ÁREA: Ambiental

TÍTULO: QUALIDADE DA ÁGUA CONSUMIDA NO INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO – CAMPUS CONFRESA.

AUTORES: Silva, W.G. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Souza, W.D.B. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Silva, R.A. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Paz, L.R. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Silva, D.G. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Sfredo, J.R.S. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Sousa, E.T.G. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Sousa, R.S. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Souza, J.P. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Scariot, W.O. (IFMT - CAMPUS CONFRESA)

RESUMO: O conceito de qualidade da água é mais amplo do que a simples caracterização da água pela fórmula molecular H2O. A água, devido às suas propriedades de solvente e a sua capacidade de transportar partículas, incorpora para si diversas impurezas, as quais definem a qualidade da água (SPERLIN, 2005). O trabalho desenvolvido possui o objetivo de avaliar a qualidade da água consumida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) campus Confresa, onde analisamos os seguintes parâmetros físico-químico: pH, Turbidez, Sólidos Totais, Oxigênio Dissolvido, Demanda de Oxigênio e Temperatura de Ebulição. Os resultados finais obtidos mostram que a água está apta para o consumo.

PALAVRAS CHAVES: qualidade da água; parâmetros físico-químico; meio ambiente

INTRODUÇÃO: A maior parte da água doce disponível na Terra encontra-se no subsolo (BIRD, 2002). Ainda conforme o referido autor, à medida que vamos aprofundando no solo, sob a camada inicial de solo úmido, a camada seguinte encontrada é a zona de aeração ou insaturada, onde as partículas de solo estão cobertas com um filme de água, mas existe ar entre as partículas. À maior profundidade, está a zona saturada, em que a água deslocou todo o ar. O nome dado à água doce da zona saturada é lençol de água subterrâneo; ele constitui 0,6% do suprimento total da água mundial. A principal fonte das águas subterrâneas são as chuvas que caem sobre a superfície, uma pequena parte das quais infiltra-se até atingir a zona saturada. A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva: no homem mais de 60% do seu peso são constituídos por água, e em certos animais aquáticos esta porcentagem sobe a 98% (SPERLIN, 2005). A água é um recurso insubstituível e imprescindível para a manutenção da vida na Terra. Atualmente, os recursos hídricos são utilizados intensamente e sem critérios de sustentabilidade, sendo explorados e degradados a uma velocidade alarmante. (...) A qualidade da água é influenciada por fenômenos naturais e pela ação antrópica, ou seja, em função do uso e ocupação do solo nas bacias hidrográficas (SPERLING, 1996, apud ROCHA et al, 2004). Objetiva-se com este trabalho apresentar os resultados das análises físico- química (pH, turbidez, OD, DO, SD, TE) da água consumida no IFMT campus Confresa, haja vista que o campus não realisa o tratamento adequado da água ofertada aos alunos e servidores, sendo esta água proveniente do lençol freático, estando portanto suscetível à contaminação.

MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foram coletadas 9 amostras de 1 litro de água, sendo 3 amostras retirada do poço artesiano, três retirada da caixa d’água e três retirada de um dos bebedouros que distribui a água aos estudantes. No laboratório de química do IFMT campus Confresa, as análises foram realizadas em triplicata, para determinar os seguintes parâmetros, Potencial Hidrogeniônico (pH) utilizando Potenciômetro – medidor de pH de bancada MPA-210, Oxigênio Dissolvido (OD) e Demanda de Oxigênio DO, utilizando Multiparameter Hanna Instruments Mod. HI 9828, Temperatura de Ebulição (TE) utilizando 1 chapa aquecedora GP Científica Mod. 2001, béqueres e Termômetros Incoterm L203 e Sólidos Totais Dissolvidos (SD) utilizando uma estufa microprocessada de secagem – QUIMIS Aparelhos Científicos Mod. Q317M-32, uma balança analítica de precisão Marte Mod. AY220. No laboratório da Estação de Tratamento de Água de Confresa (ETA) foi analisado o seguinte parâmetro: Turbidez, utilizando o Turbidímetro Poli Control Mod. AP 200 WL.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As amostras analisadas apresentaram os seguintes valores médios (média aritmética dos resultados) para os seguintes parâmetros: no poço artesiano apresentou pH de 8.99, Temperatura de Ebulição 93 °C, Sólidos Totais 222.15 mg/L, Turbidez 0.02 NTU, Oxigênio Dissolvido 0.95 mg/L, Demanda de Oxigênio 11.4%. Na água da caixa d’água obtivemos pH de 8.36, Sólidos Totais 179.5 mg/L, Oxigênio Dissolvido 0.98 mg/L, Turbidez 0.02 NTU, Demanda de Oxigênio 11.2% e Temperatura de Ebulição 92.67 °C. E na amostra do bebedouro encontramos pH 8.33, Temperatura de Ebulição 92.33 °C, Sólidos Totais 175.5 mg/L, Oxigênio Dissolvido 1.18 mg/L, Demanda de Oxigênio 13.3% e Turbidez 1.49 NTU. Observou-se uma pequena variação nos valores encontrados, exceto na Turbidez, onde a amostra do bebedouro apresentou uma acentuada variação em relação às demais amostras. Como podemos observar na Tabela 1 e compararmos com a Tabela 2 os valores obtidos estão dentro dos parâmetros apresentados pelo Ministério da Saúde e CONAMA.

Tabela 1: Resultados Obtidos.

Média aritmética dos resultados obtidos após análise das amostras de água.

Tabela 2: Parâmetros de Referênia.

Parâmetros segundo a resolução 357/2005 do CONAMA, e Portaria 518/04 do Ministério da Saúde.

CONCLUSÕES: Diante dos resultados obtidos podemos constatar que a água do IFMT campus Confresa, está de acordo com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pelo CONAMA. Mesmo estando dentro dos padrões, o essencial seria fazer o tratamento adequado da água para o consumo humano, pois assim, não deixaria dúvida quanto à qualidade da água consumida pelos alunos e servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso campus Confresa.

AGRADECIMENTOS: A ETA - Estação de Tratamento de Água de Confresa - MT e ao laboratório de química do IFMT campus Confresa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BAIRD, C. Química ambiental./ Tradução Maria Lobo Recio; Luiz Carlos Marques Carrera. - 2. ed. - Porto Alegre: Bookman; 2002.
BEM, C. L.; CHAVES, E. S.; FACCHIO, R.; GIACOMELLI, M. B. O,; MARIN, M. A. B.; MARTINS, G. L.; MONTEIRO, T.; PAULA, T. S.; RADETSKI, M.; ROCHA, C.; ZANOTELLI, L. Avaliação da qualidade da água Rio Pau do Barco – Florianópolis (SC) in Cadernos Temáticos/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. v. 1, (Nov. 2004). – Brasília: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, 2004.
BRASIL, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Resolução Nº. 357/2005. Disponível em: http://www.mma.gov.br/conama/res/res05/res35705.pdf. Acesso em: 12/03/2012.
BRASIL, Ministério da Saúde: PORTARIA Nº 518/GM de 25 de março de 2004. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM/GM-518.htm. Acesso em: 25/05/2012.
SPERLING, M. V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos - 3. Ed. - Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; UFMG; 2005.