ÁREA: Iniciação Científica
TÍTULO: Caracterização Fisico- Química do biodiesel de soja produzido através da transesterificação etílica.
AUTORES: Henrique, M.A. (UFU) ; Carmo, S.N. (UFU) ; Pires, L. (UFU) ; Terrones, M.G.H. (UFU)
RESUMO: Com a constante busca por métodos e meios de produção que sejam ‘verde’, o
biodiesel, já é uma realidade consolidada no Brasil e no mundo. Em território
brasileiro a atual produção de biodiesel já ultrapassa 176 milhões de litros
anuais. Com o crescente nível de produção, alguns parâmetros devem ser adotado
para a garantia de qualidade do biodiesel produzido no país e no mundo. O
trabalho aborda a caracterização físico-química do biodiesel de soja comparando-
o ao óleo de soja puro. Os parâmetros analisados são: índice de refração,
índice de saponificação, índice de acidez, umidade, massa específica,viscosidade
cinemática e estabilidade oxidativa.O objetivo deste trabalho foi o de
caracterizar físico-quimicamente o biodiesel de soja obtido na melhor condição
experimental.
PALAVRAS CHAVES: transesterificação; soja; biodiesel
INTRODUÇÃO: Biodiesel pode ser obtido de fontes renováveis, como óleos vegetais, através de
processo de transesterificação, no qual ocorre a conversão dos triglicerídeos em
ésteres de ácidos graxos. A maior parte do biodiesel produzido no mundo deriva
do óleo de soja[KNOTHE,G].Com a constante busca por métodos e meios de produção
que sejam ‘verde’, o biodiesel, já é uma realidade consolidada no Brasil e no
mundo. Em território brasileiro a atual produção de biodiesel já ultrapassa 176
milhões de litros anuais.[ANP]
O objetivo deste trabalho foi o de caracterizar físico-quimicamente o
biodiesel de soja obtido na melhor condição experimental de um planejamento
fatorial fracionário.
MATERIAL E MÉTODOS: Foi utilizado óleo de soja refinado previamente caracterizado, adquirido no
mercado local, como matéria prima. As propriedades, índice de refração (40°C),
índice de saponificação, índice de acidez foram caracterizadas de acordo com as
normas da American Oil Chemists Society. O teor de umidade foi determinado pela
norma ASTM D-6304 utilizando titulador coulométrico de Karl Fischer modelo 831
KF. A massa específica foi determinada de acordo com a norma ASTM D-4052 (20°C)
usando densímetro DA-500-Kyoto. A viscosidade cinemática foi determinada pelo
método ASTM D-445 e ASTM 446. A estabilidade oxidativa foi analisada pelo método
EN 14112 utilizando o equipamento Rancimat 743 da Metrohm-Pensalab. Foi
realizado previamente um planejamento experimental 26-2 em duplicata, e
determinou-se as condições em que a produção de biodiesel etílico de soja fosse
viável, essas condições foram: tempo 30 minutos; tipo de catalisador NaOH;
porcentagem de catalisador 0,5%; velocidade de agitação 100 rpm; razão molar 9
etanol:1 óleo de soja e temperatura de 350C. No processo de transesterificação,
o catalisador foi adicionado ao etanol e a mistura foi agitada até a completa
dissolução do catalisador, antes de ser adicionado ao óleo de soja no meio
reacional. Após realizada a reação de transesterificação nessas condições o
sistema resultou em duas fases, a parte superior formada pelo biodiesel impuro e
a parte inferior pela glicerina. O biodiesel foi removido da mistura e em
seguida foi lavado 5 vezes com água a 80°C ,num volume correspondente a 1/3 do
volume de biodiesel, para remover impurezas presentes. O biodiesel obtido foi
submetido ao processo de secagem com Na2SO4 e à análises físico-químicas de
qualidade para comparação com os limites estabelecidos pela ANP.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na tabela 1, se encontra algumas propriedades físicas do óleo de soja. Essas
propriedades são úteis para comparação em caso de dúvida nos resultados do produto
final. Na tabela 2, encontra-se as características fisico-químicas do biodiesel
etílico de soja.
Tabela 1
Propriedades físico-químicas do óleo de soja
utilizado no planejamento experimental 26-2 da
transesterificação alcalina.
Tabela 2
Propriedades físico-químicas do biodiesel etílico de
soja.
CONCLUSÕES: A partir das análises físico-químicas para o biodiesel,observa-se que o biodiesel
obtido se enquadrou nas especificações da ANP quanto aos parâmetros Índice de
acidez e Viscosidade Cinemática. Porém quanto à Estabilidade Oxidativa e Umidade,
o biodiesel ficou fora das especificações. A umidade elevada do biodiesel está
relacionada com a ineficiência do processo de secagem, e a estabilidade oxidativa
por sua vez é influenciada pela presença de água no combustível.Propõe-se então
estudos melhorar processo de secagem, para avaliar se os parâmetros Umidade e
Estabilidade Oxidativa se adequam à ANP
AGRADECIMENTOS: FAPEMIG.
Instituto de Química-UFU.
Metrohm-Pensalab.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Knothe, G.; et. al – Manual do biodiesel, 2006.
Monyen, A. ; Van Gerpen, J.H.; Biomass & Bioenergy 2001, 20, 317.
Resolução ANP nº7, de 19.3.2008 – DOU 20.3.2008