ÁREA: Ambiental
TÍTULO: DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO MAXARANGUAPE ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO IQA - ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA.
AUTORES: Rachel Fernandes da Costa, P. (UFRN) ; Karla de Souza Xavier, D. (UFRN) ; Hozana Bezerril, R. (UFRN) ; Patrícia Souza Duarte Pontes, J. (UFRN) ; Souza Xavier, L. (UFRN) ; Alberto Martinez Huitle, C. (UFRN) ; Ribeiro da Silva, D. (UFRN)
RESUMO: A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de 1,9 % do território estadual. A qualidade dessas águas disponíveis é fundamental para a gestão dos recursos hídricos. Assim, este trabalho teve por finalidade avaliar a qualidade da bacia Hidrográfica do Maxaranguape por meio de do Índice de Qualidade da Água – IQA, realizando assim, um diagnóstico das condições em que a mesma se encontra, obtendo como resultado uma água considerada ainda de boa qualidade, porém necessitando de um monitoramento mais avançado e completo para que ela não venha a ser poluída, principalmente pelo ser humano que é o maior causador pelas alterações da composição da água.
PALAVRAS CHAVES: Índice de Qualidade da ág; Bacia Hidrográfica ; Maxaranguape.
INTRODUÇÃO: A água é um dos elementos de maior importância para todas as formas de vida na terra e indispensável para todos os seres vivos. É a substância mais abundante no planeta, embora disponível em diferentes quantidades e em diferentes lugares (XAVIER, 2010).
Apesar da importância das águas, este é o recurso natural mais afetado pelo processo de urbanização que vem acontecendo ao longo do século XX no Brasil. A expansão da malha urbana das cidades, geralmente ocorre de forma desordenada, provocada pelo crescimento demográfico e pela ausência/deficiência de planejamento e gestão urbana (LUZ, 2009).
Diversas abordagens são utilizadas para avaliar o impacto da contaminação aquática causada pelo lançamento de resíduos de origem antropogênica nos ecossistemas aquáticos. Além disso, esses locais favorecem o desenvolvimento de portos, centros urbanos e pólos industriais, que por sua vez utilizam os corpos hídricos para descarga direta de seus resíduos (SERIANI et al., 2009).
A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de 1,9 % do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a fonte de pureza, fenômeno de ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado, em vazão - localizada junto à cidade de Pureza, banhando os municípios de João Câmara, Pureza, Ceará - Mirim e Maxaranguape (IGARN, 2009).
Conhecer a qualidade da água disponível é fundamental para a gestão dos recursos hídricos. A qualidade da água é um termo que não diz respeito somente à determinação da pureza da mesma, mas também as suas características desejadas para os seus múltiplos usos (LIMA et al., 2007).
MATERIAL E MÉTODOS: A área de estudo escolhida para este trabalho está localizada nas Bacias Hidrográficas do Maxaranguape, onde foi selecionado, para a realização das coletas de água, um total de duas estações de amostragem ao longo da bacia.
A coleta foi realiza três vezes e em dias diferentes e para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua análise foi utilizado procedimentos de conservação que levam em consideração o agente conservante, o tipo de recipiente e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro.
A determinação do Índice de Qualidade de Água – IQA deste trabalho foi determinada através da metodologia adaptada e desenvolvida pela CETESB através do modelo original da "National Sanitation Foundation" dos Estados Unidos – NSF.
Na determinação do IQA, foram utilizados nove parâmetros, que estão apresentados na Tabela 2, juntamente com os seus pesos relevantes para o cálculo.O IQA é calculado pelo produtório ponderado da qualidade de água correspondentes a cada parâmetro. A seguinte fórmula é utilizada para a realização do cálculo de IQA, conforme a Equação 1.IQA: Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
qi : qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100;
wi : peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função da sua importância para a conformação global de qualidade, conforme a
Em que:
n: número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.
A partir do cálculo efetuado, determinou-se a qualidade das águas, que é indicada pelo IQA, variando numa escala de 0 a 100
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observando os resultados encontrados e a Figura 2, percebe-se que em todas as coletas realizadas na bacia do Maxaranguape, apesar de sofrer uma pequena variação nos resultados, os dois pontos se encontram classificados como água de Boa qualidade. O ponto de amostragem MAX 1 apresentou uma concentração de DBO acima do limite estabelecido pela legislação na primeira e segunda coleta, a concentração de OD e Sólidos Totais também ocorreu uma elevação na segunda e terceira coletas, já na primeira a concentração de OD apresentam-se abaixo do limite, e ainda, o resultado de Coliformes, se encontra elevado na segunda coleta. O ponto de amostragem MAX 2, apresentou uma concentrações de DBO acima do limite estabelecido pela resolução, na primeira e segunda coleta, as concentrações de OD se encontraram também elevadas nas três coletas e as concentrações de Sólidos Totais se encontraram elevadas apenas na segunda e terceira coleta.
CONCLUSÕES: Durante as três etapas de coletas realizadas,pode-se concluir, de acordo com os pontos de amostragem MAX 1 e MAX 2 que as águas ainda não se encontram totalmente contaminadas, ou seja, os resultados das análises realizadas para o IQA- Índice de Qualidade da Água ainda não extrapolaram o limite estabelecido pela resolução CONAMA N° 357/2005, porém já é necessário que se realize um monitoramento mais avançado e completo em tempo real dessas ambiente aquático para que ela não venha a ser poluída,principalmente pelo ser humano que é o maior causador pelas alterações da composição da água.
AGRADECIMENTOS: Ao Núcleo de Processamento Primário e Reúso de Água Produzida e resíduos – NUPPRAR,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. IQA:
Índice de qualidade das águas. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice_iap_iqa.asp>. Acesso em: 15 abr 2008.
CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – (BRASIL). Resolução N°357, de 17 de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> . Acesso em: 17 de Abr. 2008.
IGARN - INSTITUTO DE GESSTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. IGARN realiza inspeção no rio Maxaranguape. Disponível em: <http://www.igarn.rn.gov.br>. Acesso em: 20 fev 2008.
LIMA, A. M. Limnologia e qualidade ambiental de um corpo lêntico receptor de efluentes tratados da indústria de petróleo. 2004. 144f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2004. Disponível em: <ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/AnitaML.pdf>. Acesso em: 17 ago 2009.
LUZ, C. N. Uso e ocupação do solo e os impactos na qualidade dos recursos hídricos superficiais da Bacia do Rio Ipitanga. 2009. 130f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Urbana, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009. Disponível em: <http://www.meau.ufba.br/site/system/files/2009_Charlene_Luz.pdf>. Acesso em: 10 fev 2009.
SERIANI, R.; SILVEIRA, F. L.; ROMANO, P.; PINNA, F.V.; ABESSA D. M. S. Toxicidade de água e sedimentos e comunidade bentônica do estuário do rio Itanhaém, SP, Brasil: bases para a educação ambiental. O Mundo da Saúde São Paulo, v.30, n. 4, p. 628-633, 2006. Disponível em: <http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/41/14_toxicidade_de_agua.pdf>. Acesso em: 18 marc 2009.
XAVIER, D. K. S.; Monitoramento Ambiental Através do Índice de Qualidade de Água – IQA Associado Com o Índice de Toxidez – IT Das Águas das Bacias Hidrográficas do Curimataú e Maxaranguape no Estado do Rio Grande do Norte. 2010. 86f. Dissertação (Mestrado em Química) – Programa de Pós Graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.