ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOS FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

AUTORES: Santos, C.F. (IFRJ) ; Lima, J.P. (IFRJ) ; Alves, T.R.S. (IFRJ) ; Castro, D.L. (IFRJ)

RESUMO: A disciplina Estágio Supervisionado é divida em três semestres, podendo ser cursada a partir do 5º período pelos estudantes do curso superior de Licenciatura em Química do IFRJ, de acordo com o fluxograma previsto para as disciplinas. Esta etapa do curso superior é de extrema importância para formação profissional, consistindo num treinamento que possibilita os estudantes relacionar e vivenciar o que foi aprendido na faculdade, possibilitando planejar/propor à prática em meio à aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: formação de professores; estágio supervisionado; ensino-aprendizagem

INTRODUÇÃO: A preparação dos professores formados pelo IFRJ, através da Licenciatura em Química, graduação plena, é a de uma formação comprometida com a aprendizagem do aluno. O estágio supervisionado é oferecido em três períodos, onde, para cursá- lo, os licenciandos necessitam de conhecimentos adquiridos nos semestres anteriores, possibilitando integrar as disciplinas do currículo acadêmico, oferecendo-lhes entrosamento para consolidação da teoria com a prática, adquirindo um papel considerável no processo de formação de professores. O mesmo vem conquistando uma atribuição muito relevante no processo de graduação, pois, caracteriza-se como a prática em meio à aprendizagem na sistematização curricular (graduação). Na visão de PIMENTA (1997, p. 21) o Estágio Supervisionado são "as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao futuro campo de trabalho". Esta é uma definição bastante parecida com a opinião de PICONEZ (2000, p. 16), quando a mesma afirma que "os estágios são vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo objetivo é o preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área de ensino.” Outra finalidade está em fazer com que os estudantes busquem os predominantes aspectos da prática docente nas aulas de Ciências/Química, discutindo sobre os temas avolumados nas aulas de Química no Ensino Médio. Muitos alunos demonstram dificuldades em aprender química, nos diversos níveis do ensino, por não perceberem o significado ou a validade do que estudam. O presente trabalho objetiva, portanto, verificar a influência dessas disciplinas, além de evidenciar a importância em tê-las na formação de futuros professores de Química.

MATERIAL E MÉTODOS: O Estágio Curricular Supervisionado para os Cursos de Licenciatura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, IFRJ, parte integrante da formação de professores em Nível Superior, consiste na participação do licenciando em atividades que articulem ensino, pesquisa e extensão, tríade que privilegia a formação integral do profissional, consolidando em situações concretas do ambiente educacional a articulação entre a teoria e a prática. Os mesmos consistem, também, no acompanhamento dos professores pelos graduandos, onde participamos do desenvolvimento de planos de curso, planos de aula, rotina da sala dos professores, rotina da escola como um todo e a estrutura física, além é claro, das salas de aula. Os estágios foram feitos em modalidades diferentes, como: Ensino fundamental, ensino médio regular, médio/técnico e no EJA (Educação de Jovens e Adultos). A primeira e segunda etapa do estágio consistem no conhecimento do cotidiano escolar.’ Na terceira etapa os licenciandos, devem, a partir deste conhecimento anterior, propor um projeto de intervenção pedagógica a ser desenvolvido em uma das escolas campo de estágio de uma das etapas anteriores. Este projeto de intervenção pedagógica deve ser proposto a partir da observação realizada durante o estágio. As três etapas foram realizadas cumprindo-se a carga horária de duas vezes por semana, quatro horas diárias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Muitos professores apresentaram dificuldades para transmitir o conteúdo por falta de comprometimento dos estudantes e ou por não possuírem uma base anterior que os dessem suporte. Outro ponto importante se deve em algumas escolas públicas, onde as mesmas não possuíam estrutura física adequada, como salas sem condicionadores de ar, lousa de giz e carteiras desconfortáveis. A remuneração baixa e falta de incentivos para os professores era a principal reclamação dos mesmos, pois todos tinham que trabalhar em várias escolas com o intuito de completar a renda deficiente, levando ao desgaste precoce dos profissionais, evidenciando um falto marcante para nós estagiários, onde os professores presentes na escola nos aconselhavam a procurar outra carreira que nos valorizasse mais como profissionais em todos os ambitos. As atividades realizadas foram bastante voltadas para o cotidiano de sala de aula, acompanhando a rotina docente e vivenciando os problemas enfrentados pelo profissional e o comportamento da turma perante o professor. Muitos discutiram que a correria do dia-a-dia, não possibilita preparar boas aulas, tornado-as repetitivas e maçantes, gerando, portanto, inúmeros questionamentos dos alunos sobre a importância e utilidade de estarem aprendendo tais conteúdos. Por outro lado, a experiência nos estágios supervisionados foi muito produtiva e enriquecedora para nós futuros professores, pois ajudou-nos a entender o peso da responsabilidade e o que vamos encontrar futuramente.

CONCLUSÕES: Através de uma análise das disciplinas de Estágio Supervisionado do IFRJ deparamo- nos com a dificuldade de atuação durante a mesma, tanto na parte burocrática, quanto na prática. Conclui-se também que esta disciplina em suas três etapas mostra seu papel primordial na formação dos licenciandos, uma vez que possibilita um primeiro contato com a rotina docente.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PICONEZ, Stela C. Berhtolo. A prática de ensino e o Estágio Supervisionado. 5ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2000. p. 15 -74.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1997. p. 21 – 80.