ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: AS PERSPECTIVAS DO ENSINO DE QUÍMICA EM RELAÇÃO AO ENEM

AUTORES: Rodrigues da Silva, J.P. (IFPI) ; Maciel de Lima Neto, S. (IFPI) ; de Sousa Martins, E. (IFPI) ; Tarcio Dourado, B. (IFPI) ; Cruz da Silva, J. (IFPI) ; dos Santos Veras, L. (IFPI) ; Prado, V.K. (IFPI) ; Cavalcante Costa, T. (IFPI)

RESUMO: O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) surgiu como novo método de avaliação , e uma iniciativa de reformulação dos currículos do ensino médio visando romper com o isolamento das disciplinas, sendo um método de avaliação para ingresso da maioria das instituições públicas de ensino superior. Este trabalho pretende investigar de forma quantitativa as perspectivas dos alunos do colégio estadual Senador Chaga Rodrigues (CESCR) em Parnaíba-PI que estão cursando a 3°série do ensino médio em relação à nova abordagem do ensino-aprendizagem de química no Enem, pois a sua abordagem metodológica confere uma grande mudança tanto no modo de ensinar quanto de aprender, observou-se que o Enem tem boa aceitação entre os estudantes, porém apresenta alguns pontos a serem reavaliados.

PALAVRAS CHAVES: Enem; ensino-aprendizagem; Química

INTRODUÇÃO: O Enem surgiu como uma iniciativa de reformulação dos currículos do ensino médio visando romper com o isolamento das disciplinas, promovendo integração entre áreas para que ocorra uma interdisciplinariedade através dos conceitos de competências e habilidades, esses conceitos estão apresentados no documento básico do ENEM (INEP/MEC 1999). Diante de um novo modelo de avaliação proposta pelo Enem que exige novas habilidades e uma visão contextualizada dos fenômenos estudados na Química se faz necessária uma mudança na metodologia pedagógica de ensino aprendizagem em sala de aula. As aulas expositivas com pouca ou sem nenhuma relação com o cotidiano tornam a Química abstrata e muito distante da realidade dos alunos refletindo em um desinteresse pela ciência e nos seus métodos investigativos, logo o ensino médio não é apenas um momento da vida de aprender e denominar conteúdos, mas também de saber se relacionar com o conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora. Assim o objetivo dessa pesquisa é saber o que os alunos esperam e as perspectivas sobre as modificações do ensino-aprendizagem para o Enem, tendo como objetivos específicos investigar a opinião dos alunos sobre o método de aprendizagem que esperam para a química verificando as expectativas sobre metodologias e abordagens.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada em Parnaíba-PI, no Colégio Estadual Senador Chagas Rodrigues (CESCR), no período de abril a junho de 2012, como atividade sob a coordenação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID). O instrumento utilizado foi o questionário, este foi aplicado aos alunos que estão cursando a 3° série do ensino médio regular nos turnos matutino e vespertino somando um total de 60 alunos O questionário aplicado continha 04 perguntas abertas para uma melhor análise sobre a opinião dos alunos com relação ao modo de seleção e avaliação além de observar as mudanças no ensino aprendizagem de química e suas consequências para o Enem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Enem tornou-se o principal meio de acesso as universidades por isso perguntamos se eram a favor dele como modelo de seleção das instituições públicas ,50 responderam que sim 04 que não e 06 que o Enem não modificou em nada, com base nas respostas percebemos que a maioria é a favor e que consideram o meio mais fácil de acesso ao ensino superior.O Enem busca uma nova forma de aprendizagem em relação aos conteúdos do ensino médio, entretanto, a sua implantação parece estar conforme a perspectiva de “reforma promovida pela avaliação” (Linn, 1995), dentre essas mudanças perguntamos se eram a favor da nova abordagem metodológica para o ensino de química, 24responderam ser favoráveis, 21 responderam que melhorou, mas ainda há dificuldades, os outros responderam que não. Ao perguntarmos sobre se achavam que as aulas de química vão se tornar melhores com o Enem, 51 responderam sim e esperam que isso aconteça logo, pois acham os conteúdos ministrados muito abstratos 02 responderam que o ensino tradicional é o melhor e 07 que vai continuar a mesma coisa.Alguns autores como Zabala (2002) sinalizam que o conhecimento científico ministrado na escola deve ser melhorado de um pré-existente em um processo de ampliação do conhecimento dos estudantes com base nisso perguntamos aos alunos se os assuntos de química cobrados no modelo do Enem facilitam a compreensão 52 responderam que sim, descrevendo que os conteúdos abordados são baseados no dia-a-dia, portanto mais fáceis de assimilar 06 responderam que não e 02 que a disciplina continua difícil. Nesse contexto, torna-se necessária uma mudança de posicionamento do professor diante do conhecimento, de modo que tenha autonomia e capacidade de elaborar e propor programas de ensino alternativos, para que realmente ocorra a aprendizagem.

CONCLUSÕES: O ensino atual deve sofrer grandes mudanças no seu currículo que devem ser repassadas para professores e alunos da melhor maneira possível, o exame nacional do ensino médio veio com uma nova proposta de ensino-aprendizagem trazendo uma interdisciplinariedade, com a química não é diferente, novos métodos de ensino devem ser aplicados para que os alunos se enquadrem nas propostas do exame saindo do tradicionalismo. Nessa pesquisa observamos a grande aprovação do Enem como meio de avaliação e que o ensino de química precisa sofrer modificações e mais contextualização trazendo o conhecimento para mais próximo do cotidiano dos alunos para que ocorra uma melhor compreensão e assim um bom resultado

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: NICOLE GLOCK MACENO, JAQUELINE RITTER – PEREIRA, OTAVIO ALUISIO MALDANER E ORLINEY MACIEL GUIMARÃES. A Matriz De Referencia Do Enem 2009 E O Desafio De Recriar O Currículo De Química Na Educação Básica 2011. Disponível na revista: Química Nova na Escola.
FRANCO CRESO, BONAMINO ALÍCIA O ENEM e o Ensino Médio QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 10, NOVEMBRO 1999

INEP/MEC. Exame Nacional do Ensino Médio 1998: relatório final. INEP, Brasília, 1999b
ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o
currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ROTH, W. M. Aprender ciencias en y para la comunidad. Enseñanza de las Ciencias,
Barcelona, n. 20, v. 2, p. 195-208, 2002.
LINN, R. Assessment-based reform: challenges to educational measurement. Princeton, NJ: EducationalTesting Service (William H. Angoff Memorial Lecture Series), 1995