do 
meio em que vivem o aluno e o professor (ANDRADE; CAPIM; OLIVEIRA, 2007). O 
trabalho tem por objetivo estudar o destino que os moradores da região 
metropolitana de Belém-PA dão aos resíduos sólidos gerados nas residências na 
ausência do carro coletor.
MATERIAL E MÉTODOS:  Utilizou-se nesta pesquisa, como metodologia a pesquisa de campo exploratória e 
a descritiva prevista segundo Martins Junior (2008), sendo que na primeira foi 
utilizada uma abordagem quantitativa por meio de questionários; e na segunda 
usou-se uma abordagem qualitativa por meio de entregas de folder e questionários 
qualitativos.
Foram entrevistados 200 pessoas em quatro bairros da região metropolitana de 
Belém do Estado do Pará: Paar, 40 Horas, Icoaraci e Gamá, com o objetivo de 
saber da população qual o tratamento dado aos resíduos sólidos produzidos nas 
residências? Qual o entendimento da população quanto ao seu meio ambiente? Qual 
o fator que contribui para a sujeira das ruas da região metropolitana de Belém. 
Esse trabalho ocorreu de Abril a junho de 2013. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO:  Após a pesquisa de campo realizada e a aplicação dos questionários aos moradores 
dos bairros em analise obteve-se os seguintes resultados: observou-se que dentre 
todos os entrevistados (67%) entenderam o que é meio ambiente, porém (33%) 
desconhecem o seu próprio meio como ambiente; observou-se que (59%) dos 
entrevistados preservam o meio ambiente colocando o lixo gerado nas residências 
para a coleta. Mas cerca de (24%) da população pesquisada destinam os resíduos 
para a queima, o que pode ocasionar alguns problemas ao meio ambiente e ao 
homem, pois em virtude da combustão do lixo podemos ter o desprendimento de 
vários gases que contribuem para a poluição atmosférica; observou-se que na 
ausência da coleta pública (55%), dos entrevistados procuram dá os mais variados 
destinos ao lixo produzido, enquanto que (45%) decidem queimá-los, pois alegaram 
ter medo de uma proliferação desordenada de roedores e insetos ao redor de suas 
ruas; observou-se que todos os pesquisados (100%) afirmam que essa sujeira deve-
se a falta de educação das pessoas. Esses dados estão mais bem expressos na 
figura 01. Na figura 02. Têm-se algumas das fotos tiradas durante as pesquisas 
mostrando os lixos jogados nas ruas dos bairros pela própria população. Luvielmo 
(2007) caracteriza a Educação Ambiental como sendo uma educação baseada em 
conceitos de valores sociais, políticos, econômicos, éticos e culturais, logo 
defende que só assim poderá se formar uma consciência ambiental nas pessoas.
Figura 01: Resultados das pesquisas realizadas no trabalho.
Figura 02: Lixo jogado nas ruas pelos moradores.
CONCLUSÕES:  Dentro deste contexto, a Educação Ambiental tornou-se um recurso cada vez mais 
importante e indispensável no âmbito educacional ajudando a concretizar de forma 
mais eficaz a transmissão e, consequente, construção do conhecimento para a 
formação de cidadãos que respeitem o espaço-físico sem torná-lo nocivo ao homem, 
tornando-se assim um processo ensino-aprendizagem de uma prática cada vez mais 
ativa, integrativa e reflexiva como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
AGRADECIMENTOS:  À UFPA e à população entrevistada pelo apoio na realização da pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:  ANDRADE, F. M. P; OLIVEIRA, D. F. Reciclegem do papel: A educação ambiental no ensino de Química. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 47, 2007. Natal, Livro de resumos dos 47 Congresso Brasileiro de Química. Natal, 2007,p. 171.
LUVIELMO, F. E. Educação  Ambiental: Implicações epistimológicas de suas origens, fundamentos, características e seus rumos na atualidade sócio-educacional. Revista Espaço Acadêmico. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <HTTP:/WWW.espacoacademico.com.br/071/71encarnação.htm>. Acessado em 05 de julho de 2013.
MARTINZ JUNIOR, J. Como Escrever Trabalhos Acadêmicos de Curso: Instruções para planejar e montar, desenvolver, concluir, redigir e apresentar trabalhos monográficos e artigos. 2. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
Ministério da Educação, Secretária de Educação Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9.394 de 20/12/1996). Brasília: MEC/SEF, 1996. 
ROCHA, J. C; ROSA, A. H; CARDOSO, A. A. Introdução a Química Ambiental. 2º Ed; São Paulo: bookmam, 2009. P. 223-252.
SOARES, L. G. C; SALGUEIRO, A. A; GAZINEU, M. H. P. Revista Ciência & Tecnologia; centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Católica de Pernambuco. lilianegadelha@yahoo.com.br; aas@unicap.be; helena@unicap.br. Ano 1. n. 1. Julho-dezembro 2007.
