ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A PROFISSÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS CALOUROS E VETERANOS DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUIMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

AUTORES: SOUSA, M. N. M. (UECE) ; SOUSA, M. R. (UECE)

RESUMO: Sempre há vagas no mercado para professores e dificilmente ficarão desempregados, esta é uma das justificativas que aparecem para justificar a escolha deste curso. Para ser professor é necessário mais que vocação, predisposição e predestinação. Muitas pessoas “caem” na profissão por força das circunstâncias. Então, é necessário que o futuro professor seja preparado para exercer seu papel com responsabilidade e competência. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar a profissão docente na perspectiva dos alunos calouros e veterano de UECE. Analisando as respostas dos questionários realizados, foi possível observar que os universitários afirmam gostar da química e demonstram receio quanto as condições salariais e se sentem pouco preparados para enfrentar uma sala de aula.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, prática docente, professor de química

INTRODUÇÃO: No campo da formação de professores de Química, as questões relacionadas às suas necessidades formativas são das mais importantes nos dias atuais. Ainda existe um número reduzido de material descritivo a esse respeito na área de Ensino de Química, mas é possível fazer uma aproximação dessas necessidades utilizando algumas concepções de pesquisadores importantes nessa área.
A maior parte dos alunos que cursam química realmente gostam da disciplina, porém a preferência seria pela habilitação no bacharelado e por falta de opção tiveram que fazer a licenciatura, os mesmos alunos afirmam que várias razões são responsáveis pela recusa em lecionar e dos motivo mais citados é a falta de reconhecimento da profissão. Transmitir o conhecimento químico é algo que exigi um certo conhecimento e responsabilidade, pois devido ser uma ciência exata pode causar nos alunos uma repulsa devido a complexidade de certos assunto, alguns elementos são essenciais no momento desta transmissão fazendo toda a diferença e obtendo bons resultados, por isso esta profissão se distingue muito de outras profissões.
Utilizar a química para explicar alguns fenômenos do cotidiano das pessoas é uma boa opção para tornar o ensino da química algo prazeroso e estimulante, pois usando fatos rotineiro fica mais fácil despertar o interesse dos alunos e integrar a química na escola. Com intuito de entender a opinião dos alunos de graduação sobre a valorização da docência na perspectiva atual, alunos calouros e veteranos do curso de Licenciatura em química da UECE foram convidados a responder um questionário de 10 questões. É de extrema importância entender a opnião dos alunos sobre a sua formação em química, o motivo da sua escolha por este curso e avaliar sua satisfação pela grade curricular de seu curso.


MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com estudantes calouros e veteranos da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Foram selecionadas para responder o questionário duas turmas do curso de Química, sendo uma de primeiro semestre e outra turma alunos que cursaram mais de 50% do curso. O questionamento consistiu de 10 questões relacionadas com a perspectiva dos alunos para a profissão docente.
Após reunião destes dados, foi feito um estudo comparativo entre as respostas obtidas e estas informações foram explanadas através de gráficos.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir do estudo do questionamento respondido pelos estudantes universitários da UECE foi possível descobrir que mais de 50% dos alunos entrevistados, tanto veteranos como calouros, afirmaram gostar do curso (perfazendo um total de 53,33% veteranos e 80% dos calouros), porém apenas optaram pela licenciatura por não haver a formação para o bacharelado.
Para os veteranos o índice de alunos que querem torna-se professores é abaixo do esperado chegando apenas a 20% dos entrevistados, porém 26,66% dos veteranos afirmaram que permanecem no curso de química pois não conseguiram ser aprovados no curso que realmente desejavam. Durante a entrevista com os alunos veteranos foi percebido que aqueles que estão dispostos a seguir a carreira docente (20%) aprenderam no decorrer do curso a gostar da carreira do magistério, começaram a ministrar aulas nas escolas e acabaram-se identificando com a profissão.
Quando foram questionados sobre possíveis mudanças na grade curricular os alunos veteranos responderam que seriam interessante mudanças na grade do curso chegando a 60% o sim, enquanto que entre os calouros ocorreu um empate entre o sim e o não (correspondendo a 40% cada) e as abstenções totalizaram 20%. Entre as mudanças sugeridas pelos universitários, as mais citadas foram exclusão e inclusão de algumas disciplinas, sendo que a inclusão de mais aulas práticas foi a principal.
Dos alunos veteranos 80% afirmaram que lecionariam sim, mas só iriam ministrar aulas por falta de oportunidades em outras áreas da química, contra 13,33% dos que responderam que não lecionariam e 6,66% não se posicionarm ( respostas em branco). Já entre os calouros os resultados obtidos foram os seguintes: 60% afirmaram que não lecionariam contra 33,33% que lecionariam.





CONCLUSÕES: Os alunos veteranos e calouros, no geral, possuem algumas dúvidas quanto a sua vida profissional após a conclusão do curso, a carreira docente ainda se apresenta como incognita na vida deles. Enquanto poucos demonstram seguir prontamente a carreira de professor muitos a consideram como segunda opção. Pode ser observado que os alunos gostam de química mais as condições de trabalho, salário e falta de formação universitários contribuem para uma dificuldade quanto ao enfrentamento deles para este mercado de trabalho.


AGRADECIMENTOS: Ao Departamento de química da Universidade Estadual pela realização deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Maldaner, O.A.; A Pesquisa Como Perspectiva de Formação Continuada do Professor de Química; Química Nova, 22(2)(1999)
Schnetler,R.P.; A Pesquisa no Ensino de Química e a Importância da Química Nova na Escola; Química Nova na Escola, nº 20, 2004.
Pinheiro, A. N.; Medeiros, E. L.; Oliveira, A. C.; Estudo de Casos na Formação de Professores de Química; Química Nova, vol. 33, nº 9, 1996-2002, 2010.