ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Construindo pilhas de baixo custo através de minicursos com base metodológica no ensino de química.

AUTORES: Morais, A.I.M. (IFG-CÂMPUS ITUMBIARA (BOLSISTA PIBID-CAPES)) ; Alves, B.H.P. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Dantas, G.G. (IFG-CÂMPUS ITUMBIARA (BOLSISTA PIBID-CAPES))

RESUMO: A Química por ser uma matéria abstrata, e de difícil compreensão do conteúdo, faz com que a disciplina se torne pouco atrativa aos alunos perdendo assim o interesse pela área e alguns casos a rejeitem. Diante desta dificuldade o objetivo deste trabalho é tentar reverter esse quadro, propondo meios para que a disciplina se torne objeto de interesse para os estudantes. Para tal tarefa foi realizado um minicurso, onde foram abordados temas sobre Eletroquímica, contendo em seguida, a parte experimental onde os alunos confeccionaram dois modelos diferentes de pilhas, pretendia-se verificar com a implementação de uma metodologia de ensino diferenciado e atrativo fazer com que os alunos venham construir um pensamento crítico e reflexivo.

PALAVRAS CHAVES: Minicurso; Química; Pilhas

INTRODUÇÃO: Segundo Chassot (2003), a ciência ensinada na escola, não tem se mostrado atraente aos alunos. A pesquisa tem indicado que este ensino permanece muito distante da realidade. O ensino de ciências deveria favorecer a utilização de princípios conceituais para a avaliação do conhecimento científico, ou seja, para a alfabetização científica do indivíduo. Para conseguir uma aprendizagem eficaz seria também necessário mostrar aos alunos a natureza transitória da Ciência. Os alunos devem participar de atividades de aprendizagem que favoreçam a análise crítica das teorias e propostas experimentais, partindo das suas próprias ideias (conceitos) (CAÑAL, 1997). Ante a esta discussão, realizou-se uma análise metodologia no Colégio Estadual Polivalente Doutor Menezes Junior uma escola da cidade de Itumbiara – GO atual escola-campo do subprojeto Química II com o intento de correlacionar o uso dos minicursos para um experimento de baixo custo.

MATERIAL E MÉTODOS: Os alunos bolsistas foram separados em duplas, onde cada dupla ficou responsável por um tema, dentre eles: Construindo Pilhas, A Química do Perfume, Fotografia, A Química do Cabelo e Polímeros. Em especial explanaremos sobre o minicurso com temática Construindo Pilhas. Por se tratar de materiais de baixo custo e do cotidiano dos alunos, não foi necessário laboratório para a execução do experimento, todo o minicurso foi realizado na sala de aula, mostrando que a ciência e a química em si, estão muito próximas do dia-a-dia dos alunos. Primeiramente, foram abordados os temas de forma expositiva, trazendo conceitos de oxirredução, cátodo, ânodo, ponte salina, onde fica claro que a produção de energia acontece por causa da transferência de elétrons. Os alunos foram questionados sobre a utilização, como são feitas, e de como seria a rotina de cada um se não existissem as pilhas, fazendo com que ficassem instigados com o tema e interessados na prática, consequentemente com o aprendizado. Ainda foi passado um vídeo que fez uma retomada dos conceitos de como foram criadas as pilhas, como é formada a pilha atualmente, qual a necessidade da presença da eletricidade (energia) e da eletroquímica na sociedade e a questão de contaminação ambiental referente ao descarte de pilhas. Logo após, conceitos de eletroquímica foram relacionados às pilhas eletroquímicas como, a pilha de Daniell e a pilha de limão, que seriam as pilhas produzidas pelos alunos. A escolha destas duas pilhas foi feita por serem confeccionadas com material de fácil acesso, o que causou admiração e aumentou o interesse nos alunos. Solucionadas as possíveis dúvidas com relação à teoria do conteúdo ministrado eles foram separados em quatro grupos onde cada grupo confeccionaria a sua pilha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base nos conceitos de eletroquímica apresentados, a primeira pilha montada por cada grupo foi a pilha de Daniell, utilizando placas de zinco e de cobre inseridas, respectivamente, em soluções de sulfato de zinco e de sulfato de cobre, pretendendo-se produzir energia para ligar uma calculadora. Os alunos seguiram as instruções corretamente e chegaram ao objetivo desejado. Puderam assimilar que, de acordo com o que aprenderam com os conceitos, a reação estava apta a ser utilizada como fonte de energia elétrica por ocorrer uma transferência indireta de elétrons liberados pelos átomos Zn que percorrem o circuito inteiro antes de reduzirem os íons Cu2+ a átomos de Cu0. Após as calculadoras funcionarem por algum tempo, foram desmontadas as pilhas de Daniell para confeccionar a pilha de limão. Os quatro grupos foram mantidos e os materiais utilizados para confecção de cada pilha foram: três limões, três moedas de cobre, três clipes (zinco) e fios elétricos que formaram um circuito produzindo energia que ligou uma calculadora. Os alunos ficaram um bom tempo analisando o circuito e até cronometraram o tempo para verificarem a duração da pilha. Na construção das pilhas os alunos demonstraram interesse e se envolveram pelo tema, especialmente porque puderam comprovar pela prática que a eletricidade não está somente nas tomadas e nas pilhas industriais, podendo, assim, fazer uma assimilação do conhecimento prévio, seja o conhecimento adquirido no ambiente familiar ou até profissional, com o conhecimento científico. Percebeu-se que os alunos acharam o experimento interessante, por não somente observar, mas por executarem.

CONCLUSÕES: As alternativas de recursos didáticos são bastante amplas, porém há de se atentar para a escolha de um recurso que irá facilitar a compreensão de conteúdos e não aplicá-lo de forma isolada, por exemplo, o minicurso Construindo Pilhas foi ministrado fazendo uso de recursos como texto, experimento e vídeo e se mostrou uma excelente alternativa no ensino da eletroquímica, visto que facilitou a aprendizagem deste conteúdo considerado difícil de ser entendido pelos alunos.

AGRADECIMENTOS: A direção e o corpo docente do Colégio Estadual Polivalente Dr. Menezes Jr. Ao IFG – Câmpus Itumbiara; À CAPES e ao PIBID

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CAÑAL, P. L..; LLEDO, A. I. ; P OSUELOS, F. J. ; TRAVÉ, G. Investigar en la escuela: elementos para una enseñanza alternativa. Díada Editora: Sevilla, 1997.

CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003.