ÁREA: Ambiental
TÍTULO: AGROTÓXICOS: Um estudo acerca dos conhecimentos de agricultores sobre o uso dos agrotóxicos utilizados nos municípios de Parelhas-RN e Equador-RN para o cultivo do tomate.
AUTORES: Silva, T. (IFRN) ; Moreira, A. (IFRN)
RESUMO: O presente trabalho trava-se de uma pesquisa sobre agrotóxicos que tem como
objetivo listar quais os pesticidas que os agricultores dos municípios de
Parelhas e Equador no Rio Grande do Norte usam nas plantações do tomate para
combater as pragas que prejudicam os plantios de tomate, mostrando quais os
pontos negativos que o uso dessas substancia traz pra a vida humana e animal,
analisando também quais as formas de aplicação, uso e descarte desses tóxicos,
visando com isso preservar a saúde ambiental e tentar impedir a contaminação do
solo, das águas e das formas de vidas existentes nos arredores das plantações.
Foi observado e listado 20 diferentes tipos de agrotóxicos usados na região para
o cultivo do tomate e constatado algumas irregularidades durante o manuseio
dessas substancias.
PALAVRAS CHAVES: Agrotóxicos; tomate; contaminação
INTRODUÇÃO: Os Agrotóxicos, também conhecidos como, pesticidas, praguicidas e defensivos
agrícolas, causam uma serie de problemas ao ambiente e as pessoas que convivem
constantemente com essas substancias, entretanto tais tóxicos são essenciais
para o cultivo de vários alimentos. Eles são responsáveis por manter a qualidade
do alimento, desde que seja usado corretamente, e eliminar pragas que atacam as
plantações. Os próprios são aplicados em grandes, medias e pequenas escalas e
classificados como, altamente tóxicos, mediante tóxicos, pouco tóxicos e
praticamente não tóxicos.
A contaminação das águas é de grande risco para a natureza e principalmente para
a população humana, sabendo que a maioria das águas utilizadas em plantios vem
de poços e rios que são encontrados em suas proximidades. Ingerir substancia
como agrotóxicos, mesmo em pequenas quantidades, podem causar vários problemas
bem como dores de cabeça, vomito, diarreias, dores abdominais e entre outros,
também podem acarretar problemas mais sérios tais como, edema pulmonar,
hipotensão arterial, visão embasada ou até mesmo afetar o sistema nervoso
central, esses são apenas alguns problemas que o uso de agrotóxicos podem
causar, dependendo de qual pesticida se estar usando e de como esta sendo
aplicado na lavoura.
Por meio de todas essas informações faz-se necessário listar quais agrotóxicos
que se usam no cultivo do tomate (na região em estudo) e analisar os métodos de
aplicações dos agrotóxicos na lavoura, com intuito de melhorar a qualidade do
alimento, evitando contaminações por meio do uso excessivo de praguicidas, como
também, preservar a saúde das pessoas que trabalham na lavoura para que elas não
sofram problemas graves devido o mau uso dessas substancias.
MATERIAL E MÉTODOS: A presente pesquisa trabalhou com aplicações de questionários contendo 8 questões,
cada um, em 8 agricultores nos municípios de Parelhas e Equador no Rio Grande do
Norte. As questões foram elaboradas de modo a examinar os conhecimentos sobre
agrotóxicos, além de fazer um levantamento de quais os tipos de inseticidas que se
usam nessa região, como também ter um breve conhecimento da área usada para o
plantio do tomate e das suas condições físicas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a aplicação dos questionários realizou-se um levantamento dos dados e
constatou-se que uma grande quantidades de agrotóxicos são usados em plantios de
tomate na região, a tabela 01 apresenta todos os agrotóxicos apurados.
Questionou-se a frequência com que se aplicava esses agrotóxicos na lavoura,
contudo obteve-se resultados variáveis, variando de 4 a 8 dias cada aplicação.
Compreende-se que esses agrotóxicos apresentam risco a saúde humana, no qual
faz-se necessário que as pessoas que trabalham com essas substancias tomem
devidas precauções, bem como, uso de equipamentos de segurança. Sabendo disso
perguntou-se aos agricultores se eles usavam esses equipamentos, 75% responderam
que usavam equipamentos de segurança, os equipamentos são: luvas, botas, óculos
e mascaras.
Perguntou-se também se já havia ocorrido algum caso de intoxicação com as
pessoas que trabalham na lavoura, 100% responderam que “NÃO”, e afirmaram também
nunca terem encontrado animais mortos com suspeitas de envenenamento nos
arredores das plantação.
Indagou-se, se a área usada para o cultivo do tomate é destinada apenas ao
tomate ou usa-se a mesma para o cultivo de outras lavouras, 87,5% dos
agricultores responderam que usavam a área para o cultivo de outras lavouras.
Preocupando-se com a contaminação do lençol freático daquela região, perguntou-
se se existia poços e/ou rio nas proximidades da plantação, todos os
entrevistados responderam que “SIM”.
Preocupados com o destino das embalagens vazias de agrotóxicos, indagou-se o que
eram feito com as embalagens, as respostaram foram: aterram, incineram,
devolvem, jogam no ambiente. Com isso constatou-se que a maioria das embalagens
vazias são descartadas de modo incorreto, podendo assim causar mais problemas ao
ambiente
tabela 01
lista de agrotóxicos apurados, quantidade de
agrotóxicos por unidade e total de campos
analisados.
CONCLUSÕES: A pesquisa deixa claro que muitas vezes os agricultores não agem de maneira
correta, podendo assim, mesmo acidentalmente, causar certos problemas ao meio
ambiente. Constatamos que os mesmo devem receber orientações sobre de como usar e
de como aplicar de maneira adequada os agrotóxicos, para que assim possa haver um
maior cuidado com essas substancias e consequentemente evitar a contaminação dos
solos, aguas, animais e pessoas que trabalham na plantação.
AGRADECIMENTOS: Agradeço ao IFRN e a meu orientador Arquimedes Mariano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: RIEDEL, Guenther. Controle Sanitário dos Alimentos. Produção de Alimentos. São Paulo: ATHENEU, 2005. p.13-17.
VAITSMAN, Enilce Pereira; VAITSMAN, Delmo Santiago. Química & Meio Ambiente – ensino contextualizado. Metodologia para contextualização. Tema 5, Agrotóxicos em Alimentos. Rio de Janeiro: Editora INTERCIÊNCIA, 2006. p.54-60.