Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Química Inorgânica
TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA NO PROCESSO DE DATAÇÃO DE ROCHAS COM A UTILIZAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS
AUTORES: Chaves de Moraes, T.D. (UESPI) ; Silva Costa, A.M. (UESPI) ; Ademir dos Santos, F. (CPRM)
RESUMO: Para se determinar a idade de uma rocha, a depender do seu tipo, deve-se escolher
qual o método adequado e qual o isótopo referente ao método. Calcula-se, por
métodos químicos,o percentual de átomos-pai e átomos-filho,e a partir da sua
constante de decaimento,obtém-se a idade em que começou o início das
transformações,o que no caso das rochas magmáticas pretende-se obter a idade de
formação.
Este estudo tem o intuito de mostrar a técnica utilizada no processo de
datação,utilizando-se do mineral Zircão para o procedimento. E com isso podemos
discutir a eficácia do método.
PALAVRAS CHAVES: Datação; Decaimento radioativo; Mineral
INTRODUÇÃO: Uma das perguntas que os geólogos mais ouvem é sobre como eles sabem que uma
rocha tem tantos milhões ou bilhões de anos. Naturalmente, é difícil imaginar o
que seja um milhão de anos, muito mais intrigante é saber que se pode determinar
a quanto tempo atrás ocorreu a formação das mesmas.Quando se fala da idade de
uma rocha, pode-se falar da idade absoluta ou da idade relativa. A idade
relativa nos informa se essa rocha é mais antiga ou mais jovem que outra ou
então se ela se formou antes ou depois de um determinado evento geológico. Isso
é feito com base em alguns princípios, segundo os quais não se pode avançar na
Ciência. Apesar da possibilidade de qualquer questionamento, sempre deve-se
considerar uma base de segurança. A idade absoluta é aquela fundamentada no
princípio de decaimento radioativo ou na estabilidade atômica que pode
determinar o tempo de formação da rocha em estudo, o decaimento radioativo
relaciona-se a radioatividade natural em alguns minerais, e a estabilidade
atômica ao conteúdo fossilífero presente na rocha (CARNEIRO et al, 2005). O
decaimento radioativo mais utilizado no processo de datação de rochas, diz
respeito a utilização do Zircão que tem em sua rede cristalina o decaimento U -
Pb, utilizando nos cálculos tanto o decaimento do Urânio 238 quanto o Urânio
235, os quais terão como átomos filho o Chumbo 207[(CARNEIRO et al, 2009). Este
mineral é um dos mais resistentes encontrados na natureza e um dos mais
frequentes encontrados em diferentes tipos de rochas, sejam elas ígneas,
metamórficas ou sedimentares.O objetivo deste trabalho é mostrar a técnica
utilizada no processo de datação, utilizando-se do mineral Zircão para o
procedimento, e com isso, discutir a eficácia do méto
MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente se limpa a amostra, em seguida, diminui-se a ela de tamanho,
utilizando-se uma prensa, e depois de prensar, utiliza-se o britador e em
seguida, os fragmentos são peneirados em peneiras de 16 e 35 mesh.
Depois disso é feito o bateamento, onde se fornece um volume considerável de
zircão, monazita, titanita, apatita, etc. (Obviamente, desde que a rocha os
tenha, em princípio). Tais concentrados exibem, além de uma grande quantidade de
grãos, qualidades excepcionais para os mais diversos campos do estudo mineral,
dentre eles a composição, tipologia, isotopia, etc.
Os concentrados, em alguns casos, possuem milhares de grãos de zircão. Para que
se separem os mais densos dos menos densos dos materiais em análise, coloca-se a
amostra pra secar na estufa por aproximadamente 15 horas e depois dela seca,
tudo é passado no separador magnético, o Frantz. E por fim pega-se o material
não atraído e se observa no microscópio para ver se tem ou não zircão e por fim
este material é mandado para o Geólogo pesquisador e assim, este faz a datação
através do decaimento radioisótopo Urânio-Chumbo (U-Pb).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O processamento dos dados analíticos das amostras coletadas resulta em
mapas de distribuição geoquímica, que permitem a definição de anomalias
geoquímicas dos diversos elementos analisados. A verificação e avaliação em
campo dessas anomalias, em conjunção com as informações sobre os minerais
pesados detectados nas amostras de concentrado de bateia ou bateamento, além do
suporte adicional dos mapas geológicos e aerogeofísicos, permitirão conhecer a
origem dessas anomalias, levando à localização de importantes ocorrências de
bens minerais. Os diferentes tipos de amostras vão desde sedimentos de corrente,
concentrados de minerais pesados, rochas, solos, água, vegetação e outros como
seixos e sedimentos marinhos. Entre as análises destacam-se: Absorção Atômica,
Plasma, Fluorescência de raios-x, emissão espectrográfica e minerais. Esta base
de dados é administrada pela Divisão de Geoquímica (DIGEOQ).
Caso a primeira fase de bateamento de uma determinada amostra não possibilite a
obtenção de um concentrado de qualidade, os pesados da segunda fase de
bateamento também serão fornecidos ao pesquisador. A fração pesada a ser
armazenada no Zircão, cedida automaticamente por livre e espontânea colaboração
do pesquisador, estará sob a guarda jurídica da empresa, na pessoa do seu
Coordenador Científico e de sua Equipe Técnica. Caso o pesquisador detentor dos
concentrados não concorde com a doação de seus concentrados para o Zircão, ele
deve manifestar sua vontade, por escrito, junto à empresa.
CONTROLE DA AMOSTRA: ZIRCÃO
Figura 1. Limpeza do Zircão para posterior
diminuição do tamanho da amostra
CONCLUSÕES: A partir do estudo realizado foi possível verificar a eficácia dos radioisotópos
utilizados para o processo de datação de rochas, em particular no que diz
respeito ao procedimento utilizando U-Pb (urânio-chumbo). E com isso, perceber a
importância ímpar para a concretização do mesmo, assim mais uma vez o
conhecimento químico se coloca à disposição para o engrandecimento e
desenvolvimento tecnológico e pessoal, sobretudo as pessoas que pretendem ou já
fazem estudos mais aprofundados com relação as rochas e idades das mesmas.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais-CPRM RETE
pela oportunidade da realização do estudo,especialmente a geóloga Milena Rocha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARNEIRO, A. P. M.; PASCOAL, L. A. F.; WATANABE, P. H.; SANTOS, I. B.; LOPES, J. M.; ARRUDA, J. C. B., 2009. Babassu meal in finishing broiler fodder: performance, carcass yield and economical evaluation. Ciência Anim. Bras., 10 (1): 40-47.
CARNEIRO; C.D.R.; MIZUSAKI; A.M.P.; ALMEIDA; F. F. M. de 2005. A determinação da idade das rochas. Disponível em: <www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v1/pdf-v1/p006-035_carneiro.pdf>. Acesso em: 26/06/2013.