ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: Experimentação na Educação de Jovens e Adultos (EJA): Separando as Misturas.
AUTORES: Queiroz Souza, J. (UNIR) ; Silva Gomes, P. (UNIR) ; Amaral, R. (EEFMOF) ; Yamashita, M. (UNIR) ; Ernesto Francisco Junior, W. (UFAL)
RESUMO: O presente trabalho partilha uma experiência a partir da experimentação na sala de aula proposta para o Ensino de Jovens e Adultos. A proposta do trabalho consiste em detalhar as observações feitas no que se refere ao processo de aprendizagem dos alunos, analisando a importância de aula prática para seu aprendizado, sendo como objetivo deste experimento verificar a eficácia do método utilizado para continuar buscando ações neste contexto e utilizar materiais de baixo custo e do cotidiano do aluno para que através do experimento o mesmo possa ter um maior compreendimento em relação ao fenômeno envolvido,pois o desenvolvimento dessas aulas pode ser uma importante ferramenta, para instruir o aluno a questionar, a dialogar e levá-los ao entendimento de conceitos.
PALAVRAS CHAVES: Experimentação; Ensino de Química; Problematização
INTRODUÇÃO: O ensino de Ciências deve despertar no aprendiz o interesse para a compreensão do mundo em que vive, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico e do espírito investigativo. Para tanto, faz-se necessário que a Ciência seja ensinada de forma inovadora, problematizada, contextualizada e significativa para o aprendiz1. Nesta perspectiva, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação. Quando centrada no estímulo do pensamento dos envolvidos, a experimentação contribui para o desenvolvimento cognitivo.
A utilização de aulas práticas contribuem para a melhoria de ensino, faz com que as aulas tomem um outro rumo, e estes alunos percebam o quanto é importante o ensino de ciências. O desenvolvimento, junto aos alunos do EJA possibilitam relações mais dinâmicas e interativas, a experimentação relaciona o aluno e os objetos de seu conhecimento, a teoria e a prática, correlaciona a interpretação aos fenômeno e processos naturais observados, fazendo com que o experimento se torne um contraponto das aulas teóricas, pois facilita a fixação do conteúdo a que esta relacionado, não servindo somente para a ilustração teórica.
A experimentação tanto em sala de aula, exibem muitas contribuições quando bem executadas. Permitem o melhor aprendizado e contribui para estimular e despertar o interesse dos mesmos na aprendizagem e na prática.Logo com um objetivo que promova no aluno um desenvolvimento do raciocínio cientifico, a assimilação do método cientifico e o treinamento da capacidade de observação dos alunos, através do desenvolvimento de conclusões mentais do fenômeno apresentado.
MATERIAL E MÉTODOS: Partindo desse princípio, foi proposta uma atividade experimental investigativa, na qual os estudantes foram colocados diante de uma situação-problema e deveriam propor formas para resolvê-la. Conforme as dificuldades dos alunos foi realizada uma aula prática “Separando as Misturas” com uma turma de primeira série da EJA da EEEFM Professor Orlando Freire de Porto Velho.
Tabela - Materiais utilizados para a execução do experimento.
Mistura Materiais
Água + areia Funil de Separação
Água + óleo Ímã
Água + areia + folhas Algodão
Limalha + Sal Peneira
Com a proposta investigativa elaborada, os alunos teriam que analisar os materiais que seriam utilizados (Materiais apresentados na tabela1) para separar cada mistura que lhes foi apresentada(Materiais e misturas apresentados na tabela1) não foi aplicado nenhum roteiro durante a realização desta aula, apenas indagamos os alunos a usar a imaginação e seus conhecimentos prévios para que assim fosse resolvido como ocorreria a separação dos sistemas apresentados. Além disso, os estudantes teriam que propor e descrever o método mais adequado para separar cada mistura.
Na prática os alunos foram divididos em dupla, e cada grupo teria os materiais necessários para o experimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos resultados pode-se verificar que os alunos conseguem identificar os materiais corretos para separar as misturas, mas observamos que os mesmos apresentam dificuldade em transcrever os dados obtidos durante o processo de identificação do experimento.
Segundo Bonenberger et al. (2006), os alunos do EJA tende uma grande dificuldade em aprender química e, consequentemente, não percebe a sua importância e não consegue correlacionar ao seu cotidiano.
O experimento foi aplicado no formato investigativo e exigiu dos alunos habilidades de comparar, discutir, analisar propor, argumentar, colocando-os numa situação propícia ao desenvolvimento cognitivo. Desse modo, a situação investigativa contribui para construção de importantes habilidades cognitivas dos sujeitos.
Como por exemplo, os alunos não conseguem compreender o que ocorre microscopicamente no experimento, como podemos destacar nos dados de um grupo.
“A água e a areia são separadas pelo método de filtração, porque a filtração vai separar a água da areia através do papel-filtro que colocamos no funil mas também podemos realizar essa separação através de decantação é só esperar a areia se depositar no fundo do béquer”.
Através do depoimento destacado, vimos que os alunos apresenta uma certa dificuldade em relacionar o macro e o microscópico em relação ao fenômeno ocorrido. Isso pode ser devido a falta de habilidades cognitivas.
Por isso que a construção de habilidades cognitivas pode torna o sujeito capaz de elaborar hipóteses, coletar dados e analisar resultados,desse modo é essencial que o experimento possa servir,como um tipo de observação onde os alunos tenham experiências comuns presente do seu dia-a-dia e não apenas como um meio de comprovar teorias.
CONCLUSÕES: É evidente que o experimento desperta no aluno interesse e motivação em participar das aulas,mas cabe ao professor dar continuidade a essa motivação também em sala de aula.
O presente trabalho possibilitou ao estudante criar meios de resolver determinados problemas acerca da situação imposta. Além disso,foi uma ferramenta importante para envolver os alunos em uma tarefa de ordem cognitiva,cujas discussões em grupo foram fundamentais para a elucidação do problema,uma vez que,nenhum roteiro foi dado para execução dos experimentos.
AGRADECIMENTOS: Capes, UNIR e ao PIBID.
Aos alunos da escola Professor Orlando Freire.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares, 2003.
MORTIMER, E.F. e MACHADO, A.H. Química para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2002.