ÁREA: Iniciação Científica
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS FOLHAS E CASCAS DE Cordiera sessilis (Vell.)
AUTORES: MAIA, F.M. (UFU) ; CANELHAS, B.B. (UFU) ; CUNHA, L.C.S. (UFU) ; OLIVEIRA, A. (UFU) ; MORAIS, S.A.L. (UFU) ; AQUINO, F.J.T. (UFU) ; CHANG, R. (UFU) ; MARTINS, C. (UFU) ; MELO, I. (UFU)
RESUMO: Antioxidantes são compostos que atuam inibindo e/ou diminuindo os efeitos desencadeados pelos radicais livres presentes em certas patologias, como o câncer e o envelhecimento precoce. A Cordiera sessilis Vell. é uma especie característica das matas ciliares do cerrado, bioma este que resta apenas 20% de área em estado conservado. Sabendo disso e que estudos sobre esta espécie são ainda incipientes na literatura, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante da Cordiera sessilis. As solução mais concentradas dos extratos de casca e de folha conseguiram reagir com 91,74% e 92,46%, respectivamente, dos radicais. Concluimos que os extratos das folhas e cascas apresentaram atividade antioxidante promissora quando comparada com outras folhas e cascas de plantas do cerrado.
PALAVRAS CHAVES: cordiera sessilis, fenóis, atividade antioxidante
INTRODUÇÃO: O cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, com 4.400 endêmicas (exclusivas) dessa área. É a segunda maior biodiversidade da América do Sul, superada apenas pela Amazônia. Ha trinta anos atrás, o cerrado brasileiro ainda era desconhecido e pouco explorado. Porém, hoje restam apenas 20% de área em estado conservado. Nele encontramos a especie exclusiva Cordiera sessilis Vell. que é uma rubiácea de copa baixa, que em muitas vezes adquire aspecto arbustivo. A madeira é empregada para lenha e carvão. Os frutos são comestíveis e também muito procurados pelos pássaros.
Antioxidantes são compostos que atuam inibindo e/ou diminuindo os efeitos desencadeados pelos radicais livres presentes em certas patologias, como o câncer e o envelhecimento precoce.
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante, utilizando os métodos de seqüestro do radical livre DPPH, no extrato etanólico das folhas e cascas da Cordiera sessilis Vell.
MATERIAL E MÉTODOS: As amostras das cascas e folhas do vegetal foram coletadas e identificadas por especialista em meados de 2010 em uma área de reserva da fazenda Água Limpa, da Universidade Federal de Uberlândia. Cerca de 1 kg de cada material vegetal (casca e folha) foi seco à temperatura ambiente. O extrato etanólico das folhas e cascas de C. sessilis foi preparado por maceração à temperatura ambiente. O teor de fenóis foi determinado segundo Morais, a partir de uma curva analítica com soluções de concentrações conhecidas de ácido gálico. Para a determinação da capacidade seqüestradora de DPPH foram feitas cinco diluições a partir da solução inicial (1000 ppm). Em 0,3 mL da cada amostra adicionou-se 2,7 mL da solução de DPPH de concentraçao também conhecida. O decréscimo da absorvância das amostras foi registrado a 517 nm durante 1 h a cada cinco minutos. A atividade antioxidante foi expressa em valor de CE50 (concentração efetiva), através de um gráfico que relaciona a porcentagem de consumo de DPPH e a concentração das soluções testadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A solução mais concentrada do extrato de folhas conseguiu reagir com 92,46% dos radicais (Comportamento cinético do extrato etanólico das folhas frente ao seqüestro do radical DPPH, Grafico 1, Fig. 1). As análises de fenóis totais e valores de CE50 para as folhas e cascas estão na Tabela 1 (Fig. 1, Resultados das análises realizadas para o extrato das folhas de C. sessilis).
Na tabela 1, o teor de fenóis totais no extrato das folhas de C. sessilis e o valor de CE50 são explicados por comparações feitas com dados da literatura.
A solução mais concentrada do extrato de cascas conseguiu reagir com 91,74%, dos radicais (Grafico 2, Fig. 2, Comportamento cinético do extrato etanólico das cascas frente ao seqüestro do radical DPPH).
CONCLUSÕES: Os extratos etanólicos das folhas e cascas de C. sessilis apresentaram atividade antioxidante promissora quando comparada com outras folhas e cascas de plantas do cerrado.
AGRADECIMENTOS: Ao Instituto de Química/UFU e à FAPEMIG.
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