ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: ESTUDO QUÍMICO E ENSAIOS MICROBIOLOGICOS DA CASCA DE Lecythis pisonis (Lecythidaceae).
AUTORES: ARRUDA, M. M. S. (UFPA) ; CORDEIRO, J. A. F. (UFPA) ; SANTOS, D.C.P DOS (UFPA) ; GUILHON, G. M. P. (UFPA) ; MARINHO, A. M. DO R. (UFPA) ; SANTOS, L. S. (UFPA) ; COSTA-JUNIOR, L. M. (CCAA/UFMA) ; PEREIRA, S. G. (UFMA/UFPA)
RESUMO: A Lecythis pisonis é uma árvore da família Lecythidaceae, geralmente são de alto a médio porte. A Lecythidaceae possui 440 espécies descritas em 20 gêneros e têm distribuição exclusivamente neotropical. No Brasil, espécies desta família apresentam grande representatividade na floresta amazônica e no cerrado, tanto em riqueza de espécies quanto em abundância (SOUSA e LORENZI, 2005). Diante deste contexto, este trabalho tem por objetivo fazer o estudo químico e microbiológico de extratos, frações e compostos isolados de Lecythis pisonis (Lecythidaceae).A coleta do material botânico foi realizada no município Chapadinha no Estado do Maranhão e os estudos químico e microbiológico no Laboratório de Produtos Naturais da Pós- graduação em Química da Universidade Federal do Pará e no CCAA/UFMA.
PALAVRAS CHAVES: lecythis pisonis, ensaios microbiológicos, papespa/fapema
INTRODUÇÃO: A Lecythis pisonis é uma árvore da família Lecythidaceae, geralmente são de alto a médio porte. A Lecythidaceae possui 440 espécies descritas em 20 gêneros e têm distribuição exclusivamente neotropical. No Brasil, espécies desta família apresentam grande representatividade na floresta amazônica e no cerrado, tanto em riqueza de espécies quanto em abundância (SOUSA e LORENZI, 2005). Diante deste contexto, este trabalho tem por objetivo fazer o estudo químico e microbiológico de extratos, frações e compostos isolados de Lecythis pisonis (Lecythidaceae).
MATERIAL E MÉTODOS: A coleta do material botânico foi realizada no município Chapadinha no Estado do Maranhão e os estudos químico e microbiológico no Laboratório de Produtos Naturais da Pós- graduação em Química da Universidade Federal do Pará e no CCAA (Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão), onde para a realização deste trabalho foram utilizados 1,790 g da casca da espécie Lecythis pisonis, a qual passou por um processo de secagem e logo em seguida foram trituradas e aquecidas durante 2 horas com hexano à temperatura máxima de 60 ºC, após filtração e evaporação do solvente obteve-se o extrato bruto hexânico e o resíduo. O resíduo após evaporação de todo o hexano, foi aquecido durante 2 horas com etanol 92,8 GL também à temperatura máxima de 60 ºC, seguidos de filtração e posteriormente evaporação do solvente obteve-se o extrato bruto etanólico (DI STASI, 1996). Os extratos obtidos foram identificados pelos seguintes códigos PCQP (pisonis – casca - quente-polar); PCQA (pisonis - casca - quente – apolar). O extrato hexânico (PCQA) foi submetido a uma cromatográfica clássica em coluna, utilizando como fase estacionaria sílica gel e eluentes em ordem crescente de polaridade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Do extrato apolar (PCQA) foi obtido dois triterpenos: Friedelanol e Taraxerol pela primeira vez descritos nesta espécie e ainda em estudo para verificar atividade microbiológica. Os ensaios microbiológicos frente à bactéria B. subtilis inibiu o crescimento até a concentração 1.250 mg/ml para o extrato PCQP, já o extrato PCQA, inibiu a bactéria B. subtilis até a concentração 650 mg/ml. Quando os ensaios foram realizados com a bactéria S. typhimurium os dois extratos citados acima apresentaram baixa atividade bacteriostática, onde o extrato PCQP atingiu apenas a concentração 2.500 mg/ml e o extrato PCQA até concentração 1.250 mg/ml.
CONCLUSÕES: Neste trabalho pode-se concluir que os extratos obtiveram uma boa atividade bacteriostática a concentração aproximadamente de 1,0.108 na padronização das culturas, visto que na literatura atual a concentração utilizada para a padronização é 1,0.106 UFC.
AGRADECIMENTOS: FAPESPA – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará.
FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Di stasi, L. C. Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar, p.230. Editora Unesp, SP, 1996.
Sousa, V. C.: Lorenzi, H. Botânica sistemática: Guia ilustrativo para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II, Nova Odessa, SP, 2005.