ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: UMA PROPOSTA PARA FACILITAR O ENSINO DE QUÍMICA UTILIZANDO A EXPERIMENTAÇÃO CONTEXTUALIZADA PROPORCIONADA PELOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA DA UFCG
AUTORES: Santos, C.S. (UFCG) ; Santos, J.A.M. (UFCG) ; Araújo, M.L.M. (UFCG) ; Lucena, M.H.N. (UFCG) ; Porto, T.N.V. (UFCG)
RESUMO: Esse trabalho apresenta a visão do programa institucional de bolsas de iniciação
à docência (PIBID) a respeito de se trabalhar a experimentação de forma
contextualizada em turmas do ensino médio. Trás também uma proposta para o ensino
de química, contribuindo para que os alunos, não apenas, aprendam os conceitos
químicos e decorem fórmulas, mas para que os mesmos possam associar os fenômenos
que ocorrem no seu cotidiano a esses conceitos, aproximando a química da realidade
de cada um, despertando o interesse por parte dos educandos.
PALAVRAS CHAVES: experimentação; contextualização; PIBID
INTRODUÇÃO: O programa institucional de bolsas de iniciação à docência (PIBID), sob o tema –
Educação Básica: Olhares – Diálogos – Interações é um projeto que promove um
incentivo para atuação docente. Atualmente, o projeto PIBID representa uma
perspectiva de minimizar as dificuldades existentes em nosso sistema
educacional, tendo como principal objetivo apresentar ações que possibilitem aos
alunos da licenciatura em química da UFCG uma chance de vivenciar a realidade da
educação básica, acompanhando professores e alunos em escolas da rede pública de
ensino.
Nesse contexto o subprojeto de química da UFCG do campus de cuité – PB tem
desenvolvido atividades contextualizadas, através dos bolsistas e coordenadores,
as quais são realizadas nas escolas conveniadas ao programa.
A contextualização no ensino possibilita à aprendizagem significativa de
conteúdos, pois facilita o desenvolvimento dos mesmos pelo professor e se
apresenta como um modo de ensinar conceitos das ciências ligados ao mundo real
dos alunos (SILVA, 2007). Nesse enfoque o intuito desse trabalho é apresentar a
metodologia empregada no desenvolvimento e realização das atividades nas escolas
pelo PIBID/UFCG.
MATERIAL E MÉTODOS: Para desenvolver uma metodologia representativa os participantes do PIBID/UFCG
observam as aulas de química realizadas no Orlando Venâncio dos Santos, escola
participante do projeto, em dois momentos diferentes. No primeiro momento, todas
as observações foram voltadas para os conteúdos trabalhados, sem a utilização da
experimentação contextualizada. Nessa etapa um questionário envolvendo os
assuntos trabalhados, foi aplicado para avaliar o conhecimento prévio dos alunos
a respeito dos conceitos vistos em sala de aula. Esses questionamentos feitos
relacionaram os conteúdos trabalhados, conceitos fundamentais da química, ao
cotidiano dos alunos e a temas relevantes para a sociedade.
No segundo momento da observação, os mesmos conteúdos foram ministrados
utilizando a experimentação como ferramenta. Para concluir a metodologia
utilizada o questionário foi reaplicado, sendo possível assim, comparar as
contribuições dos experimentos contextualizados que foram trabalhados.
Para verificarmos a aceitação dessa metodologia foram indagados aos
alunos os seguintes questionamentos:
1. Com que freqüência você acha que deve ocorrer à experimentação
contextualizada?
2. A experimentação contextualizada pode ajudar para que ocorra uma
compreensão mais significativa dos conteúdos?
3. Qual avaliação você daria para um professor que insere a experimentação
contextualizada em suas aulas?
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que os alunos sentem certa rejeição pela química, esse problema se
da principalmente pelo fato dos estudantes não conseguirem relacionar conceitos
vistos em sala de aula com fenômenos do seu cotidiano.
A experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas
reais que permitam a contextualização (GUIMARÃES, 2009). Nesse sentido Essa
metodologia se mostrou eficiente, tendo em vista que ao se trabalhar a
experimentação contextualizada foi observado que há uma grande aceitação e
interesse por parte dos alunos como mostra a tabela 1, e através dos
questionários aplicados antes e depois da realização dos experimentos nota-se
claramente a diferença pelo nível de respostas dos alunos.
A tabela 1 mostra que em relação ao primeiro questionamento 64% dos alunos acham
que sempre deve ocorrer a experimentação contextualizada; para o segundo
questionamento 100% dos alunos entendem que a experimentação contextualizada
ajuda para que ocorra uma compreensão mais significativa dos conteúdos; já para
o terceiro questionamento, 60% dos alunos acham que a metodologia de um
professor será ótima caso o mesmo insira a experimentação contextualizada em
suas aulas. A partir desses dados a experimentação contextualizada apresenta uma
grande aceitação e interesse por parte dos alunos, como mostra a figura 1.
Figura 1: Realização de um dos experimentos
envolvidos na metodologia desenvolvida pelo PIBID.
Tabela 1: Opinião dos alunos a respeito de se
trabalhar a experimentação contextualizada.
CONCLUSÕES: Atualmente mediar conceitos de química levando em consideração o conhecimento
prévio dos alunos, e de forma contextualizada, tem sido encarado como um desafio
para a maioria dos professores do ensino médio. Nesse sentido o PIBID utiliza a
experimentação, associando os conteúdos ao cotidiano do educando, levando em
consideração o que o aluno já sabe e abordando questões relevantes para a
sociedade, trabalhando de maneira contextualizada, contribuindo de forma
significativa para a melhoria do ensino-aprendizagem. Dessa maneira o discente em
licenciatura prepara-se para a atuação docente.
AGRADECIMENTOS: A CAPES pela bolsa de Iniciação a docência, no âmbito PIBID/UFCG/CAPES, vigência
2011 - 2013.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química nova na escola. Vol. 31, N° 3, AGOSTO 2009.
SILVA, E. L. da. Contextualização no Ensino de Química: idéias e proposições de um grupo de professores, 2007. Dissertação (MEC) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.