ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: UTILIDADE DE SOFTWARES EDUCATIVOS NO ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA: UMA EXPERIÊNCIA POSSÍVEL

AUTORES: Gomes, D. (UESPI) ; Silva, C.A.A. (UESPI) ; Moreira, J.F.M. (UESPI) ; Costa, M.G. (UESPI) ; Sá, D.P. (IFPI)

RESUMO: O trabalho tem como prioridade poder trazer para a sala de aula novas perspectivas, no que diz respeito à utilidade de softwares educativos para o ensino de conteúdos de grande abstração na área das ciências naturais, em especial da química orgânica. Por meio de uma analise bibliográfica a cerca do tema aborda buscou-se verificar a viabilidade a inserção de um objeto de aprendizagem desenvolvido a partir do software Office PowerPoint, na qual o mesmo foi aplicado com alunos do terceiro ano e pré-vestibular do Instituto Federal de Educação e, Ciência e Tecnologia do Piauí, onde se mostrou útil para o fim proposto.

PALAVRAS CHAVES: Ensino; Softwares; Química orgânica

INTRODUÇÃO: Os objetos de aprendizagem no atual momento educacional detém um grande potencial no que concerne o desenvolvimento de metodologias viáveis para o ensino. Dado o grande desenvolvimento tecnológico a que assistimos nos últimos anos e as novas exigências sociais que as tecnologias de comunicação e informação vieram trazer, é que as instituições de Ensino devem tirar partido do seu enorme potencial (COSTA, 2004). Neste sentido se faz presente à utilidade do programa Office que contribui com uma gama de ferramentas das quais já faz parte do contexto educacional, porém de modo ainda tradicional. Dessa forma o enfoque deste trabalho está na utilidade de um software desenvolvido a partir do PowerPoint, ao qual dispõe dos mais variados recursos que viabilizem um verdadeiro ato de ensinar, pautando-se no aprendizado significativo, pois, através dele é possível criar as mais diversas moléculas orgânicas e realizar simulações dos processos de formação dos compostos bem com dos mecanismos de reações associados. O modelo deste trabalhado faz referência às reações orgânicas, ao qual utiliza-se de imagens e animações que representam o conteúdo de forma lúdica e simplificada tendo em vista que o discente pode visualizar com maior riqueza de detalhes todas as fases das reações orgânicas desvinculando este tema do campo da imaginação. Neste sentido a química deve possibilitar a compreensão das transformações do mundo físico de forma abrangente e integrada, de modo a tornar o cidadão mais participativo (PCNs, MEC/SEMTEC, 1999).

MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma análise de literatura atualizada que tem por base a importância do uso de objetos de aprendizagem e recursos tecnológicos que possam viabilizar o aprendizado de alunos com dificuldades de aprendizagem, tendo como enfoque um modelo de objeto de aprendizagem confeccionado a partir do recurso PowerPoint, do programa Office 2007. O estudo é embasado no PCN+ do ensino médio, a LDB e textos clássicos que trazem a tona o assunto, Incluindo aí o aspecto lúdico que deve fazer parte do contexto educacional ao qual inova por promover no aluno a motivação necessária para a compreensão dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Para catalogação dos resultados e conclusões o objeto de aprendizagem foi aplicado junto aos alunos do terceiro ano e pré - vestibular do instituto Federal do Piauí (IFPI), localizado na Praça da Liberdade, 1597, centro de Teresina no Estado do Piauí. O objeto de aprendizagem proposto foi aplicado durante uma das aulas, na qual contou com a colaboração do professor da disciplina de química , além disso, ao final da intervenção didática os alunos responderam a um questionário semi-estruturado com questões objetivas e subjetivas que tratavam do tema abordado: Reações orgânicas, onde puderam expressar sua opinião sobre o produto pedagógico proposto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quando questionados sobre as contribuições do objeto de aprendizagem para o desenvolvimento cognitivo, a maioria dos alunos relatou que através das observações de imagens e animações, os processos químicos tornam-se mais evidentes, diferentemente das situações aos quais ficam restritos a imobilidade das situações expositivas dos livros didáticos. Os alunos foram perguntados ainda sobre o que o software trazia de inovador e motivacional, e foram unanimes em justificar que o software é de fácil manuseio, tem um caráter inovador e original, por se tratar de um projeto autoral, além de ser um recurso que atrai a atenção dos alunos para o aprendizado da química. Uma pergunta importante foi em relação a um comparativo entre as metodologias tradicional e com o uso do software, voltando agora para a turma do pré-vestibular, na qual a maioria afirmou que com o uso do objeto de aprendizagem, o conteúdo se tornou dinâmico e conceitos que não formam compreendidos anteriormente ficaram bastante claros. O presente trabalho demonstrou o poder da utilidade dos recursos informacionais como o computador (JUCÁ, 2006) que atualmente representa um meio de desenvolvimento dos saberes educacionais, pois o mesmo oferece diversos instrumentos tais como: programas, ferramentas, e aplicativos que podem ser facilmente introduzidos no contexto diário do profissional da educação (GIORDAN E VECCHI, 1996). O uso de software neste sentido traz uma nova perspectiva tanto para o aluno como para o professor que de modo original desvincula sua aula da exposição e traz como pano de fundo um leque de opções que demonstra através de imagens e animações as reações orgânicas, que muitas vezes ficam restritas ao campo das ideias dificultando o ensino aprendizado de química.

CONCLUSÕES: A incorporação de recursos tecnológicos na educação não é algo novo, porém o modo como isso é feito deve ser inovador, a pesquisa docente e a reflexão sobre tais recursos traduzem em novas perspectivas. Aqui mencionada pelo exemplo de um software desenvolvido através de um recurso simples de fácil acesso, o PowerPoint, que de forma prática representa uma alternativa didática viável para o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos, quebrando assim com diversos paradigmas atrelados ao ensino de ciências naturais.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.
COSTA, F.A.Avaliação de software educativo: ensinem-me a pescar! IN SEMINÁRIO SOBRE UTILIZAÇÃO DE SOFTWAR EDUCATIVO. Universidade de Lisboa, 2004.
GIORDAN, A.; VECCHI, G. de. As origens do saber: das concepções dos aprendentes aos conceitos científicos. 2 Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
JUCÁ,S.C.S; A relevância dos softwares educativos na educação profissional, ciência e cognição vol. 08;p 22-28. Fortaleza-CE, 2006.