ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: AVALIAÇÃO DAS DIFICULDADES DOS ALUNOS DURANTE AS AULAS PRÁTICAS REALIZADAS NOS LABORATÓRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

AUTORES: LUZ, D. A. (UFPB) ; LUZ, A. C. (IFES-MA) ; COSTA, E. B. (IFES-MA) ; ROCHA, W.S. (IFES-MA) ; SANTOS. A. M.C. (IFES-MA)

RESUMO: As dificuldades por que passam os professores no ato do ensino, e os alunos vêm
inquietando muitos pesquisadores. Diante de tal inquietação, muitos pesquisadores
buscam caminhos diversos que possam minimizar cada uma das dificuldades diagnosticadas
ao longo do tempo e procuram apresentar procedimentos e estabelecer recursos didáticos
– pedagógicos que possibilitem uma melhor compreensão em toda esfera do conhecimento. A
presente avaliação da pesquisa tem por objetivo identificar as principais dificuldades
encontradas pelos alunos nas aulas práticas realizadas nos laboratórios
multidisciplinares do Instituto Florence de Ensino Superior.

PALAVRAS CHAVES: ensino, aulas práticas, laboratório.

INTRODUÇÃO: A formação de profissionais requer um ensino de qualidade que lhe confira competência
na realização de atividades assistenciais, gerenciais, de ensino e pesquisa; para
tanto, os Cursos de Graduação buscam desenvolver atividades teóricas, práticas e de
estágio em Unidades de Saúde da rede hospitalar, rede de educação básica e
comunidade. (Amarante, 1995). Portanto, a busca por uma melhor qualidade de ensino
tem evoluído diante de algumas dificuldades enfrentadas por professores no ato do
ensino para aprendizagem dos alunos. Para vencer tais dificuldades, dentre outros
procedimentos pedagógicos, surgem à necessidade de se implantarem laboratórios em
todos os níveis de ensino. (BORGES, 2002). O laboratório constitui-se em recurso de
grande valor para o treinamento de habilidades básicas uma vez que representa um
método individualizado e contribui para a satisfação do aluno no seu processo
educacional (FRIEDLANDER, 1984). As aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de
conceitos científicos, além de permitir que os estudantes aprendam como abordar
objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos
(LUNETTA, 1991).

MATERIAL E MÉTODOS: O Instituto Florence de Ensino Superior conta com quatorze laboratórios de aulas
práticas que são utilizados por alunos dos cursos de graduação de Farmácia e
Enfermagem. Esses laboratórios possuem bancadas, modelos didáticos, peças anatômicas,
bonecos, microscópios acoplados a televisão e materiais para microscopia, lupas,
reagentes, vidrarias, e muitos outros equipamentos, além de cartazes e quadros
explicativos. Para avaliar o grau de dificuldade de cada aluno nas aulas práticas foi
elaborado um questionário para os alunos de diferentes períodos dos cursos de
graduação de Farmácia e Enfermagem. Em seguida esses dados foram analisados através
de um estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa. Após a coleta de
informações sobre as dificuldades dos alunos nos laboratórios, os dados foram
inseridos no Excel e analisados usando o teste estatístico Qui-Quadrado no programa
estatístico Bio Stat 5.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O resultado da pesquisa está ilustrado na Tabela 1, observa-se que os alunos que
participaram desta pesquisa estão cursando entre o segundo o sexto período dos cursos
de Farmácia e Enfermagem, e suas idades variam entre 18 e acima de 40 anos, com média
igual a 26,5 ± 8,4 anos. A maioria desses alunos (77,3 %) não possui curso técnico
profissionalizante, e dentre os que possuem destacam-se os cursos técnicos em
enfermagem, radiologia e auxiliar de laboratório (Figura 1). Observou-se uma grande
dificuldade por parte dos alunos (58,8 - 60,0 %) durante a realização das aulas
práticas principalmente no que diz respeito ao manuseio de vidrarias em geral,
equipamentos e reagentes; manuseio de microscópios (40,9 %), muitos não sabem
focalizar o espécime observado; ao manuseio de reagentes e soluções químicas (50,0
%), de materiais biológicos (22,7 %) (Figura 2). Alguns alunos (13,6 %) citaram
também como dificuldades o pouco tempo que passam dentro dos laboratórios e falta de
um monitor para orientá-los uma vez que a turma é grande e o professor não pode
atender as necessidades de todos. Observou-se que não houve diferença significativa
(2= 0,221 p = 0,638) nos alunos que possuem o curso técnico ou não em
relação as
dificuldades encontradas no laboratório, podemos concluir que os alunos de formação
técnica não apresentaram um bom desempenho nas aulas práticas durante o curso
técnico. A experimentação permite que os alunos manipulem objetos e possam entender
melhor o funcionamento e a finalidade das aulas práticas. É importante que as aulas
práticas sejam conduzidas de forma agradável para que não se torne uma competição
entre os grupos e, sim, uma troca de idéias e conceitos a serem discutidos a partir
dos resultados.





CONCLUSÕES: Nesta avaliação concluiu-se que o grau de dificuldade dos alunos durante as aulas
práticas é bastante expressivo(60%),devido ao não conhecimento da utilidade de certas
vidrarias,o uso de reagentes e equipamentos,o que dificulta o seu aprendizado.Outro
ponto constatado,foi o tempo que os alunos ficam no laboratório que é mínimo,por isso,
não conseguem usufruir,discutir e questionar sobre a importância desse experimento.
Portanto,as dificuldades encontradas por parte dos alunos nos laboratórios pode está
relacionada a compreensão dos procedimentos e recursos didáticos empregados durante as
aulas

AGRADECIMENTOS: IFES/NUPES.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMARANTE, S.T. et al. O laboratório de enfermagem em Centro cirúrgico. São Paulo, Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, 1995.
BORGES, A.T. Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.19, n. 3, p.291-313, dez. 2002.
FRIEDLANDER,M.R. A teoria e a prática da demonstração na enfermagem. Acta Paul. Enf.,São Paulo, v.6, n.4, p.33 – 38, 1993.
LUNETTA, V. N. 2, n. 1, p. 81-90, 1991.