ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: Como a observação em sala de aula pode contribuir para a relação ensino-aprendizagem para futura formação do aluno-professor.
AUTORES: Reis, A.F. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Fernandes, A.P.S. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Rezende, G.A.A. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Oliveira, L.R.S. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Miranda, M.S.S. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Araujo, S.C.M. (COLÉGIO ESTADUAL DOM VELOSO) ; Silva, V.H. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA)
RESUMO: A atividade de observação da escola-campo do programa PIBID, enfatiza a
relevância de desempenhar um papel fundamental na implementação das ações no
sentido de: reforçar a preocupação com o papel social na melhoria da qualidade
na preparação dos professores, na permanência dos licenciandos nos cursos de
Licenciatura e na promoção da interface entre formação inicial e campo de
atuação profissional. A observação na sala de aula é fundamental para o
aprendizado e formação do professor e, por isso, o ato de observar deve
estender-se por toda a vida do professor que, ao verificar, no seu dia-a-dia, a
não efetivação da aprendizagem por parte dos alunos, deve rever e reelaborar sua
prática, visando sempre uma aprendizagem que tenha significação para o aluno.
PALAVRAS CHAVES: observação e prática; ensino-aprendizagem; aluno-professor
INTRODUÇÃO: A observação desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade do ensino
e da aprendizagem, constituindo uma fonte de inspiração e motivação e um forte
catalisador de mudança na escola (REIS, 2011). Na observação em sala de aula a
integração entre a teoria e a prática deve proporcionar uma aproximação da
realidade da sala de aula e da escola, sendo que esta leva a uma reflexão
teórica sobre a prática, sobre tudo o que observamos e vivenciamos durante a
mesma, propiciando ao aluno a oportunidade de fazer uma síntese da teoria e da
prática. Mas, faz-se necessário, que se mude a ideia “de que a formação teórica
recebida nos primeiros anos da formação inicial é uma espécie de receituário, em
que a prática é uma aplicação da teoria” (SOUSA; FERNANDES, 2004, p.92). Além
disso, é necessário romper com a visão de formação que tenha como foco “como
deve ser um professor, o que deve fazer, que conteúdos estudar e os métodos para
os ensinarem, mas pouco ou nada lhes é dito, por exemplo, acerca do controle e
disciplina dos alunos” (SOUSA; FERNANDES, 2004, p.92. Os professores normalmente
agem como se as turmas fossem extremamente indisciplinadas, sobre isso, Antunes
(2002) afirma que sala indisciplinada é aquela em que os alunos não permitem aos
professores ajudá-los no processo de construção dos seus conhecimentos, que não
oferece condições para que o professor possa acordar em seus alunos suas
potencialidades, não permitem aos professores ajudá-los no processo de
construção dos seus conhecimentos, entre outros. Ante a esta discussão,
realizou-se em um colégio da cidade de Itumbiara – GO uma observação em sala de
aula para averiguar a relação ensino-aprendizagem entre professores e alunos.
MATERIAL E MÉTODOS: Com a intenção de desenvolver ações acadêmicas voltadas à formação inicial e
continuada de professores de Química, de modo a elevar a qualidade do ensino nas
escolas da rede publica; como também, valorizar o espaço da escola publica como
campo de experiência da prática docente para a educação básica, efetivaram-se
visitas regulares à escola-campo em agosto de 2011 com o objetivo de assistir
aulas do ensino médio. Além dessas aulas, foi proposto um levantamento dos
materiais do laboratório de química, informática e biblioteca, participou-se dos
conselhos de classe dos alunos, e por fim aplicou-se um questionário
socioeconômico. Esse processo foi realizado entre os meses de agosto e novembro
de 2011.
A observação foi realizada através de alguns conceitos já pré-estabelecidos onde
seria analisado o comportamento tantos dos professores quanto dos alunos com o
objetivo de avaliar objetivos e conteúdos trabalhados em aula, recursos
didáticos utilizados, perfil da turma e relação professor e aluno, tendências
metodológicas do professor, competência técnica e habilitação profissional do
professor.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As observações despertaram a curiosidade tanto dos professores quanto dos
alunos, entretanto os alunos se mostraram mais “amistosos” e procuraram sempre
conversar com observadores.
Ressalva-se que os alunos possuem um bom relacionamento entre si e com os
professores. No geral, os professores mediam bem as turmas, na medida em que
interage com elas na explanação do conteúdo. Entretanto, os conflitos entre
professor-aluno se dão especialmente devido a brincadeiras durante as
explicações, conversa paralela atrapalhando assim o coeficiente de aprendizagem
da turma, telefone celular com ou sem internet e principalmente o uso de fone de
ouvidos em quase todas as aulas assistidas.
O principal objetivo dessa observação não é de fazer um julgamento, mas sim
pensar a respeito dessa experiência, levando em conta o lado profissional do
professor que estava em cada turma. Ao final, realizou-se um relatório sobre as
observações, dividindo as turmas de 1º, 2º e 3º ano do ensino médio para não
confundir a apreciação de cada turma.
O ato de observar condiz com a proposta de Freire (1996) que coloca ao discutir
a questão dos saberes indispensáveis à prática educativa afirmando que “ensinar
não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção
ou a sua construção” (p. 25).
CONCLUSÕES: Acredita-se que muitas vezes a utilização de estratégias tradicionais pode
contribuir fortemente para a falta de interesse de alunos e professores. Nesse
sentido, novas metodologias de ensino são fundamentais no estabelecimento de uma
nova perspectiva para o ensino e a aprendizagem. Sugere-se desde a utilização de
tecnologias de comunicação e informação, como também, propostas e/ou modelos de
ensino por meio de aprendizagem como pesquisa orientada, o uso de situações-
problema, de projetos escolares como possibilidades para a organização dos
conteúdos, entre outras.
AGRADECIMENTOS: À direção e ao corpo docente do Colégio Estadual Dom Veloso;
Ao IFG – Câmpus Itumbiara;
À CAPES e ao PIBID
Ao NUPEQUI
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANTUNES, C. Professor bonzinho = aluno difícil: A questão da indisciplina em sala de aula. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
REIS, P. Observação de aulas e avaliação de desempenho docente. Disponível em: < http://www.ccap.min-edu.pt/docs/Caderno_CCAP_2-Observacao.pdf>. Acesso em: 26 de abril de 2012.
SOUSA, M. V.; FERNANDES, J. A. Dificuldades de professores estagiários de Matemática e sua relação com a formação inicial. Quadrante. Lisboa, p.91-113. 2004.