ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: CROMATOGRAFIA RADIAL COM PAPEL: UMA APLICAÇÃO ALTERNATIVA DE ENSINO PRÁTICO NAS ESCOLAS.
AUTORES: Vieira Neto, A.E. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Sousa, A.F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Santos, G.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Brito, L.S.O. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Passos, C.C.O. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Félix, J.E.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)
RESUMO: A química como disciplina integrante da grade curricular básica do ensino médio é
por sua natureza experimental. Porem devido à falta de recursos ou acomodamento
pedagógico sua aprendizagem torça-se enfadonha. No objetivo de introduzir novas
metodologias alternativas que possibilitem um aprendizado mais significativo,
procurou-se desenvolver uma cromatografia radial de baixo custo que permita uma
abordagem contextualizada dos seus conceitos fundamentais.
PALAVRAS CHAVES: cromatografia; radial; alternativa
INTRODUÇÃO: A Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações que
ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada (PCN's. MEC/SEMTEC,
1999). Desta forma um ensino meramente teórico não favorece a uma aprendizagem
real. Dentro do processo de ensino, à transmissão expositiva em sala de aula
pincel/quadro ainda é utilizada como única ferramenta dos saberes químicos, seja
por inércia dentro sistema arcaico de ensino ou por falta de laboratório e
instrumentos específicos de trabalho (BUENO, 2007). Nesse contexto a inserção de
novas propostas metodológicas deve ser encorajada a fim de confrontar os alunos
com uma aprendizagem mais dinâmica e divertida (SALVADEGO e LABURÚ, 2009). Com a
finalidade de atribuir ao estudante uma aprendizagem mais significativa, é
sugerida a introdução de técnicas cromatográficas em aulas experimentais com
materiais alternativos e de baixo custo. A cromatografia é um método físico-
químico de separação. Ela baseia-se nas diferentes velocidades de migração dos
componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre
duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária (COLLINS, C.H, 1993).
As diversas combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica
extremamente versátil e de grande aplicação para a purificação, isolamento e
identificação de vários componentes de origem mineral e biológica. A utilização
da cromatografia como recurso didático no ensino médio, permite fazer
considerações importantes sobre vários temas de relevância a química, tais como
separação de misturas, polaridades, interações intermoleculares, polaridade,
entre outros.
MATERIAL E MÉTODOS: Para o preparo da cromatografia radial, foram seguidas as seguintes etapas: Numa
tampa de nescafé foi adicionado água, cerca de 1 cm de altura (fase móvel). Um
papel jornal foi cortado de forma circula com um diâmetro ligeiramente superior
às dimensões da câmara cromatográfica (tampa de nescafé). Dividiu o papel
circular em 4 quadrantes, numerou cada um deles de 1 a 4 e traçou a linha base
com um diâmetro de 1 cm. Um furo no centro do papel foi feito com uma caneta
esferográfica e introduzido em sua abertura uma tira de papel absorvente
enrolado, de forma a permitir o acesso do eluente ao papel cromatográfico. Foi
aplicado com tinta de marcador: preta, castanha, verde e vermelha, em cada
quadrante, sobre, cada uma das amostras. Colocou o papel por cima da câmara
cromatográfica, verificando se a tira de papel enrolada absorvia a água.
Aguardou que o eluente percorresse, até cerca de 1 cm da extremidade do papel
jornal. Retirou o papel da câmara e deixou secar. O mesmo procedimento foi
repetido para uma amostra alcoólica de extrato de pimentão verde utilizando
desta vez álcool 70 como eluente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O método cromatográfico proposto utiliza-se de materiais de baixo custo e de fácil
acesso para a sua organização e aplicação. Os componentes de cada marcador foram
separados de forma eficaz sendo observadas diferentes cores de acordo com tinta
utilizada. Para o extrato do pimentão verde foi possível à separação da clorofila
e xantofila de forma satisfatória (RIBEIRO, et. al., 2008).
CONCLUSÕES: O estudo e desenvolvimento de metodologias alternativas para práticas
experimentais que utilizem matérias de baixo custo devem ser encorajados. Aulas
como esta desperta alem de desperta o interesse dos alunos pela química
possibilita o estabelecimento de correlações entre a teoria e a prática, tais como
tais como polaridade, solubilidade, separação de misturas, interações
intermoleculares, estrutura dos compostos, entre outros. A simplicidade desta aula
permite sua inserção em escolas de ensino médio que não dispõem de muitos
recursos.
AGRADECIMENTOS: Ao Ms. João Ermeson Mota Félix pela orientação e amizade e aos demais amigos e
colaboradores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PARÂMETROS Curriculares Nacionais (PCN)–Ensino Médio; Ministério da educação 1999.
BUENO, L.; MOREIA, K. C.; SOARES, Marília; JERONIMO, D. D.; WIEZZEL, A. C. S.;TEIXEIRA, M. F. S. O ensino de química por meio de atividades experimentais: a realidade do ensino nas escolas. Presidente Prudente: II Encontro do Núcleo de Ensino de Presidente Prudente, 2007.
COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BONATO,P.S. Fundamentos de cromatografia. Campinas: Ed. UNICAMP, 2006.
RIBEIRO, N. M.; NUNES, C. R. Análise de Pigmentos de Pimentões por romatografia em Papel. Revista Química Nova na Escola, São Paulo, Nº 23, Agosto de 2008, pag. 34-37.
SALVADEGO, W. N. C.; LABURÚ, C. E. Uma Análise das Relações do Saber Profissional do Professor do Ensino Médio com a Atividade Experimental no Ensino de Química. Revista Química Nova na Escola, São Paulo, Nº 03, Agosto de 2009, pag.216.