ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA COMO MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS DOS CURSOS DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DOS CAMPI DO IFMA
AUTORES: SMITH, T.V.P (IFMA) ; CARREIRO, O.P. (IFMA) ; PINTO, A.P. (IFMA) ; BRAGA, S.A. (IFMA) ; SOUSA. F.R. DE (IFMA) ; OLIVEIRA, M.M. (IFMA)
RESUMO: O desenvolvimento de estratégias modernas e simples, utilizando laboratórios, sistemas multimídia e outros recursos didáticos diversos, é recomendado para dinamizar o processo de aprendizagem. No entanto muitas destas tecnologias não estão ao alcance de muitos municípios do interior do país. Para isso, é preciso fazer adaptações, destas metodologias, tais como a utilização de materiais alternativos e jogos didáticos. Foi com esse intuito que alguns alunos e professores do curso de Licenciatura em Química do campus Monte Castelo, desenvolveram um minicurso de atividades lúdicas a fim de motivar os alunos dos campi do IFMA no interior do Maranhão.
PALAVRAS CHAVES: lúdico, ensino de química, ifma
INTRODUÇÃO: Espera-se de um bom ensino, aquele que é pautado nas vivências dos alunos abordando os assuntos de química incumbidos no papel social. Dessa forma há uma maior interação e motivação dos alunos em relações aos assuntos. Mas se os assuntos forem abordados com uma temática baseada em aulas experimentais, jogos interativos além de outras atividades lúdicas que estimulem a partir de uma brincadeira o interesse do aluno pelo assunto, haverá uma motivação ao aprender. As atividades lúdicas são recursos que contribuem para diminuir a barreira que os próprios alunos construíram para se protegerem da formalização das disciplinas exatas, pois ultrapassa essa barreira a partir de uma da motivação e interação com a realidade social. O uso dessas atividades no Ensino de Ciências ou de Química é recente tanto nacional como internacionalmente. Mesmo reconhecendo que o ato de ensinar deve ser tão antigo quanto à existência do próprio homem, observamos que ainda há uma preocupação constante dos educadores no desenvolvimento de procedimentos de ensino que possam disponibilizar o conhecimento da maneira mais clara e eficiente possível (GIACOMINI et al., 2006). Alguns materiais exteriores à sala de aula, e sua consequente manipulação facilitam a aquisição de conceitos materiais concretos, subsidiando a prática docente (SOARES et al., 2006). O objetivo deste trabalho, foi de apresentar aos alunos de licenciatura em química dos campi do IFMA localizados nos Município de Açailândia e Codó no Estado do Maranhão, uma forma de trabalhar com seus alunos na suas práticas pedagógicas, os conceitos de química de forma lúdica, possibilitando uma socialização entre os grupos formados, contextualização do conhecimento e motivação para a aprendizagem.
MATERIAL E MÉTODOS: Durante o minicurso foram abordados os seguintes temas: O lúdico na Química e Utilização de filmes e vídeos como material didático, A utilização de HQ (revistas em quadrinhos) como forma de ensino-apredizagem, O Grupo de Estudos em Química (GEQ) do IFMA-Campus São Luís Monte Castelo – Química Lúdica e Jogos como recuso didático no Ensino de Ciências (Química). Em cada uma das atividades eram abordados os referencias teóricos sobre cada metodologia e após essa etapa, os alunos construíam seus próprios materiais didáticos. Nesse caso, os materiais relacionados à metodologia de jogos para o ensino de química. Materiais de baixo custo, tais como isopor, cartolina, lápis entre outros foram utilizados na confecção dos mesmos. Ao final do minicurso foi pedido que eles respondessem a um questionário a fim de avaliar as metodologias apresentadas e desenvolvidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade foi desenvolvida em sala de aula, para confecção dos jogos tanto em Açailândia quanto em Codó. A criatividade dos alunos foi acima do esperado pela equipe do IFMA Monte Castelo, uma vez que eles não reproduziram os jogos apresentados pela equipe, e durante esta etapa do minicurso observamos a motivação e empenho das equipes em elaborar o melhor trabalho. A Figura abaixo mostra alguns dos materiais desenvolvidos pelos alunos.
Figura 1: (a) Jogo desenvolvido por alunos do campus Açailândia e (b) alunos do campus Codó.
Após a apresentação, aplicou-se o questionário a fim da avaliar a aceitação da metodologia. Todos foram unânimes e afirmar que essa metodologia é uma forma motivadora e prazerosa de se aprender química e que adotariam tais metodologias para auxiliar no processo ensino-aprendizagem. Algumas citações de alunos tais como: “agora me sinto motivada para cursar a licenciatura em Química” ou “gostaria que todas as alas fossem assim e que professores de outras disciplinas utilizassem esse método”, mostraram o quanto foi importante para eles o conhecimento de outras formas de ensino. Observa-se que essa prática contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades, que poderão ser usadas dentro das salas de aula ou exterior a ela, aumentando ainda a motivação dos alunos perante as aulas de Química, pois o lúdico é integrador de várias dimensões do aluno, como a afetividade, o trabalho em grupo e das relações com regras pré-definidas, promovendo a construção do conhecimento cognitivo, físico e social.
CONCLUSÕES: A apresentação dessa atividade foi uma forma de apresentar para os alunos de licenciatura em química dos campi do IFMA do interior do Maranhão, como contribuir para o processo de construção do conhecimento do aluno como mediador da aprendizagem. A partir das observações pode-se afirmar que a introdução das atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
AGRADECIMENTOS: Ao IFMA campus Monte Castelo, Açailândia e Codó.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GIACOMINI, R. A.; MIRANDA, P. C. M. L.; SILVA, A. S. K. P. & LIGIERO, C. B. P. “Jogo educativo sobre a tabela periódica aplicado no ensino de química”. Revista Brasileira de Ensino de Química. v. 1, n. 1, p. 61-76, 2006.
SOARES, M. H. F. B. & CAVALHEIRO, E. T. G. “O ludo como um jogo para discutir conceitos em termoquímica”. Química Nova na Escola. v. 23, p. 27-31, 2006.
