Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Iniciação Científica
TÍTULO: Perfil da qualidade do sono de servidores do IFPE – Campus Vitória
AUTORES: Silva, M.M. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Freire, M.S. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Falcão, A.P.S.T. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Silva, D.F. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Siqueira, D.R.M. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Silva, G.O. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Ataíde, I.S.C. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Cunha Filho, M. (UFRPE) ; Silva, M.J.L. (ESEF/UPE) ; Souza, L.T.N. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA)
RESUMO: O uso de medicamentos pode interferir na qualidade do sono ou na existência de
problemas de saúde que dificultam o repouso por causarem desconforto. O trabalho
teve como objetivo, analisar o perfil da qualidade do sono de servidores
comparando a qualidade do sono daqueles que ingerem medicamentos para dormir dos
que conseguem dormir naturalmente. Participaram como sujeitos da pesquisa 16
servidoras lotadas no IFPE - Campus Vitória, se realizou uma pesquisa aplicando o
questionário (PITTSBURGH) que calcula o Índice de qualidade do sono. Os dados
foram analisados no programa estatístico SPSS versão 16.0. Realizou-se uma
distribuição de frequência onde se observou que 25% dos sujeitos que ingerem
medicamentos estão entre os 50% dos que sonham ou tem pesadelos com frequência.
PALAVRAS CHAVES: Medicamentos; qualidade do sono; saúde.
INTRODUÇÃO: Pereira (2009) destaca que a qualidade do sono está associada à satisfação no
trabalho, bem como com a produtividade. A vida moderna, a mudança de hábitos, o acúmulo de tarefas diárias, muitas vezes até o uso das tecnologias de forma
exacerbada, vem causando diversas modificações no comportamento humano. Não há
dúvida de que o sono é uma parte essencial e benéfica de um padrão de vida
diária. A privação de sono de curto-prazo não provoca danos duradouros, mas tem
um impacto inquestionável no humor. Contudo muitas pessoas não conseguem dormir
sem ajuda de medicamentos e não tem um sono adequado, as pessoas tornam-se
irritáveis e incapazes de manter a atenção. Tornam-se, igualmente, pouco
racionais e irritadiças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS (2012), 40% da população brasileira
diz ter problemas para dormir ou classificou o seu sono como de má qualidade.
Além da qualidade de vida, os distúrbios do sono como: bruxismo, síndrome das
pernas inquietas e apneia do sono, bem como outros problemas relacionados com a
ausência do sono, têm um impacto profundo na estrutura e na distribuição do
sono, pois os mesmos também comprometem a segurança pública, porque aumentam o
número de acidentes industriais e de tráfego (MARTINEZ, 1999).
Assim, diante do exposto a pesquisa teve como objetivo analisar o perfil da
qualidade do sono de servidores. Como a maioria dos distúrbios do sono não é
detectada e tratada porque, em geral, as pessoas desconhecem que essa condição é
clínica e tratável, talvez em função desse desconhecimento, o paciente também
deixa de relatar problemas de sono durante as consultas médicas, dificultando o
acesso do profissional às informações que permitiriam o diagnóstico e o
tratamento (ROTH et al., 2002).
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa desenvolvida é de natureza quantitativa, de campo do tipo descritiva.
Participaram como sujeitos 16 servidores técnicos administrativos do sexo
feminino, lotadas no IFPE – Campus Vitória. Foi utilizado um instrumento para a
coleta de dados o questionário de PITTSBURGH, que calcula o índice da qualidade do sono. O mesmo contém questões referentes aos hábitos de sono apenas do mês
anterior. Os dados foram analisados no Programa Estatístico SPSS versão 16.0, onde foi realizado o cálculo da distribuição de frequência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa realizada mostrou que, das 16 servidoras questionadas 4 delas
relataram tomar remédio para dormir, o que representa 25%, que é uma porcentagem baixa mais ainda preocupante. Esses 25% estão automaticamente entre os 50% daquelas que sonham ou tem pesadelos durante a noite. O sono, segundo Chopra (1988) é um momento onde o metabolismo se torna mais lento, a mente perde a consciência do mundo exterior. É com o sono que o corpo consegue regenerar-se para poder realizar todas as atividades do dia-a-dia com mais entusiasmo, compreensão e concentração (POTTER e PERRY, 1988). Porém muitos ainda não conseguem dormir sem ajuda de alguns medicamentos que automaticamente podem modificar o ciclo sono/vigília. Eles interferem devido aos efeitos colaterais como, supressão do sono REM, sonhos intensos ou pesadelos. Consideram-se também os horários de medicação. No (quadro 1) está a representação do número de sujeitos que tomam remédio para dormir, relacionado aos que sonham ou tem pesadelos durante a noite.
No estudo feito também foram analisados os principais fatores que podem
interferir na qualidade do sono, como: o ronco, a dificuldade para respirar
enquanto dorme a sonolência durante o dia, se sentem dores e se tomam remédios
para dormir, isso pode ser visto na (tabela 1) onde terá a porcentagem de quem
aparentemente apresentam esses aspectos já ditos acima, ressalta-se ainda que as servidoras apresentaram mais de um sintomas que possivelmente interferem no
perfil da qualidade do sono das mesmas. Autores como, Du Gas (1988), POTTER e
PERRY (2001) e ATKINSON e MURRAYA (1989) acreditam que esses fatores podem
prejudicar ainda mais o sono das pessoas.
Quadro - 1
O quadro 1 representa a porcentagem comparativa de
sujeitos que tomam remédio para dormir, relacionando
aos que sonham ou tem pesadelos.
Tabela - 1
Na tabela 1 foram analisados os principais fatores
que podem interferir na qualidade do sono das
servidoras.
CONCLUSÕES: O estudo realizado identificou que, uso de medicamentos e as implicações do ronco
podem interferir na qualidade do sono onde podem resultar na dificuldade da
respiração enquanto dormem e na sonolência excessiva diurna, comprometendo assim a qualidade do perfil do sono das servidoras já que 25% delas tomam remédios para
dormir, no qual resulta na sonolência excessiva que também corresponde a 25%
dessas servidoras, na qual estão inseridas entre os 50% das que sonham e tem
pesadelos durante a noite.
AGRADECIMENTOS: Agradeço aos participantes do estudo, a minha orientadora e ao instituto IFPE - Campus Vitória pelo suporte para a realização da presente pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: DU GAS, B. W. Enfermagem Prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
MARTINEZ, Denis. O Sono. Acesso em <http://www.vanet.com.br/doctor/sono.htm 08 de Setembro de 1998>.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Grande Tratado de Enfermagem Prática. 3. ed.
Livraria Santos Editora, São Paulo: 2001
ROTH, T.; ZAMMITZ, G.; KUSHIDA, C.; DOGHRAMJI, K.; MATHIASM, S.; WONG, J.; & BUYSSE, D. J. A new questionnaire to detect sleep disorders. Sleep Medicine, v. 3, n. 2, 99-108, 2002.