ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Ludicidade em Educação Química

AUTORES: Macedo, S.K.S. (IF SERTÃO-PE) ; Santos Neta, V.P. (IF SERTÃO-PE) ; Tavares Cavalcante, M.S. (IF SERTÃO-PE)

RESUMO: Apresenta-se um trabalho de pesquisa que foi desenvolvido com 60 alunos do 1º Ano do Ensino Médio da Escola Pública Estadual Jesuíno Antônio D’Ávila com intuito de descrever o quanto a ludicidade pode facilitar a aprendizagem de conceitos químicos e também com quatro professores, com a finalidade de verificar seus conhecimentos, suas visões e sua capacidade para trabalhar com atividades lúdicas na sala de aula. Com a análise dos resultados da pesquisa percebe-se que tanto professor como aluno ressalta a importância do lúdico na sala de aula como facilitador do aprendizado.

PALAVRAS CHAVES: Ludicidade; Ensino; Química

INTRODUÇÃO: Um dos maiores desafios do ensino de Química é construir uma ponte entre o conhecimento escolar e o mundo cotidiano dos estudantes. São notórias as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de Química. Os professores encontram-se atrelados a uma metodologia tradicional e os alunos costumam ter aversão aos conteúdos desta disciplina, por considerá-los de difícil compreensão. Carvalho et al (2004), defende que o papel do professor é o de construir com os alunos essa passagem do saber cotidiano para o saber cientifico, por meio da investigação e do próprio questionamento acerca do fenômeno. Assim, a ludicidade contribui para relacionar e contextualizar o conhecimento cotidiano com o conhecimento científico adquirido pelo aluno, além de mostrar que a química está presente em tudo e que não é difícil. A relevância desse estudo poderá ser percebida pelos profissionais da educação, principalmente os professores de química, os quais estão atuando a área e conhecem as dificuldades que surgem no decorrer das aulas em determinados conteúdos, que às vezes, são abstratos e de difícil compreensão. No âmbito social deve possibilitar ao aluno o desenvolvimento de algumas competências e habilidades como interação, troca de saberes, desinibição, participação, cooperação e várias outras características que ajudam no desempenho do aluno. Assim, com as vantagens oferecidas das aulas mais dinâmicas através da ludicidade, pretendeu-se descrever o quanto atividades lúdicas podem facilitar a aprendizagem de conceitos químicos e perceber a influência no processo de ensino do uso destas com os alunos que possuem uma visão errônea da ciência: química numa turma de 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Jesuíno Antônio D’Ávila situada na cidade de Petrolina-PE.

MATERIAL E MÉTODOS: A presente pesquisa pode ser classificada como descritiva isto porque, deve a pesquisa descrever se as atividades lúdicas influenciam no processo de ensino aprendizagem como uma nova ferramenta na sala de aula. Segundo Gil (2009, p.42) as pesquisas descritivas tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Ainda ressalta que uma de suas características principais está na utilização de procedimentos padronizados de coletas de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Quanto à metodologia o Projeto fez a opção pelo artificio questionário, o método escolhido permite o levantamento de dados, de posse destes, buscou-se analisá-los através das proposições teóricas e qualitativas. O trabalho realizou-se-á através da aplicação de questionários com 60 alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Jesuíno Antônio D’Ávila, para identificar os conceitos dos discentes sobre atividades lúdicas em sala de aula e também com três professores, com o intuito de verificar seus conhecimentos, suas visões e sua capacidade para trabalhar com a metodologia de ensino calcada na ludicidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Mediante os questionários aplicados aos 60 alunos fez-se o levantamento dos dados. Dos 60 questionados, 99 % dos alunos responderam positivamente que quando é avaliado através de uma atividade diferenciada, ele aprende mais o conteúdo que será avaliado, apenas 1 não teve opinião concreta. Percebe-se no quanto o uso de jogos e atividades lúdicas ajudam no processo de ensino-aprendizagem, pois 96% dos discentes afirmaram que sim e somente 4% não teve certeza. Em relação aos dados dos quatro professores questionados, exibe a opinião sobre jogos, experimentos, dinâmicas na sala de aula, 50% deles afirmaram que é bom, pois torna mais interativas as aulas. Em relação a opinião para o uso de atividades lúdicas em sala aula como instrumento de avaliação, 50% dos questionados disseram que é necessário, 25% que é importante, pois auxilia no entendimento do assunto, além de modificar a forma de avaliar e outros 25% que facilita o entendimento por parte do aluno. No que se refere ao uso de jogos e atividades lúdicas que ajudam no processo de ensino-aprendizagem, 100% dos professores asseguraram que todos os processos que facilitam a aprendizagem é de total importância para o aluno e professor. Em relação ao uso da ludicidade como facilitador do entendimento e melhoria na metodologia do professor, 100% dos docentes pronunciaram positivamente que o lúdico ajuda na compreensão dos assuntos e à aprendizagem é significativa para os discentes. Com os dados acima, nota-se que o uso do lúdico na sala de aula interfere positivamente no processo de ensino-aprendizagem como referencia a literatura consultada, pois é notório o interesse dos alunos por atividades diferenciadas para melhor compreensão dos conteúdos abordados na sala de aula.

CONCLUSÕES: A importância de facilitar o processo de ensino favorece na educação química, pois é evidente que o uso da ludicidade com jogos, principalmente, experimentos, auxiliam na compreensão do aluno em relação aos dos conteúdos abordados, que muitas vezes é abstrato e tão distante da realidade dele. Além disso, a curiosidade é aguçada, visto que beneficia o conhecimento e desperta o interesse do alunado pela química possibilitando uma maior interatividade do aluno e o professor.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARVALHO, A.M.P. et al. Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.