Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA REMOÇÃO DA TURBIDEZ NOS FILTROS DAS ETAS NO MUNICIPIO DE VARZEA GRANDE-MT
AUTORES: Duda Matos, F.L. (UFMT) ; Paz de Almeida, K. (UFMT) ; Costa, R.L. (UFMT) ; Neves, I.F. (UFMT) ; Campos Galvão, F. (DAE-MT)
RESUMO: O presente estudo consistiu na avaliação da eficiência de remoção da turbidez dos
filtros das ETAS metálicas (2, 3,4 e 5), realizado na Estação de tratamento de
água de Várzea Grande – MT. Esta avaliação se tornou possível através de análises
feitas durante dez dias, nas entradas e saídas de cada filtro, onde foram
coletadas amostras em cinco horários diferentes. Através dos dados obtidos,
analisou-se a eficiência de remoção da turbidez dos filtros e verificou-se que
estão trabalhando satisfatoriamente. Os resultados da entrada e da saída dos
filtros foram agrupados em valores médios, mínimos e máximos. Dos 4(quatro)
filtros em estudo constatou-se que o menor percentual de remoção foi a do filtro
2, já dos outros filtros obtiveram um valor de 90% de remoção.
PALAVRAS CHAVES: Eta; Turbidez; Várzea Grande
INTRODUÇÃO: Para se evitar prejuízo à saúde das pessoas que recebem água tratada em suas
casas, a água para o uso humano deve atender ao rigoroso critério de qualidade.
Devem ser estabelecidos limites de impurezas para a água potável, de modo que
técnicas convencionais de tratamento possam minimizá-las. A turbidez da água
filtrada vem progressivamente consolidando-se como um dos principais parâmetros
na avaliação do desempenho das estações de tratamento, assertiva corroborada
pelo novo padrão de potabilidade. A presença da turbidez reduz a eficácia da
desinfecção na inativação dos microrganismos patogênicos, desse modo, a
filtração constitui-se num processo primordial, ao remover as partículas
responsáveis pela turbidez. Nas estações de tratamento convencionais, cabe à
filtração provavelmente a função mais relevante, por se constituir na etapa em
que as falhas (porventura ocorridas na coagulação, floculação e
sedimentação/flotação) podem ser corrigidas, assegurando a qualidade da água
tratada. Para garantir a qualidade da água para consumo humano no Brasil o
Ministério da Saúde regulamentou pela portaria n° 518 e passou a
responsabilidade do controle de qualidade para quem produz, seja ela pública ou
privada, tornando um instrumento de vigilância para alcançar o objetivo de
prevenir doenças e a promover a saúde da população. O presente trabalho visou
realizar uma Avaliação da remoção da turbidez nas entradas e saídas dos filtros
metálicos da ETA de Várzea grande, localizada na Avenida Ulisses Pompeu de
Campos S/N.
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi conduzida através de coletas de amostras da água, nas saídas dos
decantadores (entrada dos filtros) e nas saídas dos filtros. Durantes os dias
13, 14, 17, 18, 19, 20, 21, 24, 25, 26 e 27 de outubro de 2011. Em cinco
horários: às 8:00, 10:00, 12:00; 14:00 e 16:00 horas (exceto para o dia 13/10
que foi coletado apenas às 14:00 e 16:00 horas). As coletas foram realizadas com
frascos plásticos, disponibilizados pela própria ETA, um frasco, para cada ponto
de coleta. O método utilizado para medir Turbidez é o Nefelométrico, utilizando
o aparelho Turbidímetro Lamotte 2020.
Para o processamento das amostras, foram utilizados os seguintes passos:
Agitar a amostra para dispersar perfeitamente os sólidos;
Evitar bolhas de ar ao encher o tubo de vidro do turbidimetro;
Antes de inserir o tubo com a amostra no local apropriado, limpá-lo
primeiramente com um pano e logo em seguida com papel higiênico, tomando o
cuidado para não sujá-lo com as digitais, pois essas podem interferir nos
valores obtidos;
Entre uma leitura e outra, lavar o tubo com água destilada e em seguida,
com a amostra a ser analisada, repetindo o procedimento de enxugá-lo com pano e
com um papel macio.
Realizou-se uma média horária dos valores monitorados durante o período
estudado, destacando-se os valores médios, mínimos e máximos de cada dia.
Obteve-se a eficiência de remoção de cada filtro, por meio do seguinte cálculo:
(turbidez (entrada do filtro) - turbidez (saída do filtro))/(turbidez (entrada
do filtro)) x 100
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Segue no gráficos 1 e 2, os valores médios de turbidez dos dias monitorados para
a entrada e saída dos filtros, e as eficiências de remoção no filtro.
De acordo com o gráfico 1, o valor mínimo de entrada no filtro 2 foi de 3,29 UT
e o valor máximo de 21,14 UT. Na saída do filtro o valor mínimo foi de 0,25 UT e
o Maximo de 6,68UT. Com base nos dados de entrada e saída verifica-se uma
oscilação na eficiência de remoção de turbidez, isso ocorreu após o aumento da
turbidez da água bruta.
De acordo com o gráfico 1, o valor mínimo de entrada no filtro 3 foi de 1,05 UT
e o valor máximo de 10,70 UT. Na saída do filtro o valor mínimo foi de 0,03 UT e
o Maximo de 0,34 UT. Com base nos dados de entrada e saída obteve-se elevada
eficiência de remoção de turbidez.
De acordo com o gráfico 2, o valor mínimo de entrada no filtro 4 foi de 1,64 UT
e o valor máximo de 8,84 UT. Na saída do filtro o valor mínimo foi de 0,05 UT e
o Maximo de 0,56UT. Com base nos dados de entrada e saída obteve-se os seguinte
valores de remoção de turbidez, a remoção máxima obtida foi de 98,54 no dia
25/10.
De acordo com o gráfico 2, o valor mínimo de entrada no filtro 5 foi de 2,08 UT
e o valor máximo de 9,04 UT. Na saída do filtro o valor mínimo foi de 0,07 UT e
o Maximo de 0,48UT. Com base nos dados de entrada e saída obteve-se valores de
remoção de turbidez entre 94,01 a 97,41.
Figura 1- Gráfico de Turbidez nos Pontos 2 e 3
Figura 2- Gráfico de Turbidez nos Pontos 4 e 5
CONCLUSÕES: De acordo com os valores médios obtidos ao longo do período estudado é possível
discorrer as seguintes considerações: A eficiência do filtro da ETA 2 é bem menor
que a eficiência dos filtros das ETAS 3, 4 e 5. Uma das hipóteses é que essa
estação de tratamento de água foi construída a mais de 20 anos, enquanto as outras
ETAs metálicas foram construídas a menos de 10 anos, com isso, o filtro da ETA 2
esta mais desgastado. Outra hipótese seria em relação ao tipo de floculador, pois
a ETA 2 possui floculador metálico cilíndrico enquanto as outras 3 ETAS possuem
floculadores do tipo chicana. Para melhorar a eficiência da ETA 2, poderia fazer
adaptações para que a floculação fosse melhorada.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BATALHA, B. L. Água, saúde e desinfecção. São Paulo: CETESB, 1994.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. INSPEÇÃO SANITÁRIA EM ABASTECIMENTO DE ÁGUA/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 84 p.
CAIO, 2005. Manual de operação e manutenção de estação de tratamento de água. 46p. Disponível em www.alconquimica.com.br/cursos/download.asp?cod=6 , acessado em
16/04/2013.
OLIVEIRA, D. S. Avaliação de remoção de turbidez em função de variações no comprimento de floculadores tubulares helicoidais. Dissertação de mestrado, 116 p, Espírito santo, 2008.
CONAMA, 357 de 17 de março de 2005. Disponível em: www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf , Acesso em: 16/04/2013.