ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS COMO TEMA DE UMA ATIVIDADE DO PIBID EM UMA ESCOLA DA BAIXADA FLUMINENSE.
AUTORES: Dionizio, T.P. (IFRJ) ; Monteiro, C.V.O. (IFRJ) ; Castro, D.L. (IFRJ) ; Pinto, K.G.A. (IFRJ) ; Jesus, V.L.B. (IFRJ) ; Souto, K.C. (IFRJ) ; Nascimento, R.S. (IERP)
RESUMO: Este trabalho faz o uso de uma metodologia diferenciada para melhorar o
aprendizado dos alunos em química, visto que muitos têm dificuldade em compreendê-
la devido a terem contato apenas com a parte teórica da química. Através de
materiais de baixo-custo é feita uma aula experimental vinculando a teoria com a
prática e correlacionando a química com a vida cotidiana do aluno.
PALAVRAS CHAVES: Ensino de química; materiais de baixo-custo; contextualização
INTRODUÇÃO: A química é uma ciência que tem relação direta na vida das pessoas, entretanto
os estudantes encontram-se desmotivados a compreendê-la. Não é raro a química
ser resumida a conteúdos, o que tem gerado uma carência generalizada de
familiarização com a área, uma espécie de analfabetismo químico que deixa
lacunas na formação dos alunos. Apesar de ser uma disciplina de natureza
experimental a química é lecionada nas escolas apenas com aulas teóricas, por
falta de material ou até mesmo falta de espaço físico adequado para tal
desenvolvimento. Fazer um vínculo entre o cotidiano do aluno e o conhecimento
escolar, infelizmente, é outra dificuldade que ainda vem sendo encontrada pelos
professores, o que acaba desmotivando e proporcionando o desinteresse do aluno
pelo conteúdo escolar. Através do PIBID, foi desenvolvida, em turmas de 4º ano
de Ensino médio (modalidade normal) uma aula experimental sobre soluções
eletrolíticas. Segundo Valadares (2001) a aula prática é uma maneira eficiente
de ensinar e melhorar o entendimento dos conteúdos de química.
MATERIAL E MÉTODOS: Esta aula foi aplicada no Instituto de Educação Rangel Pestana em 9 turmas de 4º
ano de Ensino médio em Formação de Professores, envolvendo um total de 265
alunos e 1 professora. Inicialmente foi aplicado um questionário para colher a
opinião dos alunos sobre o ensino de química. O experimento foi realizado com
materiais de baixo custo, utilizando um circuito elétrico para medir as
características eletrolíticas de substâncias que fazem parte do cotidiano do
aluno. Cada turma foi dividida em 3 grupos e cada grupo ficou com 3 substâncias
para análise, são elas: G1 - vinagre, ácido muriático e água boricada; G2 -
sabão em pó, bicarbonato de sódio e soda caustica; G3 - água destilada, sal de
cozinha e açúcar (em solução). Após a atividade experimental foi aplicado à
turma um questionário para verificar a contribuição desta aula para os alunos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em pesquisa realizada antes da aplicação do experimento pode-se verificar a
carência dos alunos em relação a uma abordagem diferenciada de ensino de
ciências/química em que 92,83% dos alunos nunca participaram de uma aula
experimental. Durante a realização do experimento era notório o interesse e a
curiosidade dos alunos, que participaram efetivamente da atividade. Foram
divididos os grupos de alunos e distribuídas as soluções para análise. Durante a
verificação da condutividade das soluções toda a turma prestava a atenção, mas
cada grupo explicaria o seu posteriormente, buscando uma justificativa do por
que da lâmpada acender (e da intensidade da luz) ou não, quando em contato com a
solução. Os alunos tiveram dificuldades em justificar corretamente o por quê da
lâmpada acender ou não, devido ser um conteúdo apresentado no 1º ano e de
estudarem química apenas nos 2 primeiros anos do Ensino médio. Alguns deles
deram uma reposta mais aprofundada devido estarem estudando em cursinho pré-
vestibular. Ao final da aula, depois dos alunos terem expostas suas hipóteses,
explicamos, uma a uma, a reação de cada substância em acender ou não a lâmpada,
tomando como base os conceitos de substâncias iônicas e moleculares, dissociação
e ionização. Podemos comprovar que 95,85% dos alunos disseram ter facilidade de
compreender a química através de aulas experimentais. Segundo os alunos esta
“liberdade” de realizar o experimento aguçou o interesse, proporcionando um
melhor aprendizado. Cerca de 90% dos alunos disseram ser de suma importância que
as aulas de química também fossem compostas de atividades práticas, para melhor
visualizar, comprovar e correlacionar os fenômenos químicos com sua vida
cotidiana.
CONCLUSÕES: O uso de uma abordagem diferenciada de ensino de química promoveu nos estudantes o
interesse pelo desconhecido, despertando-os a curiosidade. Esta atividade
proporcionou a contextualização da química estabelecendo uma relação entre o
conhecimento científico e o dia-a-dia do aluno. Durante a pesquisa muitas dúvidas
foram expostas pelos alunos o que contribuiu de forma positiva na compreensão de
algumas situações que muitos deles desconheciam.
AGRADECIMENTOS: Ao IFRJ – Campus Nilópolis pela oportunidade da Pesquisa, à CAPES pelas Bolsas de
Iniciação à Docência e ao IERP pela participação no projeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] VALADARES, E. C. Propostas de experimentos de baixo custo centradas no aluno e na comunidade. Química Nova na Escola. São Paulo, no 13, maio 2001.