Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: Produção de piso reciclado apartir de tampas de polipropileno de garrafas pets: uma medida alternativa para os princípios de sustentabilidade ambiental.
AUTORES: Alencar, J.M.F. (CESC-UEMA) ; Alencar, A.C.S. (CESC-UEMA) ; Costa, K.R.M. (CESC-UEMA) ; Damasceno, J.S. (CESC-UEMA) ; Magalhães, J.O. (CESC-UEMA) ; Nunes, P.M. (DQB-UEMA)
RESUMO: O processo de produção industrial associado ao desenvolvimento sustentável com
ações que contemplem o reuso e a minimização de impactos no meio ambiente é uma
visão inovadora dos sistemas de produção convencionais. Este trabalho vem
demonstrar as características, propriedades e método de fabricação do piso
reciclado de polipropileno, com o objetivo de reaproveitar materiais descartados
de forma a reduzir a quantidade de lixo produzido, bem como abordar temas ligados
a sustentabilidade ambiental.
PALAVRAS CHAVES: Reciclagem; polipropileno ; polímero
INTRODUÇÃO: O polipropileno (PP) é um polímero termoplástico de estrutura semicristalina do
grupo das poliolefinas, de massa molecular entre 80.000 e 500.000. A alta
cristalinidade do PP, entre 60 e 70%, lhe confere elevada resistência mecânica,
rigidez e dureza, que se mantém a temperatura relativamente elevada. Baixo
custo; elevada resistência química e a solventes; fácil moldagem; fácil
coloração; alta resistência à fratura por flexão ou fadiga; boa resistência ao
impacto acima de 15 °C; boa estabilidade térmica; maior sensibilidade à luz UV e
agentes de oxidação, sofrendo degradação com maior facilidade; quimicamente
inerte. O Polipropileno, enquadra-se entre os termoplásticos de menor peso
específico (0,92g/cm3) e maior resistência química disponíveis. Impermeável a
líquidos e gases, não reage com a grande maioria de agentes químicos industriais
e farmacêuticos. Apresenta mínima absorção de água (menor que 0,03%), o que lhe
concede boa estabilidade dimensional. A humanidade tem observado a existência de
limites no meio ambiente, no que se refere à capacidade de absorver e reciclar
matéria ou resíduos, e consequentemente conviver com os altos níveis de poluição
do meio ambiente e seus recursos, e em conseqüência é deteriorada a qualidade de
vida (BRAGA et al., 2003, p. 47). Os polímeros termoplásticos, especificamente o
Polietileno Tereftalato (PET) e o Polipropileno (PP), são os mais suscetíveis à
recuperação e a reciclagem uma vez que podem ser transformados novamente com seu
aquecimento. (CALLISTER, 2002, p. 532). E porque não utilizar estas propriedades
físicas e químicas em piso?
MATERIAL E MÉTODOS: Materiais utilizados: tampas de garrafas pets, faca, forma de vidro retangular
pequena, forma de alumínio retangular pequena, balança, bico de Bunsen, tripé,
tela de amianto e argamassa de assentamento de piso cerâmico.
1ª etapa: Fragmentação das tampas: Com a faca cortou-se as tampas de pet em
pequenos pedaços e pesou-se 27g de tampas cortadas.
2ª etapa: Aquecimento: A seguir foram transferidas as tampas cortadas para a
forma de alumínio (o piso apresentou aspecto rugoso em sua superfície) ou de
vidro (aspecto liso na superfície) e levado ao aquecimento no bico de Bunsen por
aproximadamente 40 minutos até que as tampas derretessem integralmente e assim
formassem uma peça única
3ª etapa: Resfriamento: A seguir retirou-se do aquecimento e esperou-se atingir
a temperatura ambiente e em seguida o piso formado é retirado da forma.
4ª Etapa: Teste de colagem com argamassa: Preparou-se a argamassa misturando
água limpa na proporção de uma parte de água para cada quatro partes de
argamassa até obter uma massa homogênea. Colocou-se a argamassa preparada na
superfície do piso de polipropileno formado e esperou-se secar.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O piso formado apresentou bom aspecto estético, dureza elevada, boa absorção de
impactos bem como boa resistência a água Uma provável aplicação seria no
calçamento público ou em quadras esportivas devido a sua característica anti-
derrapante. Pode ser instalado diretamente em qualquer superfície plana desde que
aderida com argamassa, pode ser monocromática ou policromática, com ou sem brilho.
Tampas cortadas
Piso reciclado
CONCLUSÕES: De acordo com os resultados obtidos, pode-se ser observado que é possível fazer
piso reciclado apartir do plástico de polipropileno. São plásticos que não sofrem
alterações na sua estrutura química durante o aquecimento e que podem ser
novamente fundidos após o resfriamento. Uma das maiores vantagens dos plásticos é
que eles são 100% recicláveis. Para se beneficiar amplamente desta vantagem, a
sociedade deve estimular a deposição correta das embalagens após o uso e aumentar
o alcance da coleta seletiva.
AGRADECIMENTOS: Agradeço ao CESC-UEMA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRAGA, B. et al., Introdução à engenharia ambiental. São Paulo, 2003, Prentice Hall, 318 p.
CALLISTER, Willian D. Ciência e engenharia de materiais uma introdução. 5. ed. Rio de Janeiro, 2002, LTC – Livros Técnicos e Científicos, Editora S.A., 589 p.
STRAPASSON, R., Valorização do polipropileno através de sua mistura e reciclagem Curitiba – Universidade Federal do Paraná, 2004, p.1 – 83, 2004.