ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: METODOLOGIAS ALTERNATIVAS: UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

AUTORES: Furtado Pereira, J. (IFMA/CAMPUS ZÉ DOCA) ; Dias Oliveira, B.E. (IFMA/CAMPUS ZÉ DOCA) ; Alves da Costa, O. (IFMA/CAMPUS ZÉ DOCA)

RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo aplicar metodologias alternativas como forma de complementar o ensino tradicional de Química no 9º ano do ensino fundamental, bem como facilitar o ensino-aprendizagem da disciplina e inseri-las no cotidiano escolar dos discentes como uma ferramenta para o ensino de Química. A metodologia utilizada foi realizada em duas etapas interligadas. Primeiramente os professores efetuaram uma prévia exposição sobre os assuntos aos discentes. Posteriormente, aplicaram-se nas aulas seguintes as metodologias alternativas para o ensino desses assuntos, que foram: bingo da tabela periódica, confecção de modelos atômicos pelos alunos com materiais alternativos, como arame, massa de modelar e pincel, e ressublimação da naftalina.

PALAVRAS CHAVES: Ensino de Química; Metodologias Alternativas; Ensino Fundamental

INTRODUÇÃO: Em muitos municípios é notório que grande parte dos estudantes apresentam dificuldades, nos diversos níveis de ensino, em aprender Química. No 9º ano do Ensino Fundamental a disciplina é apresentada como Ciências e requer para o seu aprendizado várias habilidades como: “pensamento lógico, capacidade de abstração, noções de espaço, resoluções de álgebra e aritmética, que muitos alunos na pré-adolescência ainda não dominam”, (WANDERLEY, 2007) fazendo com que os alunos tenham aversão a essa disciplina por considerarem os seus conteúdos de difícil compreensão. Em muitas situações o ensino de Química é invariavelmente mecânico, as metodologias são tradicionais e “antiquadas”, não despertando o interesse dos alunos pela ciência. Segundo BERNARDELLI (2004), “o ensino da química seria bem mais simples e agradável se fossem abandonadas as metodologias ultrapassadas muito utilizadas no ensino tradicional e se investissem mais nos procedimentos didáticos alternativos”. As aulas puramente expositivas tornam-se enfadonhas acabando por desmotivar o aluno a participar e interagir delas, convertendo-os em meros espectadores do processo de ensino-aprendizagem. Antunes (2002), afirma que “a atual geração requer novas ferramentas metodológicas para não perder o foco do aprendizado. Já que as ferramentas tradicionais de ensino não possuem uma eficácia motivadora e dinâmica quando se refere ao ensino-aprendizagem de Ciências”. Nesse contexto, o presente trabalho teve como finalidade mostrar aos professores de Química do 9° ano do Ensino Fundamental novas formas de ensinar a disciplina de química e incentivá-los a trabalharem com outros recursos metodológicos em sala, para dinamizar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido em uma escola da rede pública estadual de ensino com alunos do 9° ano do Ensino Fundamental. A metodologia utilizada foi aplicada em duas etapas interligadas. Primeiramente os professores efetuaram uma prévia exposição sobre modelos atômicos, mudanças de estado da matéria e tabela periódica e suas propriedades aos discentes. Posteriormente, aplicaram-se nas aulas seguintes as metodologias alternativas para o ensino desses assuntos, que foram: bingo da tabela periódica, confecção de modelos atômicos pelos alunos com materiais alternativos (arame, massa de modelar e pincel) e ressublimação da naftalina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados da pesquisa foram satisfatórios e refletidos no aumento significativo do interesse da classe pela disciplina de Química após a aplicação das metodologias alternativas. Fato que ratifica a afirmação de ABILIO & GUERRA (2005), “a busca de novas alternativas para o Ensino de Ciências tem se mostrado eficiente no sentido de minimizar as tensões, angústias e insegurança dos alunos, que são advindos de um ensino fragmentado que lhes impede de enxergar uma realidade e os impossibilita de pensar”. As atividades do bingo da tabela periódica (Figura 1), a confecção de modelos atômicos pelos alunos, e a ressublimação da naftalina (Figura 2), foi desenvolvida com os alunos na sala de aula com a participação dos professores da disciplina de Química. Esses perceberam que existem várias outras maneiras de ensinar Química e que as metodologias alternativas servem como ferramenta para fazer com que os alunos se interessem pela disciplina.

Figura 1: Realização do bingo da tabela periódica.



Figura 2: Ressublimação da naftalina e costrução de modelos atômicos.



CONCLUSÕES: O trabalho teve seus objetivos alcançados, pois diante do método apresentado, observou-se o aprendizado da química pelos alunos de uma forma que não é comum para os discentes. De acordo com o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997) , “utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos, favorece a aquisição e construção de conhecimentos”, bem como uma boa aceitação da disciplina fato observado durante a pesquisa. Os professores também se sentiram muito motivados a trabalharem com metodologias alternativas interagindo diretamente com os alunos.

AGRADECIMENTOS: À FAPEMA e ao IFMA/Campus Zé Doca.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1. WANDERLEY, K. A. ; BARROS, M. E. B. ; SOUZA, D. J. P. ; OLIVEIRA, L. S. Pra Gostar de Química: um estudo da motivação e interesse dos alunos da 8ª série do ensino fundamental. In: Congresso N/NE de Química, Natal/RN, 2007.
2. BERNARDELLI, M. S., Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino da química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e encontro paranaense de psicoterapias corporais. Foz do Iguaçu, 2004.
3. ANTUNES, C. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Artmed. Porto Alegre, 2002. p.7-103.
4. ABILIO, F. J. P. & GUERRA, R. A.T. A questão ambiental no ensino de Ciências e a formação continuada de professores de ensino fundamental. UFPB/LEAL/SESU­MEC, 132p, 2005.
5. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais / Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.