Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO SURFACTANTE LAURIL SULFATO DE SÓDIO NA DETECÇÃO ELETROQUÍMICA DA DANOFLOXACINA
AUTORES: Boone, C.V. (UFGD) ; Carvalho, C.T. (UFGD) ; Trindade, M.A.G. (UFGD) ; Carvalho, A.E. (UFGD)
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da concentração do surfactante Lauril sulfato de sódio na detecção da danofloxacina por voltametria de onda quadrada, utilizando como eletrólito de suporte o tampão Britton Robinson (BR) em pH 5,0 onde foi avaliado a intensidade de corrente de pico para a danofloxacina frente as diferentes concentrações do respectivo tensoativo. O surfactante Lauril sulfato de sódio apresentou melhora na sensibilidade de detecção do pico de oxidação de danofloxacina em uma concentração na célula eletroquímica de 4µM.
PALAVRAS CHAVES: Lauril sulfato de sódio; danofloxacina; voltametria
INTRODUÇÃO: Danofloxacina é um agente antimicrobiano da segunda geração de fluoroquinolonas desenvolvida para utilização em medicina veterinária como um sal mesilato para o tratamento de doenças respiratórias em bovinos e suínos (MEDEIROS et al., 2009). É um antimicrobiano sintético, altamente solúvel em água, com potente atividade in vitro contra um amplo espectro de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, patógenos de bovinos e suínos (CRUZ et al., 1998). Nesse trabalho é mostrada qual a melhor concentração do surfactante lauril sulfato de sódio para a detecção da danofloxacina usando a voltametria de onda quadrada, já que há poucos trabalhos envolvendo o uso de voltametrias para a determinação desse fármaco e que o uso de surfactantes tem ganhado espaço em determinações voltamétricas pelo fato de evitar a adsorção do analíto na superfície do eletrodo.
MATERIAL E MÉTODOS: O estudo eletroquímico da danofloxacina foi feita no Bipotenciostato/Galvanostato portátil µSTAT 400 (DropSens), acoplado a um computador com o software DropView para obtenção dos voltamogramas. Utilizou-se a técnica de voltametria de onda quadrada (SWV) com tempo de equilíbrio de 15 s, freqüência de 10 Hz, amplitude de 10 mV e altura de degrau de 10 mV em célula eletroquímica com capacidade volumétrica de 20,0 mL, contendo entradas para eletrodos de referência (Ag/AgCl/Cl- em meio de KCl saturado), de trabalho (carbono vítreo 0,1 cm2), auxiliar (fio de platina) e também para o gás nitrogênio (N2). Adicionou-se a célula eletroquímica 5 mL do tampão Britton Robinson pH 5,0. Usou-se as concentrações de 2 µM, 4 µM, 8 µM, 12 µM, 16 µM e 20 µM do surfactante Lauril sulfato de sódio a concentração da danofloxacina na célula eletroquímica utilizada foi de 6 x 10-6 mol L-1 e foi utilizado também 2,5% de metanol na célula eletroquímica, que em estudos anteriores mostrou melhora na sensibilidade. Todas as medidas foram realizadas em triplicata.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram realizadas medidas de voltametria de onda quadrada em diferentes concentrações de Lauril sulfato de sódio (Figura 1), observa-se a partir da analise desta figura que a concentração de 4 µM apresentou melhor definição no pico de oxidação da danofloxacina. Em altas concentrações nota-se uma perda de definição do segundo pico em aproximadamente 1,2 V vs. Ag/AgCl (inserção da Figura 1). Foi realizado também o estudo da reprodutibilidade do surfactante frente a diversas varreduras sem limpeza do eletrodo de trabalho, a partir dos dados apresentados na Figura 2 observa-se uma melhora na resposta voltamétrica com um ganho significativo de corrente de pico, e melhor separação entre os picos de oxidação da danofloxacina.
Figura 1
Correntes obtidas pela SWV para diferentes concentrações do surfactante. BR pH 5,0. Danofloxacina 60µM. ΔE: 10 mV; a:10 mV; f:10,0 Hz.
Figura 2
SWV obtidos com e sem surfactante. BR pH 5,0. Danofloxacina 60µM. ΔE: 10 mV; a:10 mV; f: 10,0 Hz.
CONCLUSÕES: Os estudos com SWV indicam que a sensibilidade para a detecção da danofloxacina pode ser melhorada com o surfactante Lauril sulfato de sódio com concentração de 4 µM.
AGRADECIMENTOS: CNPq, CAPES, FUNDECT e UFGD
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CRUZ, A.D., BATISTA, G.C.M., MODOLO, J.R. et al. Atividade in vitro do danofloxacin e de sete drogas antimicrobianas frente a linhagens de Staphylococcus aureus isoladas de mastite bovina. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.50, p.369-373, 1998.
MEDEIROS, E. S.; MOTA, R. A.; SANTOS, M. V.; FREITAS, M. F. L.; PINHEIRO JR. J. W.; TELES, J. A. A. Perfil de sensibilidade microbiana in vitro de linhagens de Staphylococcus spp. isoladas de vacas com mastite subclínica. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 29, n. 7, p. 569-574, 2009.