ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: A INICIAÇÃO AS AULAS EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA NO LABORATÓRIO DA ESCOLA ESTADUAL DOM JOSÉ ELIAS CHAVES NO MUNICÍPIO DE PACAJÁ-PA: UMA INOVAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE QUÍMICA PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO.
AUTORES: SILVA, JOSÉ ALBERTO (IFPA/SEDUC) ; SANTANA, SUELLEN SUZYANNE OLIVEIRA DE (IFPA/IESAM) ; DURÃES, MURILLO RODRIGO N. ALBUQUERQUE (SEDUC)
RESUMO: Química é uma ciência experimental e abstrata, dessa forma aprendê-la, sem a realização de atividades práticas e laboratoriais, no ensino médio acaba por tornar-se algo difícil. Não que a ausência de aulas práticas seja um fator determinante para aprendizagem do educando. Mas a iniciação das aulas experimentais em química em uma escola estadual pode, sem dúvida alguma, elevar a participação do aluno na prática educativa despertando um interesse maior do deste com a Química.Interesse esse elevado quando esses educandos estudam em uma escola no interior do estado, quando tanto recursos quanto os educadores para essas escolas já são difíceis de serem obtidos, devido inúmeros fatores ou a própria morosidade do Estado. Uma novidadade assim só corrobora ainda mais os conhecimentos dos educandos.
PALAVRAS CHAVES: laboratório, ensino médio e cotidiano.
INTRODUÇÃO: Ensinar química nas escolas estaduais de ensino médio é um desafio, tornando-se ainda maior quando só o método teórico é o único. Aproximar o conhecimento em Química do conhecimento cotidiano é uma prática muito comum nas salas de aula, principalmente no nível médio de ensino, uma vez que concepções realistas, puramente empiristas estão sempre presentes no ensino, principalmente quando se trabalha com conceitos mais abstratos para explicar os fenômenos do mundo microscópico (LÔBO, 2007).
No ensino de Química, o método experimental é um dos principais métodos que permite o desenvolvimento do aprendiz, no domínio do saber e saber fazer, pois durante a realização da experiência acontece uma unidade de atividades manuais e mentais onde se criam e se desenvolvem capacidades, habilidades e pensamentos (SILVA, 2006).
A utilização da prática vinculada à teoria e a disposição de experimentos que envolvam o conhecimento prévio do cotidiano do aluno, torna a relação professor-aluno mais confiável, e a aula torna-se mais atrativa.
As experiências de química em laboratório podem ser tomadas como sinônimo de contato direto e imediato com alguma realidade. Portanto, a associação das aulas experimentais, com o dia-a-dia, é sugerida por Freire (1996), como uma relação que facilita o aprendizado e procura valorizar o que se estuda com a prática diária, fazendo com que o aluno tenha prazer em participar da aula e freqüente a escola com maior interesse, incentivando a prática pedagógica considerando o conhecimento prévio do aluno e tornando este um pensador e autor de sua própria história (CURY, 2003).
Promover a prática experimental incentiva os alunos a desenvolverem suas habilidades e competências inerentes a vida cotidiana deles (ROBSON, 2005).
MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho propõe demonstrar que por meio de muita força de vontade, um pouco de investimento próprio e também a utilização de materiais caseiros, de fácil obtenção e de baixo custo, é possível melhorar o aprendizado de química. Diante de um cenário de total abandono em que o laboratório de química da escola se encontrava era de esperar primeiramente um plano de ação que visasse a limpeza e reestruturação do local. O passo seguinte foi a aquisição de vidrarias, reagentes – muitos desses comprados em farmácias – separação de recipientes de plásticos e vidros, para os reagentes. Em seguida, ocorreu o planejamento das aulas experimentais, a fim de que ocorresse de forma organizada e atendesse a todas as turmas da escola. Só a partir de então se deu inícios as aulas experimentais em meados de Março de 2011. Diante de uma aplicação metodológica como essa, demonstrando e construindo experimentalmente o ensino de Química, professor e aluno compartilham experiência e aprendizado tornando a Química mais compreensível, conforme preconiza MACHADO:
[...] O objetivo é promover uma integração entre teoria e prática, usando os experimentos como forma de interrogar a natureza e gerar as discussões sobre os fenômenos de interesse da química. (MACHADO. 2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Uma iniciativa como essa só vem a proporcionar um aprendizado mais significativo e muito bem recebido por todos em sala de aula. A iniciação as aulas experimentais apresentou resultados notórios e surpreendentes entre os quais se pode citar: uma redução no número de faltas às aulas de Química; uma maior participação dos alunos com indagações e discussões entre grupos e uma elevação nas médias dos alunos. Além disso, há várias sugestões e ações que vieram dos próprios alunos e que serão colocadas em práticas brevemente a fim de melhorar ainda mais infra-estrutura do laboratório e as aulas experimentais de Química. Assim, diante disso a prática experimental mostra-se como uma boa ferramenta na prática pedagógica, em que o aluno pode emergir do abstrato mundo da Química, e passar a entrar no campo de micro escala, conforme é necessário à Química para ser aplicada na sociedade. Afinal, não se pode querer construir uma visão química de tudo que cerca o aluno através apenas de parâmetros teóricos, sem algo tangível para que este possa aprender e compreender, afim transformar as informações em algo mais pautável como o conhecimento.
CONCLUSÕES: A prática no ensino de Química é um fator determinante para um melhor aprendizado para o educando. Só teoria não dá uma ampla visão a cerca do assunto. Foi diante desse desafio que a idéia da iniciação as aulas experimentais em Química na Escola Estadual Dom José Elias Chaves veio demonstrar e construir experimentalmente conceitos Químicos num ambiente que favorece o aprendizado, propondo a participação direta dos alunos podendo tornar qualquer assunto de Química mais compreensível.O conhecimento gerado na escola é um exercício de cidadania e da vida em sociedade dos alunos.
AGRADECIMENTOS: Ao Diretor da E.E.E.M Dom josé elias Chaves e a todos os alunos que acreditaram que esse sonho seria possível.
obs: Não enviei imagens pois são mui
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
FARIAS, ROBSON FERNANDES DE. Química, Ensino e Cidadania: pequeno manual para professores e estudantes da prática de ensino. 2ª ed. São Paulo, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, 1998 e 2009.
LÔBO, S. F. O ensino de Química e a formação do educador químico, sob o olhar Bachelardiano. Ciência & Educação, V. 14, N. 1, P. 89-100, 2007.
MACHADO e MORTIMER, Andréa Horta, Eduardo Fleury. Química, volume único: ensino médio. 1 ed. São Paulo: Scipione. 2007.
SILVA, Clarete C. da. Química aplicada ao cotidiano do aluno: o ensino de química para a formação do cidadão. Dissertação para obtenção do Título de Mestre, em Educação em Ciências e Matemática– Porto Alegre, PUCRS: 2006.