ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A aprendizagem cooperativa ferramenta facilitadora no ensino de química

AUTORES: Mylena Pereira e Silva, L. (FAMASUL) ; Soares Lima, A. (FAMASUL) ; Regina Ferreira da Silva, P. (FAMASUL) ; Lopes Fernandes, E. (FAMASUL) ; José de Melo Dias, I. (FAMASUL)

RESUMO: O presente trabalho visa explorar a importância da atividade cooperativa no ensino de química através do incentivo em desenvolver trabalhos em grupo que favoreçam não somente o aprendizado, mas também possibilite o desenvolvimento de habilidades sociais como o diálogo, interação, inclusão, tolerância, adaptação às normas estabelecidas e vivência em grupo, favorecendo o amadurecimento das relações interpessoais, as quais são de suma importância na sociedade atual.

PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem cooperativa; ensino de química; socialização

INTRODUÇÃO: Os dias atuais vêm sendo marcado por mudanças constantes, o que de certa forma instiga a competitividade entre as novas gerações, e na busca de se sobressair diante de um mercado tão competitivo cria-se uma cultura individualista, principalmente no que se refere aos espaços acadêmicos. Diante dessa realidade se percebe a necessidade de mudanças significativas nos ambientes educacionais e consequentemente nas relações interpessoais, sendo as atividades cooperativas um instrumento para viabilizar a convivência em grupo preparando para uma vida cooperativa e integradora da diversidade humana. Pode-se então definir aprendizagem cooperativa como sendo aquela em que todos os componentes compartilham as decisões tomadas e são responsáveis pela qualidade do que é produzido em conjunto, conforme suas possibilidades e interesses (FULLAN e HARGREAVES, 2000). Segundo Vygotsky, (1989) A interação entre os sujeitos é fundamental para desenvolvimento pessoal e social, pois é a partir da interação que se busca transformar a realidade de cada sujeito, mediante um sistema de trocas com "o par mais capaz" e do conceito "zonas proximais de desenvolvimento". Aguado (2000) defende a ideia que o espaço educativo deve proporcionar para além da aprendizagem dos conteúdos científicos específicos, a formação integral dos alunos desenvolvendo competências e atitudes, que permitam a sua intervenção e transformação na sociedade de que fazem parte. O objetivo, portanto desse estudo é aprofundar a discussão sobre a aprendizagem cooperativa no ensino de química como ferramenta facilitadora da aprendizagem, onde os componentes dos grupos possam se ajudar mutuamente, aprendendo a lidar com os diferentes níveis, ritmos e interesse dos colegas.

MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se uma intervenção didática numa turma de 1º período da IES FAMASUL-PE, localizada no município de Palmares, Mata Sul de Pernambuco, destacando a aprendizagem cooperativa como ferramenta facilitadora do processo de ensino-aprendizagem no curso de Licenciatura em Química na instituição acima citada. A turma foi dividida em grupos, viabilizando assim a cooperação entre as partes integrantes. Para cada equipe foi designado um conteúdo de Química básica, como: substâncias e misturas, métodos de separação de misturas, modelos atômicos e entre outros, estes servido de temas geradores, visando assim a apresentação de conceitos introdutórios de Química, de maneira cooperativa. Foi distribuído materiais de apoio, bem como, livros, revistas cientificas, artigos, ou seja, meios de pesquisa para o desenvolvimento da atividade, também houve a distribuição de cartolinas, lápis de colorir, como incentivo a criatividade dos alunos, na abordagem final, que teve como conclusão a culminância do que foi discutido em grupo, também foi solicitado de todos em individual um pequeno relatório avaliativo sobre essa intervenção didática que fora realizada, visando a consolidar a eficácia da aprendizagem cooperativas como ponto de partida desde o período inicial da graduação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A priori gerou-se uma certa instabilidade no que tange a participação ativa de todos os componentes, apresentaram de início dúvidas, em relação ao trabalho que estava sendo desenvolvido naquele momento, mas a medida que foi ocorrendo o entrosamento entre os componentes das equipes, observou-se discussões sobre o que seria feito para apresentarem aos demais colegas. Os temas foram bem aceitos, pois são conteúdos simples já vistos no Ensino Médio. Por fim os grupos compartilharam o conhecimento abstraído com os demais, nesse momento houve uma interatividade satisfatória, onde demonstraram através, de cartazes com desenhos, conceitos e curiosidades pesquisadas e discutidas em cada grupo. Coletou-se de cada participante o relatório avaliativo, onde o mesmo apresentou resultados positivos em relação a intervenção, pois a maioria achou importante a vivencia de trabalhos em grupos, levantando a questão de que a troca de conhecimento e a cooperação entre as partes, nos leva a ter um bom aproveitamento cognitivo.

CONCLUSÕES: Tendo em vista a pesquisa realizada pôde-se perceber a importância de se desenvolver abordagens didáticas que favoreçam o envolvimento e comprometimento de todos, pois a sociedade atual necessita de pessoas que pensem no coletivo e não apenas no bem estar individual. A aprendizagem cooperativa tende a enriquecer o processo de aprendizagem, criando durante a vida acadêmica o hábito de trabalhar no coletivo, sendo capaz de escutar, compartilhar opiniões, ajudar os membros do grupo que apresentam mais dificuldades, desenvolver capacidade de tolerância, entre tantos outros ganhos.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AGUADO, DÍAZ, M.J. 2000. A Educação Intercultural e Aprendizagem Cooperativa.
Porto Editora.


FULLAN, M., HARGREAVES, A. 2000. A Escola como Organização Aprendente: buscando uma educação de qualidade. (2a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas.


VYGOTSKY, LEV S. 1989. A formação Social da Mente. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda.