ÁREA: Ambiental

TÍTULO: ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO 2-terc-butil-5-n-pentadecilfenol E DO ionol NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO BIODIESEL DE SOJA.

AUTORES: SOUZA, F. H. N. (UFPI) ; ALMEIDA, L. R (UFPI) ; VIEIRA, T. W. DA S. (UFPI) ; HIDALGO, A. A. (UFPI) ; VEGA, M. L. (UFPI) ; CUNHA, H. N. (UFPI) ; RIOS, M. A. S. (UFPI)

RESUMO: RESUMO: Neste estudo, dois antioxidantes (2-terc-butil-5-n-pentadecilfenol e ionol)
foram avaliados quanto sua atividade de redução do grau de oxidação do biodiesel de
soja sob condição de estresse térmico. Cada antioxidante foi adicionado em
concentrações de 200 e 400 ppm. A estabilidade oxidativa de biodiesel com e sem
antioxidantes foi investigada por espectroscopia UV-visível e determinação do índice de
acidez.

PALAVRAS CHAVES: palavras-chave: antioxidante, biodiesel, uv-visível.

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: Os estudos relacionados à biocombustíveis tiveram na década de 70 (
DABDOUB et al., 2009) o período de maior investimento no desenvolvimento de fontes
alternativas renováveis (GUAN et at., 2009). Desta forma, as políticas de
sustentabilidade criadas em anos posteriores resultaram na maior utilização dos
biocombustíveis por meio de programas que tornaram obrigatória sua adição ao diesel
de petróleo (ALMEIDA, 2007). Com o objetivo de normalizar a utilização dos
combustíveis gerados da biomassa, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) a partir de 2005, assumiu o controle sobre o biodiesel
produzido no Brasil fiscalizando sua comercialização (CANDEIA, 2008). Por apresentar
constituição hidrocarbônica, o biodiesel possui tendência à oxidação como resultado
de sua sensibilidade à luz (foto-oxidação), em decorrência da reação do oxigênio
singleto (1O2) com as duplas ligações dos ésteres presentes neste biocombustível, o
que gera produtos secundários como hidroperóxidos conjugados e não conjugados
(RINALDI, 2007). Diante deste cenário, o fator oxidativo apresenta-se como um
inconveniente crítico para a não-conformidade do biodiesel. Nesta vertente, o
presente trabalho avalia o efeito do antioxidante 2-terc-butil-5-n-pentadecilfenol
(AS), oriundo do Líquido da Casca da Castanha de Caju (LCC) frente ao antioxidante
comercial ionol (AC), após adição destes ao biodiesel de soja, em diferentes
proporções. O biodiesel de soja aditivado e não aditivado foi submetido ao estresse
térmico na presença de ar atmosférico e suas alterações foram monitoradas via
espectroscopia – UV-visível e pela determinação do índice de acidez.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: O biodiesel de soja foi sintetizado a partir da reação de
transesterificação via rota metílica, utilizando-se hidróxido de potássio como
catalisador (T= 45 ± 2 °C). Posteriormente, o produto foi lavado com uma solução de
HCl 0,5 %, e em sequência com água destilada. O biodiesel obtido foi seco com sulfato
de sódio anidro, para completa remoção da água. Na etapa seguinte, o biodiesel de
soja foi aditivado através de misturas simples nas proporções de 200 e 400 ppm. Em
sequência, as amostras foram submetidas ao estresse térmico em um banho de óleo
mineral a uma temperatura de trabalho de 120 ± 10 °C, por um tempo de exposição de 6
h na presença de ar atmosférico. O monitoramento foi realizado a cada 60 minutos, o
qual foram retiradas alíquotas para análise de espectroscopia de absorção molecular
na região do UV-visível (varredura de 240 a 300 nm) e determinação do índice de
acidez (titulação volumétrica utilizando-se NaOH como agente titulante e
fenolftaleína como indicador).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: A estabilidade do biodiesel possui correlação com o grau de
insaturação dos alquilésteres, bem como, com a posição das duplas ligações nas
cadeias carbônicas. Desta forma, compostos primários e secundários de oxidação surgem
em decorrência do ataque do oxigênio singleto as duplas ligações. Comportamento
similar ao exposto na literatura (CANDEIA, 2008; ALMEIDA, 2007) foi observado para o
biodiesel de soja quando submetido às condições de estresse térmico (T = 120 ± 10
°C), conforme apresentam as Figuras 1-7.De acordo com os resultados apresentados nas
Figuras 1-5 observou-se um aumento da absortividade na faixa do espectro de UV-
visível para o biodiesel de soja não aditivado (Figura 1), indicando a formação de
dienos e trienos que ocorrem na fase inicial da oxidação (ambos apresentaram intensa
absorção em torno de 220 a 230 nm e 265 a 270 nm, respectivamente). Com a adição dos
antioxidantes AS e AC ao biodiesel observou-se nitidamente um retardo ao aumento da
absortividade nas referidas regiões (Figuras 2-5). As determinações do índice de
acidez apresentaram comportamentos similares para os antioxidantes AS e AC no que
tange o retardo a formação dos compostos ácidos de oxidação no biodiesel de soja
(Figuras 6 e 7).





CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: Diante dos resultados, pode-se concluir que o antioxidante 2-terc-butil-5-
n-pentadecilfenol apresenta relevante potencialidade antioxidante quando comparado ao
antioxidante comercial ionol. Uma vez que o 2-terc-butil-5-n-pentadecilfenol é derivado
de um subproduto da indústria de beneficiamento da amêndoa do caju (fonte renovável).
Neste sentido, entende-se que o objeto de estudo deste trabalho apresenta importante
relevância no que se refere ao tema de desenvolvimento sustentável, aproveitamento de
subprodutos e substituição de moléculas derivadas exclusivamente do petróleo.

AGRADECIMENTOS: AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CNPq, FAPEPI, CAPES, aos laboratórios do Grupo
de Materiais e Bionanotecnologia – Física/UFPI e LAPETRO, e ao PI

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, A. A. F. Avaliação da oxidação do Biodiesel Etílico de Milho por Meio de Técnicas Espectroscópicas. 2007. 76 f. Dissertação (Mestrado em Química) – Departamento de Química, Universidade Federal do Paraíba, João Pessoa. 2007.