ÁREA: Alimentos

TÍTULO: ESTUDO DO TESTE DE ESCALA DE ATITUDE DO SUCO DE MANGABA (Hancornia speciosa) COM HORTELÃ (Mentha s.p.), SACAROSE COMERCIAL E ADOÇANTE DIETÉTICO LIQUIDO

AUTORES: Pereira, O.S. (ETELDL-PE) ; Silva-junior, A.A. (UFPE) ; Moraes, C.M. (UFPE) ; Albuquerque, S.S.M.C. (UFPE) ; Andrade, S.A.C. (UFPE) ; Benachour, M. (UFPE) ; Rodrigues, L.A. (ETELDL-PE) ; Silva, J.C. (ETELDL-PE)

RESUMO: O principal objetivo foi evidenciar o estudo do teste afetivo (teste de escala de atitude ou intenção) para o suco caseiro da mangaba (Hancornia speciosa) com sacarose comercial (amostra A) e adoçante dietético líquido (Amostra B), ambas com folhas de hortelã (Mentha s.p.). Foi feita analise sensorial com teste afetivo escala hedônica (1- Certamente Compraria à 5 – Certamente não compraria) obtendo um percentual global de aceitação de 68% na amostra “A” e 28% na amostra “B”, avaliados por 50 julgadores não treinado entre alunos, professores e funcionários da Escola Técnica Estadual Luiz Dias Lins (ETELDL-PE), sendo 25 homens e 25 mulheres. As folhas de hortelã em sucos caseiros agregam valores e diversifica sua oferta.

PALAVRAS CHAVES: suco de mangaba; teste de atitude; folhas de hortelã

INTRODUÇÃO: A mangabeira é uma frutífera nativa do Brasil, encontrada em várias regiões desde os tabuleiros costeiros e baixadas litorâneas do Nordeste, onde é mais abundante, até as áreas sob Cerrado da Região Centro-Oeste. Verifica-se ainda sua ocorrência nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste (VIEIRA NETO, 2002). A agroindústria surge para agregar valor na forma de produtos processados no aproveitamento dos excedentes de safra, cria emprego permanentes e interioriza o desenvolvimento (COSTA, 2008). A análise sensorial é realizada em função das respostas transmitidas pelos indivíduos às várias sensações que se originam de reações fisiológicas e são resultantes de certos estímulos, gerando a interpretação das propriedades intrínsecas aos produtos. Com o teste de afetivo (teste da escala hedônica), o indivíduo expressa o grau de gostar ou de desgostar de um determinado produto, de forma globalizada ou em relação a um atributo específico (Instituto Adolfo Lutz, 2008).

MATERIAL E MÉTODOS: A mangaba (Hancornia speciosa) foi adquirida no Sitio das Abelhas (Safra 2011/2012) na Cidade do Cabo de Santo Agostinho – PE, selecionada em estádio de maturação imaturo e isentos de doenças, lavadas, sanitizadas com solução de hipoclorito de sódio a 10%, branqueada em vapor fluente (100ºC / 2min.), retiradas as sementes, triturada (fruta, 10 folhas de hortelã e água mineral), filtrada, homogeneizada, dividida em duas partes com 2,5 litros (cada amostra) caracterizando amostra “A” e amostra “B”. Adicionamos na amostra “A” a medida de 02 copos do tipo americano (Balança analítica – Kern da marca 430-21) de sacarose comercial homogeneizado por dois minutos até a completar dissolução da mesma, já na amostra “B” adicionamos 100 gotas de adoçante dietético líquido e em seguido homogeneizado também por dois minutos. As amostras foram servidas aos provadores de forma monádica em copos descartáveis de 50 ml e codificados. As análises para monitoramento do suco (pH no phmetro - ph meter model-phs-3 e sólidos solúveis no refratômetro de bancada Anytik jena) foram realizadas em triplicatas de acordo com o método descrita no Instituto Adolfo Lutz, ( 2008).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analise sensorial com teste afetivo escala hedônica (1- Certamente Compraria à 5 – Certamente não compraria) obteve um percentual global de aceitação de 68% na amostra “A” e 28% na amostra “B” do suco caseiro de mangaba com folhas de hortelã, sacarose comercial (amostra A) e adoçante dietético líquido (amostra B), analisando o percentual global de aceitação para as resposta 1 (CC) e 2 (PC) obtemos: 68% na amostra A e 28% na amostra B (Figura 1), com rejeição resposta (4- PNC e 5- CNC) de: 16% para amostra A e 38% para a amostra B, para o ponto intermediário resposta 3 (TDC): Para a amostra A com 16% e para amostra B com 34% (Figura 2). De acordo Marcellini, Chainho & Bolini (2005), onde constatou a análise de aceitação do suco de abacaxi adoçado com o edulcorante sucralose foi mais aceito que todos os outros edulcorantes e que a própria sacarose. Segundo SILVA et al. (2007) as analises sensoriais da polpa e do suco obtidos da reconstituição do cajá em pó, a formulação que obteve características sensoriais mais próximas da polpa de cajá “in natura” e do suco foi o produto em pó contendo 15% de maltodextrina como microencapsulante.

FIGURA 1

GRÁFICO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE SENSORIAL (TESTE DE ESCALA DE ATITUDE PARA AS RESPOSTAS (1- CC E 2- PC) DO SUCO CASEIRO DE MANGABA

FIGURA 2

GRÁFICO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE SENSORIAL (TESTE DE ESCALA DE ATITUDE PARA AS RESPOSTAS (1- CC E 2- PC) DO SUCO CASEIRO DE MANGABA

CONCLUSÕES: Nas condições que esta analise foram desenvolvidos os resultados foram satisfatórias em ambas as amostras, a utilização das folhas de hortelã teve grande aprovação no suco caseiro de mangaba agregado valores organolépticos. Constatando que a aceitação global ocorreu para amostra A com sacarose comercial (84%) obteve maior aceitação que a amostra B adoçante dietético líquido (60%) tendo a necessidade de aprofundamento no que referi ao grau de doçura. Concluímos que a produção de sucos caseiros de mangaba utilizada folhas de hortelã tornou-se bastante viável.

AGRADECIMENTOS: Sitio das Abelhas, Escola Técnica Estadual Luís Dias Lins (ETELDL-PE), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química - UFPE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COSTA, R. G.; Importância da Agroindústria para o Desenvolvimento do Semiárido. I Simpósio em sistemas agrosilvipastoris no semiárido. Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campina Grande. 2008.
MARCELLINI, P. S.; CHAINHO, T. F.; BOLINI, H.M.A.; Doçura ideal e análise de aceitação de suco de abacaxi concentrado reconstituído adoçado com diferentes edulcorantes e sacarose; Alim. Nutr., Araraquara ; v. 16, n. 2, p. 177-182, abr./jun. 2005.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 4ª ed. Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil, p.10-18, 2008.
VIEIRA NETO, R. V. Frutíferas potenciais para os tabuleiros costeiros e baixadas litorâneas. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros/EMDAGRO, 2002. 216p.
SILVA, Y. C.; MATA, M. E. R. M. C.; DUARTE, M. E. M.; CAVALCANTI, A. S. R. R. M.; OLIVEIRA, C. C. A.; GUEDES, M. A.; Análise sensorial da polpa e do suco de cajá obtidos pela reidratação de cajá em pó; Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.9, n.1, p.1-6, 2007.