ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: O USO EDUCATIVO E LÚDICO DE JOGOS SOBRE DROGAS
AUTORES: SILVA, M.M.O (UECE) ; DE SOUZA FILHO, A. C. F (UECE) ; DE SOUSA, F.L. S (UECE) ; FALCÃO, P.B (UECE) ; CORDEIRO, S.A (UECE) ; MACHADO, V.B (UECE)
RESUMO: Cresce vertiginosamente em nossos dias o consumo das drogas de abuso entre jovens,
invadindo o espaço escolar, propiciando cenas de violência e destruição de vidas. Como
uma forma de ensinar Química e ao mesmo tempo trabalhar a questão das drogas na
disciplina foram criados jogos para aplicação em sala de aula. Os jogos elaborados têm
o intuito de informar e conscientizar de forma dinâmica, interativa e bastante atrativa
sobre as consequências do uso irregular das drogas.
PALAVRAS CHAVES: ensino de química, jogos educativos, drogas.
INTRODUÇÃO: Em virtude da carência dos métodos apropriados para a interação ensino-aprendizagem,
o conteúdo de Química se torna um problema para os alunos, uma vez que as ferramentas
didáticas utilizadas são restritas a livros, muitas vezes sem uma didática adequada,
tornando difícil a contextualização do conteúdo. Segundo FRIEDMAN (2000), os jogos
lúdicos se encontram na gênese da construção do conhecimento, da apropriação da
cultura e da constituição do aluno como sujeito humano, como aspecto fundamental do
processo de formação. Os jogos aumentam a capacidade de criação podendo inclusive
recriar a realidade na escola. O jogo é, portanto, uma ferramenta de valor
indispensável no processo de ensino e aprendizagem e sua utilização nas aulas de
Química, sob a orientação do professor, propicia um ambiente descontraído e adequado
à aprendizagem. Partindo dessa premissa foram elaborados jogos educativos, sobre a
química das drogas de abuso definidas, segundo LONGENECKER (1998), como drogas usadas
sem supervisão médica por motivos não relacionados à saúde. Dados sobre a dependência
de drogas no Brasil, coletados pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas (CEBRID) em 2001, em 107 das maiores cidades brasileiras com mais de
200 mil habitantes, mostrou em ordem decrescente de consumo o álcool (68,7%) seguido
pelo tabaco (41,1%), maconha (6,9%), solventes (5,8%), anorexígenos (4,3%),
benzodiazepínicos (3,3%), cocaína (2,3%), codeína (2,0%), estimulantes (1,5%) e
heroína (0,1%) (FRANCISCHI, 2005). Atualmente, outras drogas como o crack e o oxi
surgiram aumentando os prejuízos à sociedade. O objetivo da criação desses jogos foi
facilitar e dinamizar a aprendizagem da Química, socializando a informação sobre as
consequências do abuso das drogas.
MATERIAL E MÉTODOS: Os jogos foram elaborados por um grupo de estudantes, composto por alunos do curso de
Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará. O primeiro jogo, “Trilho
das Drogas”, é constituído de um tabuleiro com 53 casas, sendo 13 de casas com cartas
de charadas, 13 casas com cartas informativas, 26 de conscientização e uma casa
referente ao início e outra à chegada. Com o auxilio de dados, pinos e cartas, que
terão informações de determinada droga, como: tipo, efeitos, duração do efeito,
principio ativo e formas de uso; o jogador terá condições de movimentar-se durante a
partida e assim vencer o jogo. O segundo jogo, “Embaralho das Drogas”, é composto por
39 cartas e será dividido em três grupos; o primeiro grupo terá a imagem da droga, o
segundo grupo terá o nome usual e cientifico da droga mais a estrutura do seu
principio ativo e o terceiro grupo aborda os efeitos de determinada droga. A
finalidade do jogo será formar um trio de cartas, com a imagem, a nomenclatura e
efeitos respectivos relacionados à cada droga.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os jogos educativos foram aplicados em um grupo de discentes do Curso de Licenciatura
em Química da Universidade Estadual do Ceará. Foi observado que o método utilizado
despertou interesse e curiosidade em relação ao assunto, tornando a aprendizagem mais
significativa. Também foi possível perceber que houve uma maior socialização do
conhecimento adquirido a partir da descontração entre os jogadores, tornando a
aprendizagem um fato prazeroso.
CONCLUSÕES: A elaboração e o uso dos jogos educativos motivaram os alunos a interagir com o
professor dentro da sala de aula, facilitando ao aluno a construção do conhecimento em
conjunto com o docente. Deve-se ressaltar ainda a conscientização dos alunos sobre as
consequências do uso de drogas de abuso.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FRANCISCHI, J. N. A Farmacologia em nossa vida. Belo Horizonte. Ed. UFMG. 2005.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o regate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.
LONGENECKER, G. L. Como Agem as Drogas. Ed. Quark do Brasil Ltda. 1998.