ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: USO TERAPÊUTICO DE PRODUTOS NATURAIS E A COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DE SUA EFICÁCIA: UM CAMPO POUCO EXPLORADO.
AUTORES: BRITO, T. V. (UFPI) ; BRITO, M. V. (IFPI) ; BRITO, F. V. (IFPI) ; SOARES, M. F. C. (IFPI)
RESUMO: A atividade medicinal de produtos naturais é uma importante ferramenta curativa
baseada na crença popular. A capacidade terapêutica de muitas dessas substâncias
ainda está por ser comprovada cientificamente, o presente trabalho tem por objetivo
apresentar através de levantamentos de dados em feiras livres e Institutos de
pesquisas que trabalham na área, a relação entre eficácia terapêutica considerada
pela crença popular e comprovação clínica laboratorial, bem como mostrar a
diversidade de substâncias oriundas da natureza que precisam ser testada e comprovada
a sua eficácia medicinal, ressaltando assim a importância do conhecimento do
potencial terapêutico das plantas nativas de cada região para que os gastos com
medicamentos caros e com efeito colaterais elevados sejam reduzidos.
PALAVRAS CHAVES: substâncias naturais, crença popular, eficácia terapêutica.
INTRODUÇÃO: A atividade terapêutica de produtos extraídos das plantas nativas de cada região leva
a população a fazer uso de extratos desses vegetais para o tratamento de diversas
enfermidades, essas práticas provêm de conhecimentos adquiridos através de testes
entre humanos dentro da população ou tribo dos antepassados de cada povo, assim como
os contos folclóricos baseados nas tradições de tribos e quilombos. O profundo
conhecimento do arsenal químico da natureza, pelos povos primitivos e pelos indígenas
pode ser considerado fator fundamental para descobrimento de substâncias tóxicas e
medicamentosas pela medicina clínica ao longo do tempo. Para se iniciar uma pesquisa
testando um produto natural, é necessária ao menos uma notificação prévia de que tal
produto possua capacidade terapêutica, então, os pesquisadores fazem uso do
conhecimento popular a respeito do potencial terapêutico do produto. O presente
trabalho pretende de forma analítica e significativa mostrar a diversidade de
produtos naturais que por conhecimento popular possui comprovadamente potencial
terapêutico, de forma que podem ser objetos claros de pesquisas científicas a nível
laboratorial e apresentarem consequentemente melhor atividade farmacológica que as
drogas presente atualmente no mercado, usadas para os mesmos fins.
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa por produto naturais com atividade medicinal foi feita em três feiras livres
de cidades diferentes do norte do Piauí. Para a coleta de dados foram aplicadas
entrevistas semi-estruturadas com os vendedores dos produtos e seus respectivos
compradores, fazendo a eles perguntas com, de onde era extraído o produto, qual a sua
finalidade e em que se baseavam os conhecimentos adquiridos. Após a primeira etapa da
pesquisa e de posse dos dados coletados, foi feito uma busca nas principais
instituições de pesquisa na área de fitoterápicos e produtos naturais com potencial
farmacológico. Depois se traçou um perfil dos produtos adquiridos dividindo-os em
produtos que possuem atividade medicinal cientificamente comprovada e produtos com
potencialidade terapêutica conhecida apenas pelos populares.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a análise dos dados obtidos, observou-se que as raízes, sementes, folhas e cascas
das plantas disponíveis nas feiras livres são muito usadas terapeuticamente, as
propriedades antiinflamatórias, analgésicas, antidepressivas e principalmente
anticancerígenas de produtos naturais são as mais estudadas por pesquisadores, como
por exemplo, os da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e os da Universidade Federal
do Ceará (UFC). Produtos como, Casca de Quina-quina, Macela (semente), Cravo Santo,
Imbiriba(fava), Araticum (raiz) e Culmim são produtos que são comprados para fins
medicinais, mas ainda não possuem comprovação científica de suas respectivas
finalidades terapêuticas. E outros produtos encontrados nas feiras com comprovação
científica de sua eficácia não era conhecida pela população que os compravam. Um
aspecto importante é que muitas vezes a atividade terapêutica cientificamente
comprovada não representava a finalidade para a qual o produto era comprado, um
exemplo, é a Sucupira, comprada pelos populares para o tratamento de dores de
garganta e combate aos sintomas da gripe, enquanto que, sua atividade cientificamente
comprovada pelos pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) São
Paulo, está baseada na capacidade de inibir a proliferação de células cancerosas da
próstata.
CONCLUSÕES: Portanto, observa se a importância da pesquisa científica baseadas no isolamento
químicos de substâncias oriundas de plantas, bem como dos testes farmacológicos que
possam comprovar a veracidade da eficácia na utilização de extratos e macerados dessas
plantas para curar determinadas enfermidades pelo conhecimento popular de cada povo. É
importante lembrar que muitos fitoterápicos apresentam comprovadamente menos efeitos
colaterais que os fármacos sintéticos destinados ao tratamento das mesmas enfermidades.
AGRADECIMENTOS: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PÍAUI-UFPI
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