Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DA BARRAGEM DO RIO FLORES, JOSELÂNDIA – MA
AUTORES: Frazão Conceição, C.A. (CEST/UFMA) ; Cutrim Furtado, J.G. (CEST) ; Lopes Santos, L.R. (CEST) ; Silva Costa, D.K. (UFMA)
RESUMO: Objetivou-se analisar a qualidade da água da barragem do rio Flores localizada no
município de Joselândia – MA, através de análises físico-químicas realizadas in
loco. Os parâmetros analisados foram: Temperatura, pH, Oxigênio Dissolvido,
Sólidos Totais Dissolvido, Salinidade e Condutividade Elétrica.
PALAVRAS CHAVES: Qualidade da Água; Barragem; Bacia do Mearim
INTRODUÇÃO: O Brasil possui 2,8% da população do planeta e dispõe de 12% da água doce
superficial da terra, além de amplas reservas subterrâneas, sendo um dos países
que mais contemplados em termos de recursos hídricos, no Nordeste, com 29% da
população brasileira, conta com, 3% desta disponibilidade. (CAPES, 2012).
A água para ser consumida pelo homem não pode conter substâncias dissolvidas em
níveis tóxicos e nem transportar em suspensão microrganismos patogênicos que
provocam doenças. (MOUCHREK, 2005). Outro fator importante da água é a
transmissão de algumas doenças endêmicas, como: malária, dengue e febre amarela
e ainda segundo Mouchrek (2005) a forma de avaliar a qualidade da água é através
das análises físico-químicas e microbiológicas e que no Brasil, existem padrões
de potabilidade regidos por portarias e resoluções legais, que dão subsídios
para avaliar níveis de qualidade para água, a exemplo da Resolução CONAMA
357/05.
O Maranhão detém grandes potencialidades de recursos hídricos, o que destaca o
Estado no Brasil e no mundo, tendo em vista as grandes problemáticas mundiais
decorrentes da escassez de água. De acordo com Leite (2011) 97,2% das águas do
Estado do Maranhão são subterrâneas e somente 2,8% são águas superficiais. Neste
sentido o estudo procurou avaliar a qualidade da água da barragem do rio flores
no município de Joselândia – MA, realizando in loco análises de alguns
aspectos físico-químicas deste corpo hídrico, em março de 2013.
MATERIAL E MÉTODOS: A bacia do rio Mearim possui uma área de 99.058,68 km², segundo a ANA (2011),
possuindo como rio principal o Mearim, sendo o rio Flores um dos seus principais
afluentes. Segundo o GD-MA (2011), a barragem do rio Flores foi concluída em
1987, para aproveitamento energético, controle de enchentes da bacia do Mearim e
implantação do polo hidroagrícola do Flores.
Em único dia, levantou-se um estudo de campo na barragem do rio Flores,
localizada no município de Joselândia (Ma) a fim de caracterizar alguns aspectos
físico-químicos da água da barragem. Realizaram-se análises físico-químicas em
três pontos específicos do manancial. Os pontos de coleta foram denominados de,
P1 (área de entrada do rio flores na barragem); P2 (parte central); P3 (Ponto de
deságua da barragem). Analisou-se in loco com o auxilio de um Kit
Mutiparâmetro (HANNA HI 9828), pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido
(OD), sólidos totais dissolvidos (TDS) e salinidade, após esta etapa, realizou-
se levantamento bibliográfico nas principais referencias que abordavam a
temática supracitada para subsidiar e fundamentar o estudo.
Todos os dados obtidos nos resultados foram compilados, tabulados e seus níveis
comparados com os recomendados pela resolução CONAMA Nº 357 de março de 2005,
que dispõem sobre o enquadramento de corpos hídrico de acordo com sua finalidade
de uso.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os parâmetros analisados estão expressos na Tabela 1. De acordo com Tavares
(1994), as variáveis físico–químicas mais apropriadas à qualificação da água de
viveiros são: oxigênio dissolvido; pH; dióxido de carbono livre; alcalinidade
total; dureza; condutividade elétrica; temperatura; transparência; nutrientes e
outros.
As temperaturas registradas apresentaram valores entre 32,32 ºC e 32,68°C. Não
houve diferenças significativas entre os pontos. Conforme Silva (2007) relata, a
temperatura influência na reprodução, sobrevivência e crescimento dos peixes.
Este parâmetro influencia diretamente em outros aspectos físico-químicos, como,
pH, OD, TDS, Salinidade e condutividade elétrica, entre outros.
Quanto ao parâmetro pH, verifica-se a conformidade com a Resolução CONAMA
357/2005, limite estabelecido na Resolução (6,5 a 9,0). As amostras apresentaram
valores mínimos e máximos de 7,28 a 7,46, representando águas ligeiramente
básicas, próxima ao neutro.
Quanto aos níveis de oxigênio dissolvido, todos os pontos observaram-se valores
inferiores ao estabelecido pela resolução, que deve ser superior a 6 mg/L, o que
pode ser agente limitante para a sobrevivência de alguns organismos aquáticos.
Os valores de salinidade registrados na pesquisa variaram entre 0,11% a 0,12%. A
resolução classifica as águas da barragem como água doce. Os resultados de TDS,
também se encontram dentro do limite máximo estabelecido (<500 ml/L).
A condutividade apresenta valores mínimo e máximo entre 243 e 274 µS/cm. Este
parâmetro não é estabelecido pela resolução CONAMA.
CONCLUSÕES: Os estudos preliminares mostram que os valores mínimos e máximos foram
satisfatórios, apenas o parâmetro oxigênio dissolvido em todos os pontos encontra-
se não conforme, quando comparados com a Resolução CONAMA N° 357/2005. A Resolução
base deste trabalho, não contempla todos os parâmetros estipulados para este
estudo.
AGRADECIMENTOS: Faculdade Santa Terezinha (CEST); Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS. Índices quantitativos de abastecimento água: 2005. Disponível em: revistadasaguas.pgr.mpf.gov.br/.../as-aguas-subterraneas-ou-as-aguas-que-brotam-das-pedras. acesso em 03 abr. 2013.
CAPES - Contribuição da Pós Graduação Brasileira para o desenvolvimento sustentável: Capes na Rio + 20. Brasília: Capes. p. 33, 2012.194 p.
MOUCHREK, V. E. F. Analise Físico-química de água. Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água, Laboratório de Bromatologia. São Luís: UFMA, 2005.
GRUPO GONÇALVES DIAS- MARANHÃO. Barragem do rio Flores. Mar. 2011. Disponível em: http://gdma.com/2011/01/25/uma-bomba-relogio-represa-do-rio-flores/. Acesso em: 12 jul. 2013
TAVARES, Sipauba, L.H. Limnologia Aplicada a Aqüicultura. Jaboticabal: FUNEP, 1994. 70 p.
Silva, J. W. B. e. 2007. Tilápias: técnicas de cultivo – o caso de uma comunidade carente. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora. 77p.