ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: ANÁLISE DE ÁGUA NA ESCOLA: VERIFICANDO O PADRÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA NO AMBIENTE ESCOLAR
AUTORES: Neto, J.N.A. (IFPA) ; Damasceno, T.V. (IFPA) ; Mourão, K.Q. (IFPA)
RESUMO: O trabalho tem como o objetivo central realizar coletas de amostras de
água dentro de uma escola que conta com o fornecimento de uma companhia de
saneamento, no entanto utiliza-se também de água subterrânea, para realizar
comparações sobre a qualidade das águas. Segundo parâmetros, será indicado se
essa água, que é ingerida e usada pela comunidade escolar, está de acordo com os
parâmetros preconizados pela PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do
Ministério da Saúde, a qual dispõe sobre procedimentos de controle e de
vigilância da qualidade da água para o consumo humano e seus padrões de
potabilidade. Para isso, foi feito um estudo de caso em uma escola pública no
bairro do Souza,Belém-PA, que possui as características anteriormente citadas.
PALAVRAS CHAVES: Água potável; Comunidade escolar; Parâmetros
INTRODUÇÃO: Quando se fala em análise de água potável, pode-se imaginar várias
possibilidades de discussão em torno do tema, no entanto o que geralmente passa
despercebido, é a qualidade da água que é ingerida diariamente, partindo-se
dessa hipótese, e da idéia de que a água, quando não recebe o tratamento
devido, pode provocar ou intermediar doenças ao ser humano, funcionando como um
transmissor de organismos patológicos (ROCHA,2004)
De acordo com as perspectivas de contaminação de recursos hídricos, nota-se que
algumas escolas não possuem o tratamento proveniente das companhias de
saneamento locais. Dessa forma, toda a água que é consumida e utilizada pela
comunidade escolar é de auxílio mineral ou de origem subterrânea.
Sabe-se que água de poços geralmente não recebem tratamentos, ou seja, a água em
questão pode se encontrar contaminada devido infiltrações por efluentes
domésticos, contaminação pelo solo, entre outros tipos. Por isso, decidiu-se
analisar alguns parâmetros que possam apontar a qualidade do recurso hídrico
(água).
Imagina-se quando uma escola apresenta problemas de contaminação em sua água, a
mesma poderá gerar alguns problemas clínicos a comunidade escolar futuramente.
Assim, com estudos prévios e possíveis análises, teria-se uma minimização de
tais problemas que são gerados pela ausência de tratamento da água.
Atualmente, nota-se que “água”, é um tema que vem sendo muito discutido e
analisado, tanto do ponto de vista da preservação, como na questão da poluição,
dentro da educação ambiental, entre outras áreas de estudo. Entretanto, ainda é
observado, pessoas sendo contaminadas por algum organismo patogênico, os quais
tem como veículo de propagação a água.
MATERIAL E MÉTODOS: Os métodos utilizados nas análises, foram consistidos de acordo com o manual
descrito pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Os métodos foram empregados desde a coleta de dados até as análises
microbiológicas e físico-químicas.
Os parâmetros físico-químicos estudados foram: condutividade elétrica,
temperatura, pH, dureza total (carbonato de cálcio), sólidos totais dissolvidos
e teor de sais.
As análises microbiológicas foram feitas através do teste de presença/ausência
de Escherichia coli. O método Colilert-18/Quanti-Tray, que foi o método
utilizado na determinação, é um ensaio criado especificamente para contagem NMP
de E. coli e bactérias coliformes em água, potável ou não, com ou sem
tratamento.
A coleta de dados foi feita em três pontos. O primeiro ponto foi feito
diretamente no bebedouro que a comunidade escolar utiliza para beber água, a
qual conta com auxílio de uma companhia de saneamento, o segundo ponto foi feito
na saída da água da caixa d’água, a qual contém água proveniente de um poço
tubolar e o terceiro ponto foi feito em uma torneira, que também conta com o
tratamento da companhia de saneamento local.
As coletas foram feitas após higienização no ponto de coleta com álcool etílico
industrial, e com o escoamento da água durante três minutos, sendo recolhida
diretamente pelos sacos coletores, no caso das análises microbiológicas,
lacrando-os, com a finalidade de evitar vazamentos e preservar a amostra,
manteu-se a uma temperatura padrão com o auxílio do isopor e do gelox. No caso
das coletas físico-químicas utilizou-se dos mesmos procedimentos utilizados nas
análises microbiológicas, no entanto a coleta foi feita com o auxílio de tubos
coletores (Falcon)
RESULTADOS E DISCUSSÃO: ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA
De acordo com a PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da
Saúde, a dureza total da água não pode ultrapassar 500mg/L, logo todas as
amostras estão dentro do parâmetro preconizado.
As demais análises serão determinadas com o auxilio da tabela 1, que contém
todos os resultados das análises físico-químicas.
Importante observar que os pontos 1, 2 e 3 estão relacionados a respectivamente:
água coletada do bebedouro, água na saída da caixa d’água e água da torneira.
Primeiramente é importante observar que em todos os pontos, apresentou-se um pH
de caráter ligeiramente ácido. De acordo com os parâmetros determinados pela
PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde, recomenda-
se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de 6,0 a
9,5. Logo, somente o ponto de saída da caixa d’água encontra-se fora dos padrões
impostos, no entanto seu valor apresenta-se perto do ideal e talvez a
temperatura mais elevada tenha influenciado no valor.
A concentração de sólidos totais dissolvidos encontra-se bem abaixo do valor
máximo estabelecido pela PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do
Ministério da Saúde, recomenda-se que a concentração de sólidos totais
dissolvidos não seja superior a 1000ppm.
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA
De acordo com a PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da
Saúde, o NMP de E. coli em 100ml de água deve ser ausente. Então, a amostra do
bebedouro, encontra-se fora dos padrões estabelecidos pela portaria.
TABELA 1
TABELA QUE CONTÉM AS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
CONTIDAS NO TRABALHO
TABELA 2
TABELA QUE CONTÉM O RESULTADO DA ANÁLISE
MICROBIOLÓGICA CONTIDA NO TRABALHO.
CONCLUSÕES: É importante notar que em todos os pontos tiveram suas análises físico-químicas
atenderam a legislação vigente, houve apenas um problema encontrado no pH da saída
de caixa d’água, no entanto ainda estava próximo ao valor mínimo determinado pela
portaria consultada, e como foi dito a temperatura pode ter influenciado nesse
valor.
os resultados da análise microbiológica, testou presente para E. coli, que é uma
bactéria que pode ser considerada como indicador de contaminação fecal,no ponto 1
(bebedouro), ou seja, no local que é indicado para que os alunos bebam água, foi
encontrada esta bactéria.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Deus pela força e pela oportunidade de estudar e pela força
contínua, incentivando-nos sempre a seguir em frente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Fundação Nacional de Saúde.Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
ISO 9308-1:2000 Qualidade da água: Detecção e contagem de Escherichia coli e bactérias coliformes. Parte 1: Método de filtração por membrana. Genebra: International Organisation for Standardization.
ISO/TR 13843:2000(E) Qualidade da água: Orientação sobre a validação de métodos microbiológicos. Genebra: International Organisation for Standardization.
PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde. Disponível em <http://www.fozdobrasil.com.br/fozwp/santa-gertrudes/files/2011/10/Portaria_MS_2914-11.pdf>
ROCHA, Julio Cesar. Introdução a química ambiental. – Porto Alegre: Bookman, 2004.