ÁREA: Ambiental
TÍTULO: Pilhas e baterias: conscientização ambiental e uma breve introdução de eletroquímica
AUTORES: Oliveira, M.T. (UEPA) ; Lima, N. (UEPA) ; Gama, M.C. (UEPA) ; Venancio, C.R.R. (UEPA) ; Carvalho, M.B.M. (UFPA) ; Alves, J.D.N. (UFRA) ; Furtado, C.T.A. (UEPA)
RESUMO: Este trabalho foi realizado em uma oficina realizada na Escola Estadual Joaquim Viana com alunos do 3º ano do ensino médio com objetivo de difundir o conhecimento acerca do uso e descarte de pilhas e baterias, pois com o desenvolvimento da tecnologia aumentou o consumo desses materiais, porém não são divulgadas muitas informações sobre o assunto então cabe a nós fazer essa difusão. No entanto, foi preciso fazer uma introdução sobre conhecimentos gerais que envolvem pilhas e baterias para que os alunos possam compreender melhor o assunto trabalhado no decorrer da oficina.
PALAVRAS CHAVES: Pilhas e baterias; descarte adequado; meio ambiente
INTRODUÇÃO: Com o desenvolvimento da humanidade e da tecnologia, tornaram-se cada vez mais presentes na vida das pessoas aparelhos eletrônicos (computador, telefone, etc.). Com as suas modernizações, tornou-se necessário encontrar um meio de fazer com que eles funcionem sem ficar conectado diretamente a uma fonte de energia, gerando o crescimento da produção de pilhas e baterias.
Se por um lado o desenvolvimento tecnológico nos forneceu mais conforto, por outro houve o maior consumo de energia para que esse conforto possa ser mantido; por isso o consumo de pilhas e baterias aumentou de forma considerável. Mas, o que pouca gente sabe é que as pilhas e baterias possuem metais pesados que causam grande risco ao ser humano, a exemplo do mercúrio.
Por possuírem metais pesados as pilhas e baterias não podem ser misturadas com o lixo comum. Porém, no Brasil isso não ocorre devido a dois fatores: o primeiro é pela falta de investimento do governo nessa área; o segundo é por causa da falta de informação da população que tem pouco ou nenhum conhecimento acerca do assunto.
No Brasil existe um órgão que trabalha com esse assunto, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) implantou uma resolução para fiscalizar a composição das mesmas e o despejo de pilhas e baterias usadas. Apesar de essa lei estar em vigor desde 2008 ainda não está sendo cumprida, pois temos poucos pontos de coleta desses produtos. Por isso queremos esclarecer a população para que ela conheça seus direitos.
Outro ponto importante que iremos destacar é sobre a introdução à eletroquímica que o trabalho desenvolve, que é uma disciplina considerada difícil para os alunos, pois há poucos experimentos relacionados ao assunto e é preciso uma base muito boa, que é muito difícil de ser encontrada em escolas públicas.
MATERIAL E MÉTODOS: A oficina foi aplicada com cerca de 50 alunos divididos em duas turmas, porém só foi possível a aplicação do questionário na segunda turma que tinha 29 alunos. O público alvo foram alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Joaquim Viana, localizada no município de Ananindeua, região metropolitana de Belém.
O professor ainda não havia ministrado o assunto de eletroquímica aos alunos, então foi realizada uma breve introdução sobre o assunto, entre eles: histórico das pilhas e baterias, funcionamento das mesmas, tipos de pilhas, diferença entre pilhas e baterias, oxidação e redução e reação de Redox. Em seguida, uma pilha aberta foi apresentada aos alunos para que eles tivessem oportunidade de verificar os seus componentes internos, visando facilitar a compreensão do funcionamento desse produto.
Logo após o procedimento com a pilha aberta apresentamos alguns tópicos da legislação regulamentadora da venda, descarte e dos níveis de metais pesados presentes em pulhas e baterias, com o intuito de proporcionar o conhecimento das leis aos alunos.
Ao término da oficina um questionário do aplicado aos alunos para verificar suas opiniões acerca da contribuição feita pelo trabalho, saber quais era as suas concepções sobre a temática e saber se os mesmo já possuíam algum conhecimento sabre as leis que regem as pilhas e baterias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a análise dos questionários, constatou-se que a maioria dos alunos não tem contato com as leis ambientais referentes às pilhas e baterias, através de nossa 1ª pergunta, que diz: “Você conhecia alguma lei sobre esse assunto?”, na qual, de 29 alunos entrevistados apenas 7 deles disseram já ter algum conhecimento sobre essas leis e os demais não tinham conhecimento.
Notou-se que todos os alunos sabem da importância do debate desse tema. Para alguns alunos a realização desse trabalho “serviu para esclarecer muitas duvidas e entender como as pilhas podem ser prejudiciais ao meio ambiente e para nós”.
Todo o trabalho realizado na oficina foi bastante aproveitado pelos alunos, que perguntaram e esclareceram suas duvidas. Quando questionados se a mesma ajudou a introduzir mais o facilmente assunto a ser trabalhado pelo professor, todos os 29 alunos indagados responderam que sim.
Ao perguntar se “Algum outro grupo já ministrou uma oficina na escola?” 28 alunos responderam “não” e somente 1 aluno respondeu “sim”. Esses resultados são preocupantes, pois percebemos que os participantes gostaram bastante da oficina e também que “capturaram” mais rapidamente e com mais facilidade os conceitos que em aulas normais.
CONCLUSÕES: A falta de informação a cerca do descarte de pilhas e baterias ainda é o principal problema relacionado ao tema. São poucas as pessoas que sabem qual o fim adequando para esses produtos e as que sabem se veem impossibilitadas de fazer o descarte mais correto por existirem poucos pontos de coleta apropriados. Pode-se com esse trabalho mostrar aos alunos participantes da oficina a importância que cada um de nós tem no processo de conscientização, pois todos têm que fazer sua parte: quem vende, quem regula e quem compra.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a todos na escola Joaquim Viana (direção, professor e alunos) pela oportunidade de desenvolver esse trabalho
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CONAMA. Resolução n. 401, de 4 de novembro de 2008. Diário Oficial da União, de 5 de novembro de 2008, Seção 1, página 108-109, n. 215.