53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ambiental

TÍTULO: AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO MÉDIO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MEARIM – PEDREIRAS (MA)

AUTORES: Frazão Conceição, C.A. (UFMA) ; Castelo Branco Soares, J. (UFMA) ; Borralho Frazão, F. (UEMA) ; Viana de Carvalho, P.A. (UFMA)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo avaliar alguns aspectos físico-químicos da água do médio curso da bacia hidrográfica do rio Mearim, município de Pedreiras - MA. Determinou-se, in loco, através da análise quantitativa em três pontos, os valores mínimos e máximos de seis parâmetros: temperatura (30,08 e 30,61° C); pH (6,71 e 6,84); OD (2,99 e 6,08 mg/L); TDS (46 e 150 mg/L); salinidade (0,04 e 1,03 %) e condutividade elétrica (93 e 182 µS cm).

PALAVRAS CHAVES: Qualidade de Água; Diagnóstico Ambiental; Parâmetros

INTRODUÇÃO: A preocupação ambiental tornou-se cada vez mais um tema frequente, com a diminuição de cobertura vegetal, contaminação do solo e corpos hídricos, ocasionados principalmente pelo crescimento desordenado das cidades, acarretando inúmeros impactos negativos, sendo estes em casos irreversíveis. O intenso processo de interferência do homem nos ecossistemas têm agravado problemas ambientais que consequentemente tem repercutido de forma direta no equilíbrio das paisagens e na vida das populações. Um exemplo são os ecossistemas aquáticos continentais, atualmente vulneráveis as atividades antrópicas que visam um desenvolvimento não sustentável (RODGHER, et al., 2002). Em ambientes urbanos as águas naturais, são facilmente contaminadas por esgoto in natura, provenientes de estabelecimentos comerciais, indústrias e habitações, estes contaminantes ocasionam modificações nas propriedades físico-químicas da água, que quando em níveis o qual o ambiente não é capaz de depurar é agente limitante para a sobrevivência de organismos aquáticos, onde não há acompanhamento sistemático das condições de poluição dos sistemas hídricos. A preocupação com o controle de contaminantes em águas é de extrema significância, pois nestes locais por vezes é captada para abastecimento público, o que interfere no custo do tratamento. No Brasil existem portarias e resoluções que regem o controle de lançamentos de efluentes em águas naturais a exemplo da Resolução CONAMA. Nas atuais condições mundiais que envolvem a diminuição do nível de qualidade ou a escassez águas apta à utilização humana tem se tornado talvez a maior problemática do século, dessa forma são necessários estudos que atestam a qualidade ambiental em ecossistemas aquáticos.

MATERIAL E MÉTODOS: Caracterização da Área de Estudo O rio Mearim nasce nas encostas setentrionais da Serra da Menina, em altitudes de 400 m próximos ao lugar denominado Morro Vermelho, no extremo Sul do município de Grajaú, indo desaguar no oceano Atlântico, pela baia de São Marcos, a Oeste da Ilha de São Luis no lugar denominado Tejucupana, 24 Km após a confluência com o rio Pindaré. (FEITOSA, 1983) e possui uma área de 99.058,68 km². Coleta e Análise de Resultados Em único dia levantou-se um estudo de campo na Bacia do Rio Mearim abrangendo seu médio curso, localizado no município de Pedreiras – MA, a fim de caracterizar danos ambientais realizando análises físico-químicas em três pontos, no centro do manancial a aproximadamente 50 cm de profundidade em direção contrária a corrente d’água, assim denominados de P1 (local próximo à área de contado primário/área para banho); P2 (Local próximo à captação para abastecimento público); P3 (Foz do rio São Francisco/divisa entre o rio São Francisco e o Mearim). O trabalho foi dividido em etapas, onde no primeiro momento realizou-se levantamento bibliográfico nas principais referências que abordavam a temática, para subsidiar e fundamentar o estudo, após partiu-se para o estudo de campo, com auxilio de uma embarcação coletaram-se amostras na parte central do médio curso do rio, onde foram realizadas as analises físico- químicas, com o auxilio de um Kit Mutiparâmetro (HANNA HI 9828), analisou-se in loco, pH, condutividade elétrica, OD (Oxigênio Dissolvido), sólidos totais dissolvidos (TDS) e salinidade. Todos os resultados obtidos foram tabulados e comparados com os recomendados pela resolução CONAMA 357/2005, que dispõem sobre o enquadramento de corpos hídricos e controle de lançamento de efluentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Todos os parâmetros físico-químicos estudados e valores diagnosticados nos três pontos de coleta são expressos na Tabela 1. Avaliando seus efeitos no corpo hídrico e suas interrelações com o meio o qual está inserido. Temperatura Os valores variaram entre 30,61 e 30,08°C. A temperatura afeta a solubilidade e a toxicidade de muitos outros parâmetros, como oxigênio dissolvido, pH e salinidade, bem como é agente limitante para a sobrevivência de organismos aquáticos. pH Os resultados de pH encontram-se entre 6,71 e 6,84, desta forma, houve conformidade com todos os valores deste parâmetro segundo os níveis estabelecidos pela Resolução CONAMA/357. Oxigênio dissolvido (OD) O oxigênio proveniente da atmosfera dissolve-se nas águas naturais em função da temperatura. Os níveis de OD também indicam a capacidade de um corpo d’água em manter a vida aquática. A Resolução CONAMA 357 recomenda uma concentração maior que 6,0 mg/L de O2 dissolvido. Apenas o P3 encontra-se dentro desse limite. Sólidos totais dissolvidos (TDS) Com relação ao TDS, segundo a Resolução, o limite máximo permissível na água é de 500 mg/L. Os resultados obtidos estão conforme o estabelecido. Salinidade A resolução classifica as amostras como água doce, valores inferiores a 5%. Condutividade elétrica Os íons presentes na água a transformam num eletrólito capaz de conduzir a corrente elétrica. Este parâmetro não é estabelecido pela resolução CONAMA.





CONCLUSÕES: Os estudos preliminares mostram que os valores mínimos e máximos foram satisfatórios, quando comparados com a resolução CONAMA N° 357/2005.

AGRADECIMENTOS: FACULDADE SANTA TEREZINHA - CEST; UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA; PAVILHÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ÁGUA E ALIMENTOS - PCQA/UFMA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução. Nº 357. 17 maç. 2005.
FEITOSA, A C. O Maranhão Primitivo: uma tentativa de reconstrução. São Luís Augusta, 1983. 142p.
RODGHER, S., SPÍNDULA, E. L.G. FRACÁCIO, R. Recurso hidroenergéticos: Uso, Impactos e Planejamento Integrado. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos, 2002.