ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: Construção de um modelo molecular com materiais alternativos.
AUTORES: RODRIGUES, E. A. (IFG) ; REZENDE, G. A. A. (IFG) ; SILVEIRA, I. D. (IFG) ; SILVA, L. O. P. (IFG) ; MENDONÇA, A. F. (IFG) ; SANTOS, V. F. (IFG)
RESUMO: Dentre as dificuldades encontradas no ensino de química este trabalho vem destacar a complexidade enfrentada pelos alunos em relação ao entendimento das visualizações de moléculas que de modo geral são tratadas de maneira abstrata nas aulas de química, tanto do ensino médio quanto no ensino superior. A visualização das moléculas corresponde à principal ferramenta no aprendizado do ensino de isomeria, além disso, há um custo dos materiais que se encontram disponíveis para dar uma aula diferenciada, considerando-se que muitas escolas são desprovidas de tal recurso. O trabalho teve como objetivo a construção de modelos moleculares a partir da utilização de folhas de jornal como matéria prima. A vantagem do uso deste material é a facilidade de ser encontrado, o que facilita o trabalho de ambos
PALAVRAS CHAVES: materiais alternativos, modelos moleculares, ensino
INTRODUÇÃO: O ensino de Química é de imponente importância, uma vez que situações relacionadas com a disciplina estão presentes no cotidiano de todas as pessoas. A partir de um bom aprendizado de Química, o aluno pode tornar-se um cidadão com melhores condições de analisar mais criticamente situações do cotidiano. O ensino de química orgânica no ensino médio e superior é na maioria das instituições de ensino feito de forma tradicional, baseada em memorização de fórmulas, regras de nomenclatura e classificação de compostos, diminuindo assim o interesse dos alunos1.
Segundo o PCN (1998), é imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade próxima ou distante, os objetos e fenômenos com que efetivamente lidam ou os problemas e indagações que movem sua curiosidade2. Com isso, podem-se incluir reações químicas, visualizações de estruturas orgânicas e o estudo de isomeria e os professores devem buscar meios alternativos para que o aluno possa compreender o conteúdo tornando o aprendizado significativo.
MATERIAL E MÉTODOS: Para a confecção dos modelos foram utilizados folhas de jornais, cola branca, tesoura, tinta, materiais esses que são de fácil aquisição. A turma escolhida para manufaturar os modelos moleculares foi do 3º ano acadêmico. A turma foi dividida em quatro grupos: o primeiro grupo cortava as folhas de jornal em tiras; o segundo grupo enrolava as tiras fazendo um canudo deles e colava a ponta, para não se desfazer; o terceiro grupo enrolava os canudos, fazendo uma “bolinha” e o quarto grupo ia montando os elementos, que foram pintadas com as cores pretas, vermelhas e brancas, representando átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio e finalmente foram feitos furos nas bolinhas possibilitando assim representação de realização de ligações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir de modelos moleculares comerciais e de referências, o grupo sugeriu a construção dos mesmos utilizando jornais. Foi feita uma revisão da literatura, e poucos trabalhos sugerem a utilização de materiais alternativos para tal uso. A utilização de técnicas com o uso materiais alternativos, tais como a modelagem de estruturas pode ser uma forma alternativa para produzir peças ou modelos moleculares, que normalmente são abstratas que exige dos alunos um auto nível de imaginação3.
Esse trabalho teve grande sucesso, pois os alunos participaram integralmente na construção dos modelos e também trabalharam em grupo, no que foi grande o aproveitamento e rendimentos dos estudantes na aula. Esse modelo foi utilizado pelos alunos em outra aula sobre a introdução a isomeria e foram utilizados, pela professora, nas aulas de Quimica Orgânica no curso de Licenciatura em Química tornando, assim, o conteúdo menos abstrato e a aula mais dinâmica.
CONCLUSÕES: Uma proposta de integração do entre alunos e professor na confecção de modelos moleculares em aulas sobre isomeria no ensino de nível médio e superior é apresentada. Os modelos moleculares foram desenvolvidos e aplicados com bons resultados nesses níveis de ensino, além da aceitação das escolas não portadores de equipamentos ou suportes para esse tipo de aula.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1 MARIA, L. C. S.; AMORIM, M. C. V.; AGUIAR, M. R. M. P.; SANTOS, Z. A. M.; CASTRO, P. S. C. B. G.; BALTHAZAR, R. G. Petróleo um tema para o ensino de química. QNEsc. N° 15, MAIO 2002.
2 BRASIL. MEC. SEF. Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental. Brasília, 1998.
3<http://www.ieps.org.br/ARTIGOS-QUIMICA.pdf> acessado em 3 de julho de 2011.