Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: OTIMIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DA EXTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS DA SEMENTE DO URUCUM (Bixa orellana L.)
AUTORES: Moraes, C.M. (UFPE) ; Silva-junior, A.A. (UFPE/ITEP CARUARU) ; Carvalho, K.M.L. (ITEP CARUARU-PE) ; Ferreira, E.C. (ITEP CARUARU-PE) ; Melo, R.S.M. (ITEP CARUARU-PE) ; Silva, E.L.L. (ITEP CARUARU-PE) ; Bastos, A.M.R.S. (UFPE) ; Albuquerque, S.S.M.C. (UFPE) ; Andrade, S.A. (UFPE) ; Benachour, M. (UFPE)
RESUMO: Objetivo foi otimizar o processo da extração de substâncias orgânicas da semente
do urucum (Bixa orellana L.). Com o Curso Técnico em Química do ITEP Caruaru
(Instituto de Tecnologia de Pernambuco – CT Moda). Foi utilizado um planejamento
delinear fracionário 26-2, com 16 ensaios, com 4 variáveis independente: solvente
- álcool (-1) e água (+1), concentração - 15g/50ml (-1) e 30g/50ml (+1),
aquecimento - T ambiente (-1) e com 40ºC (+1), e tempo de imersão - 30 minutos
(-1) e 60 minutos (+1). O melhor processo de extração para o álcool foi no ensaio
6 (no processo álcool, 30g/50mL, Temperatura ambiente e 60 minutos) e para a água
foi no ensaio 3, no processo água, 15g/50 mL, temperatura ambiente e 60 minutos. A
extração nestas condições de processamento tornasse viável e econômico.
PALAVRAS CHAVES: Semente de urucum; Extração; Otimização
INTRODUÇÃO: A flora brasileira dispõe de uma grande diversidade de espécies, sendo
reconhecida como uma das mais importantes do planeta. Dentre estas espécies,
encontramos o urucum (Bixa orellana L.,), destacando se pela sua vasta
aplicação: Na indústria de alimentos, indústria têxtil, de tintas, farmacêutica
cosméticos entre outras (www.seagri.ba.gov.br). A extração é uma técnica usada
para separação, isolamento e purificação de compostos orgânicos. Este processo
se baseia na maior solubilidade de um ou mais compostos de uma mistura em
determinado solvente. Duas ou mais substâncias podem ser separadas pela extração
somente se suas solubilidades forem muito diferentes (SOLOMONS,2002). A
espectrofotometria é o método de análises óptico mais usado nas investigações
biológicas e físico-químicas. A cor das substâncias se deve a absorção
(transmitância) de certos comprimentos de ondas da luz branca que incide sobre
elas, deixando transmitir aos nossos olhos apenas aqueles comprimentos de ondas
não absorvidos (HARRIS, 2005).
MATERIAL E MÉTODOS: As sementes de urucum foram adquiridas em mercados localizados na cidade de
Caruaru – PE, selecionada por aspectos livres de contaminação, descascada,
cortada e retirada a semente, seguindo o planejamento fracionário delinear 26-
2,com 16 ensaios, com 4 variáveis independente : solvente - álcool (-1) e água
(+1), concentração - 15g/50ml (-1) e 30g/50ml (+1), aquecimento - T ambiente
(-1) e com T 40ºC (+1), e tempo de imersão - 30 minutos (-1) e 60 minutos (+1) e
as correlações de respostas: SC, SA, ST, CA, CT, AT, SCA, SCT e SCAT . Foram
adquiridas no mesmo dia do processamento, as sementes, pesadas 10g em balança
semi analítica (Marca Quimis – BG2000) para cada ensaio, trituradas em
almofariz. Para os ensaios com temperatura de 40º C foi utilizado o banho-maria
(Marca Quimis) e termômetro para o controle da temperatura. As Células de
extração foram fabricadas com garrafas PET de 250 ml e tela (FSI - BNMO 200 µ
60X50). Foram monitorado o pH de cada ensaio , com fita indicador merck e o
resíduo seco a temperatura solar e armazenado para tratamento posterior. Após
cada ensaio o extrato foi armazenado em frasco de vidro de 100 mL e conservado a
5ºC para analise em Espectrofotômetro UV-VISISVEL (UV-VIS spectrophotometer)
(marca Thermo Scientific e modelo Genesys 10s).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na otimização do processamento da extração de substâncias orgânicas utilizando a
semente de urucum. Foi utilizando o planejamento fracionário delinear 26-2, com
16 ensaios, com 4 variáveis independente : solvente - álcool (-1) e água (+1),
concentração - 15g/50ml (-1) e 30g/50ml (+1), aquecimento - T ambiente (-1) e
com T 40ºC (+1), e tempo de imersão - 30 minutos (-1) e 60 minutos (+1), para as
sementes de urucum. O melhor processo de extração para o álcool foi no ensaio 6
no processamento álcool, 30 g/ 50 mL, temperatura ambiente e 60 minutos (FIGURA
2) e para a água foi no ensaio 3, no processamento água, 15 g / 50 mL,
temperatura ambiente e 60 minutos(FIGURA 1). Todas as extrações ocorrem no
comprimento de onda: 190 a 500 nm. A Extração com temperatura a 40º C e ambiente
realizada com álcool promoveu a extração de substâncias polares, tendo em vista,
a polaridade do álcool. Resultado similar ocorreu na pesquisa de Corantes
naturais como indicadores de pH foi utilizado várias substâncias como solventes:
Água, Álcool, Acetona e Dicloroetano com bons resultados para todos os solventes
(DIAS, GUIMARÃES & MERÇON, 2003). O melhor solvente foi o álcool para todos os
processamentos (FIGURA 2).
FIGURA 1
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DA EXTRAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS DA SEMENTE DO URUCUM PARA O
SOLVENTE ÁGUA.
FIGURA 2
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DA EXTRAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS DA SEMENTE DO URUCUM PARA O
SOLVENTE ÁLCOOL.
CONCLUSÕES: Nas condições que esta pesquisa foi desenvolvida constatamos que partindo de
materiais de baixo custo, é possível a realização de extrações de substâncias
orgânicas utilizando as sementes de urucum de forma bastante satisfatória. O
melhor processo de extração para o álcool foi no ensaio 6 (no processo álcool,
30g/50mL, Temperatura ambiente e 60 minutos) e para a água foi no ensaio 3, no
processo água, 15g/50mL, temperatura ambiente e 60 minutos. Todas as extrações
ocorrem no comprimento de onda: 190 a 500 nm. A extração nestas condições de
processamento tornasse viável e econômico.
AGRADECIMENTOS: Aos Alunos do Curso Técnico em Química industrial (ITEP - CARUARU), Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Química - DEQ-UFPE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: DIAS, M. V., GUIMARÃES, P. I. C., MERÇON, F. Corantes naturais como indicadores de pH. Química Nova na Escola, n° 17, maio 2003.
HARRIS, C Daniel. Análise Química Quantitativa. Fundamentos da Espectrofotometria. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. P. 398-423.
SOLOMONS, T.W.G.; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 474 p
www.seagri.ba.gov.br