Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: GERENCIAMENTO DE MATERIAIS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO E PESQUISA
AUTORES: Silva, E.F. (UFLA) ; de Almeida, A.M. (UNIFOR-MG) ; Ramalho, T.C. (UFLA)
RESUMO: Fornece, através de uma revisão de literatura, informações sobre a importância da
implantação/implementação de um Programa de Gerenciamento de Materiais em
Instituições de Ensino e Pesquisa. Relata a relevância da adoção de um programa
de gerenciamento, pois além de ser uma prática ambientalmente segura torna-se
premente uma vez que a maior parte dos resíduos e rejeitos gerados é decorrente
do errôneo gerenciamento dos produtos químicos. Ressalta-se que a falta de um
programa de gestão na maioria das instituições de ensino e pesquisa acarreta um
descarte pouco consciente dos materiais residuais, sendo que, a adoção de um
programa contribui para mitigar riscos e reduzir ou eliminar a insalubridade e
periculosidade de vários locais além de preservar o meio ambiente.
PALAVRAS CHAVES: Materiais residuais; Gestão de resíduos; Minimização de resíduos.
INTRODUÇÃO: A sustentabilidade ambiental constitui hoje um tema de destaque da agenda
pública mundial. Vários são os aspectos abordados em relação a este tema;
dentre eles, destaca-se o gerenciamento de materiais, que envolve soluções
relativas à geração e disposição final dos materiais residuais. O gerenciamento
visa controlar todo ciclo de vida da substância química (FIGUÊREDO, 2006).
Logo, torna-se conveniente adotar uma hierarquia de gestão que privilegia a
utilização racional dos próprios produtos químicos implicando em uma menor
geração dos materiais residuais concomitante ao aumento da segurança nos
laboratórios (GIL et.al., 2007). A gestão de materiais em Instituições de Ensino
e Pesquisa é prática recente e ainda existem unidades onde essa prática é
inexistente ou inadequada. Os motivos que levam a tal quadro são diversos e
entre eles podemos citar as falhas na fiscalização e a falta de conscientização
dos usuários, o que ocasiona um descarte inadequado do material residual
(FIGUERÊDO, 2006). Deve-se levar em conta também o grande número de instituições
geradoras destes materiais (JARDIM, 2002). Tal fato coligado a natureza diversa
dos materiais inviabiliza a premissa de que as mesmas dispensam um programa de
gerenciamento. A falta de um programa na maioria das instituições acarreta um
descarte pouco consciente de resíduos e rejeitos, por meio de pias dos
laboratórios ou mesmo em lixos comuns. Em alguns casos tem-se a geração de
passivos ambientais expressivos, que vão se acumulando ao longo do tempo a
espera de um fortuito tratamento (FIGUERÊDO, 2006). Assim, o objetivo do
presente estudo foi fazer uma revisão literária sobre a importância da
implantação/implementação de um Programa de Gerenciamento de Materiais em
Instituições de Ensino e Pesquisa.
MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada revisão da literatura nacional sendo selecionados artigos e livros
que abordavam o tema Gerenciamento de Materiais. Os seguintes termos de pesquisa
(palavras-chaves e delimitadores) foram utilizados em várias combinações: 1)
Materiais Residuais 2) Gestão de Resíduos 3) Minimização de Resíduos.
A pesquisa bibliográfica incluiu artigos originais, artigos de revisão e livros.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Tratando-se de instituições que avaliam e acusam outras unidades geradoras de
materiais residuais e levando-se em conta seu papel educador, é meritório que
tais instituições se atentem para a implantação ou mesmo implementação de
programas de gerenciamento. A falha na fiscalização em instituições de ensino e
pesquisa as torna grandes poluidoras do meio ambiente sendo, até pouco tempo, o
descarte inadequado de materiais residuais prática corriqueira em algumas
instituições (MAROUN, 2006). Cabe ressaltar também que muitas vezes o descarte
inadequado destes materiais é conferido à falta de conscientização ou mesmo
informação por parte dos usuários dos laboratórios. Foi constatado, em um estudo
de caso, que resíduos químicos (clorofórmio, hexano, éter, pentano, bases
fortes, etc.) são eliminados na rede de esgoto sem prévio tratamento sendo
outros, acondicionados em sacos plásticos e inseridos em lixeiras sem tampas e
pedais (COUTINHO, 2006). Observa-se que a adoção de práticas minimizadoras
infere também na consolidação de uma consciência ética por parte de
profissionais, estudantes, estagiários, dentre outros. Diversos resíduos gerados
transcendem a capacidade de resiliência do meio ambiente, gerando desequilíbrios
em seus ciclos originais (FIGUEIREDO, 1995).
CONCLUSÕES: De acordo com o apresentado na literatura, existe ainda uma carência de Programas
de Gerenciamento de Materiais em Instituições de Ensino e Pesquisa. Diante de um
cenário voltado para a preservação ambiental, estas instituições não podem mais
desconhecer seu papel de geradora de materiais residuais, uma vez que esta atitude
contrasta com sua postura crítica quando avalia o impacto causado por outras
unidades geradoras que não elas próprias. Desta forma torna-se imprescindível a
implantação/implementação de um Programa de Gerenciamento de Materiais nestas
instituições.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COUTINHO, E. C. R. 2006. Proposição de um plano de gerenciamento de resíduos para instituição de ensino. Estudo de caso: Centro de Tecnologia da UFPB. Dissertação de Mestrado em engenharia Urbana da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa.
FIGUEIREDO, P. J. M. 1995. A sociedade do lixo, os resíduos, a questão energética e a crise ambiental. 2 ed. Piracicaba: Unimep, 240p.
FIGUERÊDO, D. V. 2006. Manual para gestão de resíduos químicos perigosos de instituições de ensino e de pesquisa. 1 ed. Belo Horizonte: Rona Editora, 364p.
GIL, E. S. et al. 2007. Aspectos técnicos e legais do gerenciamento de resíduos químico-farmacêuticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo, v. 43, n. 1, p. 19-29.
JARDIM, W. F. 1998. Gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de ensino e pesquisa. Química Nova, v.21, n. 5, p. 671-673.
MAROUN, C. A. 2006. Manual de Gerenciamento de Resíduos: guia de procedimento passo a passo. Sistema FIRJAN/SEBRAE. Rio de Janeiro: GMA, 16 p.