ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Dificuldade em aprender Química: uma questão a ser abordada no processo de ensino

AUTORES: SILVA, N.C (IFMA) ; ALMEIDA, A. C. B. (IFMA) ; BRITO, A. C. F. (IFMA)

RESUMO: O ensino de química ainda segue o modelo tradicional, que se caracteriza pelo conhecimento de inúmeras fórmulas por parte dos alunos e memorização de conteúdos, sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem no cotidiano. Mas a importância deste ensino não está no simples conhecimento do conteúdo teórico, mas também na formação do aluno como cidadão, capaz de compreender e questionar os fenômenos que ocorrem em sua volta. Portanto, precisa haver mais compreensão e aplicabilidade dos conteúdos vistos em sala. Este artigo pretende identificar as razões pelas quais as pessoas gostam ou não das aulas de Química, com base em um questionário respondido por estudantes de escolas públicas e particulares. Buscou-se ainda explorar as experiências pessoais que ajudem a aumentar tal aprendizagem.


PALAVRAS CHAVES: ensino de química, aprendizagem, conteúdo.

INTRODUÇÃO: A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que estes possam julgá-la, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola,com pessoas, etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão. Mas o atual sistema de educação passa por diversas dificuldades. Segundo Menegolla: “A escola foi a que menos evoluiu, tendo permanecido, ao longo do tempo, embebida numa antiquada e inadequada pedagogia que não atende à realidade e às necessidades atuais de seus alunos". A situação piora, quando utilizamos desse raciocínio em Química, onde é cotidiana a memorização de fórmulas e a aprendizagem mecânica dos conteúdos. Em algumas escolas, o ensino da Química é abordado de um modo no qual os alunos não criam ânimo para aprendê-la, podendo ser pela metodologia que está sendo aplicada. Embora, se coloque alguma essência para melhorar a aparência da mesma, não priorizam as informações ligadas à realidade vivida pelos alunos e professores. Enfatizam o assunto, buscando apenas teorias e não uma maneira de demonstrar sua contribuição no cotidiano. Por isso, este trabalho foi realizado com o intuito de analisar o interesse dos alunos do ensino médio de escola pública e particular em aprender Química, também em saber quais as dificuldades encontradas por ela em sala de aula e como se obtêm sua motivação, sendo feito um questionário, abordando aspecto sócio econômico e cultural, fazendo uma comparação entre ambos para saber as diferenças e semelhanças em suas respectivas aprendizagens e propondo soluções para que o interesse aumente de acordo com as motivações dadas a cada aluno.

MATERIAL E MÉTODOS: Aplicou-se um questionário discursivo, o qual teve como objeto de pesquisa alunos de escola pública e particular do ensino médio (2º e 3º ano, respectivamente). Participaram 27 alunos do 3º ano de cada escola e 24 alunos do 2º ano de cada escola, totalizando 102 alunos. O questionário continha perguntas, que versavam sobre elementos que poderiam interferir na aprendizagem e compreensão dos conteúdos de Química. A partir dos resultados obtidos, as respostas foram analisadas individualmente e transformadas em gráficos. Fez-se, portanto, o estudo de possibilidades para minimizar as dificuldades relatadas para a aprendizagem da Química.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: No ensino da Química é notável certo receio quando se fala em cálculos, fórmulas e tabela periódica, tornando a matéria cansativa e desinteressante para a maioria dos alunos, a partir dessa percepção verificou-se a necessidade da utilização de formas alternativas para o ensino de Química e, então procurar diferentes maneiras de abordar os conteúdos químicos para motivar o aluno a gostar da matéria em questão, sendo possível ser feito tal ato através de atividades lúdicas. Os alunos tanto da escola pública quanto da particular pensam que se os docentes adquirissem esse novo método para ajudar no ensino, a motivação e o interesse aumentariam. Nota-se que alguns já têm em mente a importância da Química em seu dia a dia, mostrando um grande interesse pela disciplina, mas tal motivação pode se perder quando o ensino se torna fastidioso. Há relatos de que alguns alunos só passaram a gostar mais da disciplina devido ao professor, ao verem como aquele docente tem uma animação, motivação para dar aulas, utilizando de seus artifícios para fazer com que o aluno obtenha interesse em aprendê-la. Logo se percebe que é possível fazer com que uma aula torne-se atraente, fácil, eficiente e prazerosa. Utilizando estratégias para prender suas atenções, como jogos, aulas dinâmicas, enfim, atividades lúdicas. Um fato interessante é que na escola particular, onde o gostar da Química é maior do que na pública, se torna o oposto quando se trata na influência que a mesma teria na futura profissão do alunado, pois a Química teria uma maior relação nas futuras profissões dos alunos da escola pública, onde a porcentagem do gostar da disciplina é menor, o que deveria ser o contrário. Logo,a aplicação do questionário permitiu identificar o real motivo do desinteresse do aluno em aprender Química.

CONCLUSÕES: Analisando os resultados, percebe-se que os alunos se sentem mais motivados para entender Química quando se tem uso de aulas práticas e dinâmicas, sendo possível a interação de aluno e professor. Portanto, são necessárias diferentes estratégias metodológicas recomendadas para tal ensino, de modo a transformar o cenário percebido, mas não só a realidade do processo ensino-aprendizagem como a do educando e educador. Além disso, é importante a realização de um diagnóstico prévio da turma com o intuito de saber o nível de conhecimento, as experiências de vida de cada um, motivações e interesses.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ALVES, Líria. O papel das atividades experimentais no ensino de Química. Disponível em:<http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o-papel-das-atividades-experimentais-no-ensino-quimica.htm> Acesso em: 07 de julho de 2011;
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MENEGOLLA, M. E Agora Escola? São Paulo: Cortez, 1992; MENEGOLLA, Maximiliano. E agora aluno? Petrópolis: Vozes, 1995;
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VYGOTSKY, l. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, 1895.