ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: EXTRAÇÃO E SAPONIFICAÇÃO DO ÓLEO DE MAMONA
AUTORES: REGO, P.P.A. (FAMASUL) ; LIMA, F.A.A. (FAMASUL) ; FERNANDES, E.L. (FAMASUL) ; DIAS, I.J.M. (FAMASUL)
RESUMO: o presente trabalho descreve a utilização das sementes de mamonas numa aula prática de extração e saponificação de seu óleo, de maneira fácil sem a utilização de grandes aparatos convencionais de um laboratório de química. Foi utilizada uma hidrolise alcalina com o intuito de saponificar o óleo extraído das sementes de mamona. O empenho dos alunos e sua satisfação ao termino da aula muito contribuiu para um melhor envolvimento na disciplina de química experimental bem como no processo de aprendizagem no decorrer do curso.
PALAVRAS CHAVES: extração, saponificação, óleo de mamona
INTRODUÇÃO: A mamona (Ricinus Communis L.), também conhecida como carrapateira ou rícino, é uma planta de origem afro-asiática (OLIVEIRA et al., 2005). O óleo é o mais importante constituinte da semente de mamona, sendo o ácido ricinoléico o seu maior componente (CANGEMI et al., 2010). Praticamente toda a produção da mamona é industrializada, obtendo-se como produto principal o óleo e como subproduto a torta de mamona, que tem grande capacidade de restauração de terras esgotadas. No caso do óleo medicinal, a prensagem das amêndoas é feita a frio, obtendo-se o óleo límpido, incolor e brilhante, livre do alcalóide tóxico ricina, com baixo teor de acidez e impurezas. O óleo medicinal ainda deve passar pelos processos de refinação e neutralização, para que seja absolutamente isento de acidez e de impurezas. Já para a extração do óleo industrial utiliza-se a prensagem a frio ou, de preferência, a quente, das sementes completas, obtendo-se óleo tipo standard límpido, brilhante, que pode ter, no máximo, 1% de acidez e 0,5% de impurezas e umidade, depois de refinado. O método utilizado para extrair o óleo pode ser prensagem, a frio ou a quente, ou extração por solvente. Objetivo desse trabalho é relatar uma atividade de extração e saponificação no óleo da semente da mamona, realizado numa turma do segundo período de licenciatura em química.
MATERIAL E MÉTODOS: Uma turma de 30 alunos, do segundo período do curso de licenciatura em química da faculdade de formação de professores da mata sul em palmares-PE, foi dividida em 6 grupos de 5 alunos. Cada grupo de aluno utilizou 100 g de semente de mamona. A gordura foi extraída através da maceração das sementes em hexano, sob agitação por um período de 24 horas, e logo após foi filtrado, rotoevaporado e resfriado a 5oC, ocorrendo a precipitação da gordura. A reação de saponificação da gordura foi conduzida para produzir o sabão com a seguinte composição: gordura 33,3%; metanol 21%; água 26%; hidróxido de sódio 35%, aromatizante 2%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os rendimentos do óleo obtidos estão de acordo com a literatura. Os percentuais encontrados entre os grupos foram de 48% a 51%. Os resultados experimentais obtidos no processo de extração do óleo da mamona e obtenção do sabão a partir desse óleo foram comparados entre os grupos e aproveitados pra gerar uma discussão a respeito de todo o processo. O sabão obtido teve sua eficácia testada no próprio laboratório, pois o mesmo foi utilizado para realização de limpeza de alguns utensílios no laboratório.
CONCLUSÕES: O aprendizado da química pela realização de experimentos contribui para uma melhor formação do aluno e auxilia na desmistificação de que são necessários laboratórios sofisticados para realização de aulas praticas. Nesse estudo, houve à obtenção de produto economicamente viável, pois este utilizará matéria prima de baixo custo extraída das sementes que, normalmente, são bem acessíveis. A partir do rendimento do óleo das sementes de mamonas, muitas discussões interessantes foram realizadas como a viabilidade do óleo na obtenção de biodiesel que poderá ser de grande importância regional, bem como
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CANGEMI, G. M. et al. 2010. A revolução verde da mamona. Química Nova na Escola, v. 32, n. 1.
OLIVEIRA, I. P. et al. 2005. Potenciais da mamona (Ricinus communis L.) na região Centro-Oeste Brasileira. Revista Eletrônica Faculdade Montes Belos, Goiás, ISSN 1808-8597, v.1, n.2, p.104 -130.