ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: Inclusão da História da Química ao Ensino Médio: uma visão através do Estágio Curricular Supervisionado – Etapa II.
AUTORES: Reis, A.F. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Morais, A.I.M. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Claudino, D.L.B. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Dantas, J.M. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Oliveira, L.R.S. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Menezes, M.M.T. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA) ; Nascimento, Q.C.S. (IFG - CÂMPUS ITUMBIARA)
RESUMO: Oportunizar ao acadêmico a convivência das práticas cotidianas do sistema escolar,
com a aplicação teórica-prática dos princípios fundamentais da Química, no
processo de ensino-aprendizagem, na mediação do conhecimento, que pressupõe o
saber comunicar, problematizar, intervir, superar, criar soluções vem sendo uma
das maiores dificuldades encontradas no estágio curricular supervisionado.
Mediante a este dilema e através de aulas presenciais realizadas na escola-campo,
detectou-se a ausência de algumas matérias que supostamente poderiam chamar a
atenção do aluno para a disciplina de química tal com a história da química e os
maiores cientistas da área.
PALAVRAS CHAVES: história da química; inclusão; Marie Curie
INTRODUÇÃO: Atualmente no Brasil a literatura dedicada à História da Química e seus grandes
cientistas é considerada por alguns autores como escassa, quando comparada a
quantidade existente em outros países (NEVES; FARIAS, 2005).
Na escola-campo no decorrer do Estágio Curricular Supervisionado - etapa II,
essa escassez pode ser percebida devido à falta de explicação histórica
vinculada aos conteúdos das diferentes disciplinas curriculares, aparentando ser
desnecessárias ao ensino de química. Percebeu-se também a resistência dos alunos
em relação às matérias históricas (que geralmente não tem destaque como conteúdo
no ensino médio). Observou-se que os alunos normalmente não gostam de realizar
as atividades propostas relacionadas ao conteúdo teórico de química, uma vez que
a história é raramente abordada em sala, ou seja, não há relação histórica,
gerando assim um tipo de conhecimento incompleto, o qual pode transformar o
conteúdo em uma mera informação.
Direcionou-se a elaboração do projeto para a área de cientistas renomados que
elevaram a química em seu status atual. Destes cientistas decidiu-se trabalhar
exclusivamente com Marie Sklodowska Curie, física que juntamente com seu marido
Pierre Curie e Henry Becquerel descobriram através de pesquisa a radioatividade.
Marie e Pierre isolaram o rádio e o polônio e receberam o prêmio Nobel em
Química de 1911 por esta descoberta. Seus estudos e investigações contribuíram
para o avanço da química. A esse respeito Farias (2008) destaca que “Marie foi à
primeira mulher a torna-se professora na Sorbonne e também a primeira cientista
a receber dois prêmios Nobel” (p. 15).
MATERIAL E MÉTODOS: A apresentação deste Projeto de Intervenção realizou-se da seguinte forma:
introdução do conteúdo com explicação teórica sobre a tabela periódica e Marie
Curie; vídeo sobre radioatividade, seguida de uma explicação; experiência sobre a
qualidade da superfície e a absorção de energia radiante e por fim foi entregue
aos alunos panfletos sobre as consequências da radiação para posterior discussão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Além de ganhar conhecimentos epistemológicos, os alunos compreenderam o conceito
químico através da contextualização histórica contribuindo para uma aprendizagem
mais significativa do conceito.
A apresentação foi realizada em duas turmas de terceiro ano do ensino médio e os
alunos mostraram-se interessados pelo assunto apesar de não o terem na grade
curricular.
Não é possível abordar tudo, porém não se deve reduzir a história à biografia de
cientistas, pois, se não há mal em se estudar isto, o mesmo já não se passa
quando a única recordação de um aluno a cerca da História da Química se
restringe a nomes e datas mal compreendidos (MOREIRA, 1993).
CONCLUSÕES: Embora se constate na análise bibliográfica que a História da Química pode
auxiliar o processo de ensino aprendizagem de várias formas, a omissão de
indicações de como utilizar exatamente este recurso deixa essa utilização a
critério de cada professor, observando-se o mesmo quanto a qual material didático
ou paradidático usar e qual extensão a dar à aplicação deste material.
AGRADECIMENTOS: À direção e ao corpo docente do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade
Dionária Rocha;
Ao IFG – Câmpus Itumbiara;
Ao NUPEQUI
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FARIAS, R. F. de. Para gostar de ler a História da Química. 3 ed. Campinas: Átomo, 2008.
FARIAS, R. F. de.; NEVES, L. S. das. Naturam Matrem: da natureza física e química da matéria. Campinas: Átomo, 2005.
MOREIRA, M. A. Sobre o ensino do método científico. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 108-117, 1993.