ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DE AULAS PRÁTICAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

AUTORES: DINIZ JÚNIOR, A. I (UFRPE/UAST) ; SOUSA, K. M. O. (UFRPE/UAST) ; OLIVEIRA, C. B (UFRPE/UAST)

RESUMO: O presente trabalho expõe a atividade desenvolvido junto a alunos de ensino médio, objetivando medir o que poderia melhorar no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de química. Nessa perspectiva, realizou-se uma avaliação sobre como pode existir maior desenvolvimento na assimilação dos conteúdos de química, utilizando-se diferentes atividades, tendo como princípio o ensino contextualizado e prático da química, de maneira que propicie ao estudante um conhecimento articulado com a sociedade na qual esta inserido. Os resultados apresentam que 94% dos estudantes compreendem bem a importância da química e de uma boa aula e acham primordial a utilização, por parte do professor, de aulas práticas e inovadoras, facilitando a compreensão desta disciplina no Ensino Médio.

PALAVRAS CHAVES: prática no laboratório, ensino de química

INTRODUÇÃO: Esta obra tem como propósito fazer uma reverberação sobre os aspectos da aprendizagem de alunos do ensino médio, por meio da aplicação de um questionário e de um debate com os mesmos, sobre a importância da implementação de aulas diferenciadas e inovadoras, com práticas em laboratório e outros recursos que despertem a curiosidade do aluno pela química, fazendo com que ele conheça sua necessidade no dia-a-dia, deixando de ser uma ciência isolada. Sendo assim, vigorará uma maior interação do aluno com a matéria, unindo teoria e prática no processo de ensino-apredizagem.
De acordo com Andréa Horta Machado: “O conhecimento químico é uma ferramenta de extrema valia à vida humana e a união, na sala de aula, de experimentos tem o intento de aumentar a motivação dos educandos, discutindo que a aula de química é um espaço de construção do pensamento químico e de (re) elaborações de visões de mundo, nesse sentido, é espaço de constituição de sujeitos que assumem perspectivas, visões e posições nesse mundo – sujeitos que aprendem várias formas de ver, conceber e de falar sobre o mundo.” (MORTIMER & MACHADO, 2010).
Por isso, ensinar química na atualidade torna-se um grande desafio a ser vencido, por isso é necessário superar a organização estanque e acrítica dos conteúdos que contribui para o ensino descontextualizado, dogmático, distante e alheio às necessidades e anseios dos estudantes e vivenciar estratégias didáticas que estejam relacionadas ao contexto social, político, econômico e cultural, ou seja, contextualizadas com a realidade


MATERIAL E MÉTODOS: Aplicaram-se aulas práticas, no laboratório de química da escola, com experimentos almejando uma maior compreensão de conceitos como corpo, sistema e propriedades gerais da matéria, conteúdo esse abordado pelo professor em sala de aula. Depois das atividades, realizou-se uma pesquisa com 82 alunos da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Antônio Timóteo, no município de Serra Talhado/PE. O instrumento utilizado foi um debate em sala de aula, com base em um questionário com duas perguntas subjetivas:
1º Por que é importante estudar química?
2º Na sua concepção, como seria uma boa aula de química?
Todas as respostas ouvidas foram anotadas, analisadas e categorizadas.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados revelaram que 94% dos estudantes compreendem bem a importância da química e de uma boa aula de química. Quanto às justificativas da primeira pergunta 43%, articularam que ela é importante porque explica tudo ao nosso redor, 31% disseram ser necessária para um futuro vestibular, 20% relataram que a química esclarece sobre os cuidados com alguns tipos de produtos que utilizam em casa e apenas 6% não responderam. (Figura 1).
Ao serem questionados com a segunda pergunta, a resposta veio na forma de uma encenação que ilustrava como deveria ser uma boa aula de química. Através dela, observou-se que 58% discorreram que uma boa aula seria com a utilização de aula prática, ou seja, fazendo experimentos, pois a disciplina não fica tão “chata”, com o professor apenas falando e os alunos nunca visualizando e praticando a aula aplicada, somente imaginando como aconteceria o assunto que o professor abordou; 42% falaram que se o professor diversificar as aulas, não apenas utilizando aula expositiva no quadro, mas também data show, laboratório ou jogos que envolvam o conteúdo da matéria, fazendo debates e sendo mais interativo com eles, as aulas se tornarão mais interessantes e atrativas (Figura 2).
Diante dos resultados da pesquisa consideramos que o professor, ao utilizar diferentes metodologias na sua prática de ensino, torna-se um investigador de seus atos, um inovador aberto para novas propostas no processo dinâmico de reflexão da sua prática. E ao tomar conhecimento do resultado da pesquisa, o professor de química mostrou-se interessado e estimulado a aplicar recursos que facilitem o processo de ensino-apredizagem, principalmente aulas práticas envolvendo o conteúdo visto em sala de aula. Para isto, a atuação do PIBID na escola é de extrema importância, auxiliando o professor nessa nova abordagem contextualizada do ensino de química.






CONCLUSÕES: Desta forma, como assegura Paulo Freire: “Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem ‘águias’ e não apenas ‘galinhas’, pois se educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco, a sociedade muda.” (FREIRE, 2003).
Portanto, a atividade aplicada mostrou-se muito eficiente, pois, a partir dela, pode-se provar que são necessárias novas estratégias na sala de aula, aproximando a disciplina química com a vida dos discentes


AGRADECIMENTOS: Aos alunos e ao professor da disciplina de Química da 1ª série do ensino médio da Escola Estadual Antônio Timóteo.
À CAPES/PIBID, pelo apoio financeiro.<

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Química 1: ensino médio/ Eduardo Fleury Mortimer, Andréa Horta Machado. – São Paulo: Scipione,2010.