Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ambiental
TÍTULO: Coque Verde de Petróleo. Transporte manuseio e armazenamento No Porto de Cabedelo. Estudo ambiental
AUTORES: Silva, S.R.S. (IFPB)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo o estudo dos impactos ambientais causados
durante o manuseio, armazenamento e transporte do coque verde.
O coque é um combustível solido que atualmente vem sendo importados da
Venezuela, Estados Unidos e Golfo do México, e sua entrada no estado despertou o
interesse da indústria local por ser uma fonte de energia alternativa barata e
de alto poder calorífico, mas vem sendo alvo de criticas e desconfianças por
parte da população local, pois acham que o transporte manuseio e armazenamento
do produto podem causar sérias doenças. Mostraremos aqui que de acordo com o
porte do estado e da cidade poderemos implantar medidas de preservação da saúde
da população e preservação ambiental para que não tenha riscos de causar um
problema de saúde e ambiental.
PALAVRAS CHAVES: Coque Verde; Meio ambiente ; Transporte de cargas
INTRODUÇÃO: Visando de uma maneira geral priorizar a preservação ambiental e o
desenvolvimento sustentável da região, este trabalho consiste em basicamente uma
avaliação preliminar para mostrar as condições que se encontram o
manuseio transporte e armazenamento de cargas de coque verde derivado do
petróleo, fazendo uma pesquisa no Porto de Cabedelo.Diante disso, a fim de
minimizar os impactos e custos esta pesquisa direcionou-se para observarmos as
causas de impactos ambientais e solucionar os mesmos.
O coque de petróleo é um produto sólido resultante da destilação do petróleo,
obtido a partir do craqueamento das frações residuais pesadas.
Produz-se coque verde de petróleo através de três processos diferentes: O
processo de coqueamento retardado, processo de coqueamento fluido e o processo
flex. Utiliza-se nos três processos basicamente as mesmas matérias-primas, no
entanto as características do produto são bem distintas. As matérias-primas
comumente utilizadas são: óleo decantado de unidades de craqueamento fluido
catalítico, alcatrão de craqueamento térmico, resíduos de destilação a vácuo,
resíduo asfáltico de unidades de desasfaltação e outros óleos pesados.
No Brasil o processo utilizado nas unidades de coqueamento de petróleo é o
coqueamento retardado onde a carga é recebida no fundo da torre de destilação
combinada e se mistura com o reciclo interno de óleo não-coqueado. Essa carga é
posteriormente bombeada para aquecimento em fornos cuja temperatura é da ordem
de 500°C.
MATERIAL E MÉTODOS: Este Trabalho foi Realizado a partir da coleta de dados feita no porto de
Cabedelo-PB e por e bibliografia sobre o assunto. A Coleta de realizada com o
setor de meio ambiente e setor de trafego do porto teve como objetivo adquirir
informações básicas sobre o funcionamento do manuseio e transporte de cargas e
condições ambientais. Já o uso bibliográfico foi de grande importância, pois de
modo geral o conhecimento bibliográfico sobre o assunto fortaleceu a base do
trabalho e também ajudando a aderir um foco a pesquisa para trazer informações
claras e precisas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No transporte terrestre o coque é levado ao seu destino final ou armazém recebe
uma ficha ficha é chamada de ficha verde e contém todas as informações
necessárias sobre a carga riscos, uso de EPI (Equipamento de proteção
individual), natureza do material e etc.
O operador dentro de suas respectivas áreas de responsabilidades devem assegurar
que onde estejam sendo transportadas ou manuseadas o coque verde devem seguir
algumas recomendações, no caso da emissão de poeira nociva Onde o transporte,
manuseio e estocagem possam causar a emissão de poeira, todas as precauções
necessárias devem ser tomadas para prevenir e minimizar tais emissões e para
proteger as pessoas dessas poeiras. A proteção deve incluir o uso de roupas
apropriadas, proteção respiratória, e cremes de proteção, quando
necessário, bem como higiene pessoal e lavagem da roupa usada no ambiente. Já no
caso de emissão de poeira explosiva onde o transporte e o manuseio possam
provocar a emissão de poeira sujeita a explosão por ignição devem-se tomar todas
as precauções para evitar possíveis explosões e também para minimizar os efeitos
das explosões caso elas ocorram. As medidas de precauções devem incluir
ventilação de espaços fechados para limitar a poeira na atmosfera, evitar fontes
de ignição, diminuir a altura das paredes de materiais, e lavar o chão com
mangueira ao invés de varrer. E no caso dos materiais incompatíveis devem ser
transportadas,manuseadas e armazenadas de maneira a prevenir qualquer interação
perigosa com materiais incompatíveis. Isso se aplica entre granéis perigosos
mútuos bem como cargas perigosas a granel e cargas perigosas a granel
empacotadas e acondicionadas.
CONCLUSÕES: O coque verde de petróleo é objeto de muitas críticas e desconfiança, mas não pode
representar uma ameaça a cidade , pois já existem tecnologias avançadas e viáveis
de acordo com o porte do porto de Cabedelo. Tais tecnologias são empregadas
atualmente em todo o mundo, principalmente nos países desenvolvidos que depende
deste combustível como fonte de energia por fazer parte de uma cultura de consumo
de sólidos energéticos. Além disso, tais tecnologias podem controlar as emissões
de poluentes até mesmo abaixo dos padrões definidos em lei.
AGRADECIMENTOS: Cia Docas PB Porto de Cabedelo, Sandra Vale Meio Ambiente, César Roberto
Trafego,Gilvânia Lima Chefe de Gabinete, Gilmara Temoteo Setor jurídico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRAGA, Benedito. et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002. GARCIA, Roberto. Combustíveis e combustão industrial. Rio de Janeiro: LTC, 1990.
MACINTYRE, Archibald Joseph. Ventilação industrial e controle da poluição. Rio de Janeiro: Interciência, 2002.
CORÁ, R. Aspectos técnicos e ambientais do uso do carvão mineral em caldeiras. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Instituto de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2006.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente. N° 382 de 26 de Dezembro de 2006. Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente. N° 08 de 28 de Dezembro de 1990. Dispõe sobre o estabelecimento de limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externa de fontes fixas de poluição.