ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: Análise do Dominó de Química Inorgânica por discente de Química e Biologia da UFRPE
AUTORES: Souza Freitas, J.M.A. (FUNESO) ; Dudu, R.E.S. (UEPB) ; Silva, G.N. (UFRN) ; Lima, J.F. (UFCG) ; Silva, E.E.P. (UFCG) ; Alves, J.R.O. (UEPB) ; Barros, R.A. (UEPB) ; Souza, J.M. (FAEST)
RESUMO: O estudo teve por objetivo analisar as opiniões dos discentes de Química sobre o
jogo Dominó de Química Inorgânica para a instrução no Ensino Médio. Com esse
propósito, executou-se uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa,utilizando
o procedimento de aplicação de questionários a licenciandos dos cursos de Química
e Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). De acordo com as
informações obtidas nos questionários, pôde-se comprovar aceitação do jogo como um
recurso didático. Conclui-se que foi aprovado e aceito pelos discentes, o dominó
de Química Inorgânica como uma ferramenta didática no Ensino Médio.
PALAVRAS CHAVES: Jogo Educativo; Química Inorgânica; ensino/aprendizagem
INTRODUÇÃO: Diante de estudantes que estão rodeados de tecnologia como ipod, tablet,
telefones móveis entre outros equipamentos, a escola ainda caracteriza-se como
um ambiente tradicionalista. Dessa forma os professores têm investido em
metodologias alternativas que motivem os estudantes, uma delas consiste na
aplicação de jogos educativos.
Para Schwarz (2006, p. 97) o jogo tornar-se um exercício cognitivo subordinado
às práticas em sociedade "na maioria das vezes, o jogo educativo é uma atividade
grupal e direciona as interações e ações dos alunos, constituindo-se em um
recurso e método que pode promover a aprendizagem”.
Na área de Química a quantidade de jogo tem aumentado nos últimos anos, sendo
comprovados em anais de eventos em todo país. E aos jogos são atribuídos
objetivos com a finalidade de aprendizagem, deste modo ajuda na compreensão de
conceitos e auxilia a prática docente.
Segundo Soares (2004, p. 147) “A melhora na relação professor/aluno fica
evidente. Em relação aos alunos, nota-se que os mesmos passam a considerar o
professor como uma espécie de auxiliador no entendimento das regras.” Com isso o
professor assume o papel de assistente, melhora-se o vínculo de trabalho com o
educando e que são refletidos no aprendizado.
Por isso o objetivo do projeto foi analisar as opiniões dos discentes de
Química sobre o jogo Dominó de Química Inorgânica para a instrução no Ensino
Médio.
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa classifica-se como descritiva, pois investiga os argumentos dos
discentes dos cursos de Licenciatura em Química e Biologia. E possui natureza
quantitativa. O ambiente de estudo foi a Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) durante apresentação do dominó de Química Inorgânica como
recurso didático, na 10ª Semana de Química da UFRPE - Campus Recife no momento
da Mostra Didática. Participaram do projeto voluntariamente 30 alunos dos cursos
de Licenciatura em Química e Licenciatura em Biologia que estavam presentes no
evento. Foram exclusos da pesquisa docentes e profissionais, pois a focalização
do projeto é a opinião dos futuros professores da disciplina de Química e os
licenciandos em Biologia, por estudarem Química como disciplina obrigatória do
curso. Para o levantamento dos dados foram aplicados questionários com perguntas
objetivas e as análises dos dados foram feitas de forma sistemática por
tabulação para serem melhores compreendidos e interpretados. O dominó era
composto por 24 peças de Etil, vinil e acetato conhecido como EVA, ofício
impresso e fita adesiva. Além das peças do dominó continha algumas cartas
perguntas (cada pergunta com quatro alternativas, sendo apenas uma correta) que
eram retiradas a cada jogada com o intuito de cada jogador responder sobre
conhecimentos de Inorgânica. As indagações eram de referência à nomenclatura e
função de compostos inorgânicos, aplicações do cotidiano, definição de
cientistas, classificação dos grupos funcionais, característica determinante do
composto formado na partida. Foi demonstrado um fragmento de uma partida, do
qual o público em estudo era convidado a tentar jogar, tornando-se assim a
apresentação do jogo divertida e lúdica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A primeira pergunta do questionário era direcionada para contribuição que jogo
educativo que o jogo pode oferecer na aprendizagem dos estudantes do ensino
médio nas opiniões dos discentes de Química e Biologia (Figura 1: Tabela 1). Foi
respondido pela maioria que tratava-se de mais de uma opção dentre as fornecidas
no questionário (perfil A), como serve para revisar o conteúdo (perfil B) e
proporcionar aprendizado sobre o assunto de Química Inorgânica para os
estudantes (perfil C). Outra possibilidade foi considerada o jogo como
entretenimento sem caráter avaliativo (perfil D), além dos acadêmicos que não
souberam opinar (perfil E). No primeiro momento revela-se aceitação dos
discentes, pois a maior porcentagem refere-se ao jogo como ferramenta didática
para aprendizagem dos estudantes do ensino médio.
Quando os licenciandos foram questionados a respeito do nível de dificuldade do
jogo, foi disponibilizado nas alternativas os graus: fácil, médio e difícil das
quais três possuíam justificativas pertinentes ao jogo e duas com possibilidade
de outras opiniões, onde críticas construtivas e elogios foram consentidos
(Figura 1: Tabela 2). Nesse instante foi evidenciada a natureza cognitiva do
jogo do ponto de vista dos discentes como futuros professores do ensino médio.
Em relação à execução do jogo durante o ano letivo, grande parte dos
Licenciandos de Química e Biologia admitiram que aplicariam como instrumento
pedagógico para revisar ou ensinar conteúdos de Química Inorgânica (perfil A).
Mas um fragmento considerado da população pesquisada (perfis B e C) argumentou
indiretamente sobre a resistência por parte de alguns estabelecimentos de ensino
em relação ao uso do jogo na carga horária estabelecida para aulas, comprovado
na figura 2: tabela 3.
Tabela 1 e 2
Tabela 1 - Contribuição do jogo e Tabela 2 - Nível
de dificuldade
Tabela 3
Tabela 3 - Aplicação do jogo
CONCLUSÕES: Foi possível concluir na análise dos questionários a confirmação da maioria dos
futuros professores em favor do jogo dominó de Química Inorgânica para
esclarecer e informar de modo lúdico o assunto no Ensino Médio. Embora tenha
evidenciado resistência aos jogos como abordagem pedagógica em alguns
estabelecimentos de ensino, pois foram demonstradas outras possibilidades nas
respostas dos questionários, para que não fossem utilizados no horário estipulado
para as aulas.
AGRADECIMENTOS: Aos organizadores da 10ª Semana de Química da UFRPE e aos discentes que
participaram da pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FIALHO, N. N. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.
LEITE, R. A.; SILVA, A.M. Importância dos jogos didáticos no Ensino de Química. In: Simpósio Brasileiro de Educação Química, 8., 2010, Natal. Anais eletrônicos...Natal: ABQ, 2010. Disponível em: < http://www.abq.org.br/simpequi/2010/trabalhos/153-7819.htm>. Acesso em: 28 nov. 2011.
SOARES, M. H. F. B. O lúdico em Química: Jogos e atividades aplicados ao ensino de Química. 2004. 218 f. Dissertação (Doutorado em Química) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.
SCHWARZ, V. R. K. Contribuição dos jogos educativos na qualificação do trabalho docente. 2006. 93 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.