53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: ANÁLISE DA ACIDEZ DO LEITE INTEGRAL DE MARCAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE SÃO LUÍS-MA

AUTORES: Dias, V.R. (UEMA) ; Santos, M.S. (UEMA) ; Silva, H.S. (UEMA) ; Menezes, L.C. (UEMA) ; Vale, R.C. (UEMA) ; Aroucha, C.A.M. (UEMA) ; Silva, A.L. (UEMA) ; Ferreira, D.R.M. (UEMA) ; Nascimento, S.B. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA)

RESUMO: O leite é um produto de grande importância na alimentação humana,por isso, existem paramêtros estabelecidos pelo MAPA que visam o controle de qualidade deste produto, e um desses paramêtros é a sua acidez. Analisou-se a acidez do leite integral de diferentes marcas comercializadas na cidade de São Luís, denominadas aqui de A, B, C e D, utilizando método da volumetria de neutralização de acordo com o Instituto Adolfo Lutz. Os resultados obtidos foram expressos em gramas de ácido láctico/100 mL. O leite para ser considerado de boa qualidade, deve ter acidez entre 0,14 g a 0,18 g de ácido láctico/100 mL (Brasil, 1996). Apresentaram acidez dentro do padrão estabelecido, as amostras A e D, enquanto que as marcas B e C, não.

PALAVRAS CHAVES: Leite; Qualidade de consumo; Acidez

INTRODUÇÃO: O leite é um alimento de alto teor nutritivo, pois em sua composição encontramos proteínas, lipídios, glicídios, sais minerais, vitaminas e enzimas. Segundo a Instrução Normativa nº 51 de 2002, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o leite é um produto oriundo de ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. Esse tipo de alimento, derivado de outros animais, deve denominar-se de acordo com a espécie de procedência. A determinação da acidez do leite é uma das medidas mais usadas no controle da matéria-prima pela indústria leiteira. O teste é usado para classificar o leite e também como um guia para controle da manufatura de produtos como o queijo (MAPA). A acidez titulável é expressa em graus Dornic (oD), normalmente compreendida entre 14 e 18 oD ou em porcentagem (%) de ácido láctico, variando entre 0,14 g a 0,18 g (Brasil, 1996). Portanto este trabalho teve como objetivo determinar a acidez titulável de leites de marcas diversas comercializadas na cidade de São Luís, Maranhão.

MATERIAL E MÉTODOS: O leite foi adquirido em supermercados da cidade de São Luís - MA, nos meses de maio e junho de 2013 e transportado até o laboratório de Macromoléculas e Produtos Naturais da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, onde foram realizadas as análises. Foram analisadas quatro marcas de leite aqui denominadas de A, B, C e D. De cada marca, foram adquiridas cinco amostras e cada amostra foi analisada em triplicata, perfazendo 15 análises por marca, totalizando 60 análises. Inicialmente, com o auxilio de pipeta volumétrica, tomou-se uma alíquota de 10 mL de leite de cada marca, transferindo-se para um erlenmeyer de 125 mL, e diluiu-se em água destilada para 20 mL. Em seguida, adicionou-se três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína a 1% (v/v), e titulou-se a amostra com uma solução devidamente padronizada de hidróxido de sódio (NaOH) 0,111N, sob agitação. Observou-se o ponto de neutralização que se deu com o aparecimento de uma coloração rósea persistente na solução. Os resultados obtidos foram expressos em gramas de ácido láctico por 100 mL.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos na análise de acidez dos leites integrais de marcas, denominadas neste trabalho, A, B, C e D, comercializadas no município de São Luís e valores de referência estabelidos pelo MAPA para acidez em leite. Verifica-se na tabela que as marcas A e D apresentaram índices médios de acidez, respectivamente, iguais a 0,1558 g e 0,1742 g de ácido láctico/100 mL, portanto de acordo com a legislação vigente estipulada pelo MAPA, porém as marcas B e C indicaram paramêtros médios de acidez, respectivamente, iguais a 0,1344 g e 0,1854 g de ácido láctico/100 mL, o que indica que tais marcas encontram-se fora do padrão aceitável pelo MAPA.

Tabela 1

Resultados obtidos e comparação com a bibliografia de referência.

CONCLUSÕES: De acordo com as análises realizadas nos leites de marcas A, B, C e D, verificou- se que as marcas A e D estão dentro dos padrões para consumo, pois apresentaram resultados concordantes com os paramêtros estabelecidos pela legislação vigente, enquanto que as marcas B e C apresentaram irregularidades, pois se encontram fora do padrão estabelecido pelo MAPA, portanto não recomendáveis para o uso humano. No entanto, há necessidade de estudos mais aprofundados de outras características físicas e químicas das amostras analisadas.

AGRADECIMENTOS: Laboratório de Macromoléculas e Produtos Naturais da UEMA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Informe Técnico - nº 33 de 25 de outubro de 2007. Hidróxido de Sódio (soda cáustica) – INS 524. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em 28 de março de 2013.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes: II-Métodos físico-químicos. Brasília. 1981.174p.

BRASIL. Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 146 de 07 de março de 1996.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA). Instituto Adolfo Lutz. Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos. Brasil: Ministério da Saúde, 2005. p. 819-877.