Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: Analise da concepção dos banhistas diante da poluição da praia do tucunaré em Marabá-PA
AUTORES: Furtado, C.T.A. (UEPA) ; Carvalho, M.B.M. (UEPA) ; Machado Junior, G.A. (UFT) ; Brito, C.E. (UEPA) ; da Costa, A.V. (UEPA) ; Lima, N.S. (UEPA) ; Nascimento, J.O. (UEPA) ; Oliveira, F.G. (UEPA)
RESUMO: A praia do tucunaré é localizada próxima à área urbana de Marabá, por ser um ponto turístico e de lazer regional tem um alto fluxo de pessoas durante as férias de julho, onde acabam deixando uma grande quantidade de lixo. Foi aplicado um questionário semi-aberto aos banhistas, com o intuito de analisar a concepção dos banhistas diante da poluição da praia, de como é feito o descarte do lixo, e quais as consequências a qualidade de vida da população presente e futura. As mudanças de hábitos acabam sendo absolutamente necessárias.
PALAVRAS CHAVES: educação ambiental; praia do tucunaré; e poluição de praia e rio
INTRODUÇÃO: A praia do tucunaré surge sempre em um lugar específico no meio do curso do rio
Tocantins, frente ao centro do município de Marabá, seu principal acesso é por
pequenas embarcações, sendo um dos principais pontos turísticos do município e
lazer dos habitantes. Diante da peculiaridade hidrográfica da região amazônica a praia do tucunaré fica submersa no período de chuvas, e surge em período de
estiagem, no qual passa e ter um alto fluxo de banhistas principalmente no
período de férias escolares em julho. Há um alto índice de consumo de comidas e
bebidas, proporcionando um elevado acumulo de lixo, que acaba sendo abandonado
na areia da praia e no rio. É perceptível a cultura regional amazônica e até mesmo mundialmente de se jogar resíduos em meio ambiente, hábitos estes que não são recentes. A globalização trouxe facilidades no acesso a materiais de
consumo, porém a região ainda tem deficiências no acesso à educação ambiental,
consequentemente elevando a poluição local. “Entende-se por educação ambiental
os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem como de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Lei No 9.795/99 – Art. 1º).“A EA
deverá ser capaz de catalisar o desencadeamento de ações que permitam preparar
os indivíduos e a sociedade para o paradigma do desenvolvimento sustentável,
modelo estrategicamente adequado para responder aos desafios dessa nova clivagem
mundial” (DIAS, 2006).
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada em uma praia da cidade de Marabá, conhecida como praia do tucunaré. A coleta de dados foi realizada a partir da aplicação de 50 questionários semi-aberto aos banhistas que a frequentam, no questionário
continham questões referentes a poluição da praia, como é feito o descarte do
lixo, e qual a consciência da população que pode interferir na qualidade de vida
da geração presente e futura.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados obtidos a partir dos questionários,diante das seguintes perguntas: Você joga lixo na areia da praia ou no rio? 22% disseram que sim, em
seguida ao perguntarmos o que faz as pessoas a jogarem lixos na areia da praia
então tivemos os seguintes resultados(Fig. 1). O que seria indicado para reduzir este ato de jogar lixo aonde não se deve? 25% responderam que cada um deve se responsabilizar em trazer sacolas juntar e destinar o lixo a um lugar mais apropriado, 17% responsabilizaram os comerciantes da praia que deveriam
solucionar esta questão, 17% afirmaram ser preciso a conscientização da
população, 5 % que a mídia deve divulgar mais, 23% que precisam de lixeiras e
lugares adequados para o descarte, 3% deixaram em branco, e 10% disseram outros. Com a pergunta qual o destino do lixo que cai no rio? 35% disseram que vão para o meio ambiente, 15% que para o fundo do rio, e 50% que não sabe. Sabe o que acontece com esse lixo?44% responderam que polui o rio, 18% demoram a se
decompor, 23% prejudica a saúde, e 15% disseram prejudicar a fauna e flora
marinha. Por fim foi feita a seguinte pergunta você percebe o risco a saúde
diante do acumulo de lixo na areia da praia? 96% disseram que sim e apenas 4%
que não. Observamos a presença de inúmeros tipos de resíduos abandonados na
areia da praia(Fig.2). Podemos observar que a EA(Educação Ambiental)ainda não é aplicada de maneira contemplativa, sabendo que toda a população tem grande
influências no tratamento do MA(Meio Ambiente). Por mais que haja evidentes consequências ao MA e posteriormente a qualidade de vida da população, ainda é alto o índice de poluição regional. “A EA se insurge num contexto derivado do uso inadequado dos bens coletivos planetários em diferentes escalas espácio-temporais”(PEDRINI,2010).
(Fig. 1)
gráfico com motivos da poluição apontados pelos
banhistas.
(Fig. 2)
fotografia de como fica o acumulo de lixo na praia
ao anoitecer.
CONCLUSÕES: É perceptível a imensa quantidade de lixo abandonado na praia no fim de cada dia.
A poluição vem prejudicando o bem estar e a qualidade de vida regional, afetando
diretamente a população. Tendo em vista a mazela cultural busca-se uma solução
adequada diante da realidade local, é dever de todos fazer a sua parte tanto como
população, como sociedade ou como entidade representativa. A EA deve fazer parte
do cotidiano de todos, não é dever de um apenas é dever de todos, e para o bom
andamento da EA depende claramente do empenho, ética, é compromisso de toda a
sociedade.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASÍLIA, Lei No 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v.127, n. 79, p.1, 28 abr. 1999 Seção I.
PEDRINI, A.G.(Org.).Educação ambiental: reflexões e práticas contêporaneas.7.ed.Petrópolis, RJ:Vozes,2010 – (Coleção Educação Ambiental).
DIAS,GF. Atividades interdisciplinares de educação ambiental: práticas inovadoras de educação ambiental.2.ed.rev.,apl. E atual. São Paulo: Gaia, 2006.