ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: ESTUDO DA VARIAÇÃO DE CORES DE INDICADORES DE pH DE PLANTAS REGIONAIS DO CURIMATAÚ PARAIBANO
AUTORES: MELO,M.F.S. (UFCG) ; SILVA, P. S. G. (UFCG) ; MELO,I.S. (UFCG) ; LINS,M.P. (UFCG)
RESUMO:
As antocianinas são os pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores e frutos, seus extratos apresentam cores que variam em função da acidez ou alcalinidade do meio. A propriedade das antocianinas apresentarem cores diferentes, dependendo do pH do meio faz com que estes pigmentos possam ser utilizados como indicadores naturais. O presente trabalho teve como principal objetivo a extração de corantes de plantas regionais para o uso como indicador de pH. A extração dos corantes das plantas foi feita com o uso do solvente álcool etílico. Depois da obtenção dos corantes foram realizados o estudo de variações das cores em mudança de pH, sendo observado que algumas plantas obtiveram variações de cores, o qual possibilita que tais plantas em estudo sejam utilizadas como indicadores.
PALAVRAS CHAVES: ph, antocianinas, indicadores naturais.
INTRODUÇÃO: No início do século XX, Willstätter e Robinson relacionaram as antocianinas como sendo os pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores e que seus extratos apresentavam cores que variavam em função da acidez ou alcalinidade do meio. Foi notado que as antocianinas possuem coloração avermelhada em meio ácido, violeta em meio neutro e azul em condições alcalinas. As antocianinas são os pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores e frutos, seus extratos apresentam cores que variam em função da acidez ou alcalinidade do meio (WILLSTÄTTER e PRATT Apud TERCI, 2002). A propriedade das antocianinas apresentarem cores diferentes, dependendo do pH do meio em que elas se encontram, faz com que estes pigmentos possam ser utilizados como indicadores naturais de pH(MEBANE e BARRY Apud TERCI, 2002).
O uso de corantes naturais como indicador ácido base é uma alternativa que pode ser utilizada em substituição aos indicadores usuais de maneira a propiciar experimentos simples e de baixo custo para o ensino, utilizando-se de vegetais facilmente encontrados no Brasil. O presente trabalho tem como principal objetivo a extração de corantes de plantas regionais para o uso como indicador de pH. Este trabalho visa identificar corantes naturais que possam ser usados como indicadores ácido base, verificar o pH de mudança de cor e avaliar o seu espectro de cores em função do pH.
MATERIAL E MÉTODOS: As plantas foram coletadas na região do Curimataú paraibano, no período de janeiro a junho de 2011. Foram utilizadas sete plantas regionais diferentes (flores, frutos e sementes) com cores bem destacadas (tons de roxo, vermelhas, amarelas e tons de róseo). Os corantes das espécies foram extraídos por meio de maceração com o solvente álcool etílico, no qual ficou em repouso durante 24 horas, em seguida tiras de papel filtro foram mergulhadas nos corantes que após serem secas ao ar livre foram coladas em uma folha de transparência e recortadas em fitas. Para o estudo da variação de cores as fitas recortadas foram mergulhadas em soluções tampões de pH de 1 a 14 (veja figura 1) e observadas a variação de cor em diferentes concentrações de pH.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a realização dos testes para a obtenção da variação de cores dos indicadores naturais observou-se que algumas plantas tiveram variações de cores bem destacadas quando imersas nas soluções tampões, como mostra a figura1. Foram observados os pontos de mudança de cor (Vi) em meio básico, ácido e neutro, bem como um espectro de cores variadas em função do pH para as plantas P1 e P4. Os corantes com maior espectro de cores são melhores para montagem de papel indicador ácido base universal.
CONCLUSÕES: A partir dos resultados obtidos podemos concluir que as plantas em estudo apresentam variações de cores em mudança de pH o que permite sua utilização como indicadores de pH.
AGRADECIMENTOS: LEC, REMULT, CES/UFCG
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: TERCI, D. B. L.; ROSSI, A. V., INDICADORES NATURAIS DE pH: USAR PAPEL OU SOLUÇÃO? Quim. Nova, Vol. 25, No. 4, 684-688, 2002
TOKIO, M., E ROSELY, M. V. A. Manual de soluções, reagentes e solventes. 2º ed. 10º reimpressão. Editora gard Blücher LTDA. São Paulo, SP-Brasil, 1998.