ÁREA: Iniciação Científica
TÍTULO: ANÁLISE DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO PELO MÉTODO FOX2 EM AMOSTRAS DE PLASMA.
AUTORES: SOUSA, J. G. M. (UFPI) ; SANTOS, L. M. (UFPI) ; MADEIRA, E. B. (UFPI) ; ASSIS, R. C. (UFPI) ; VASCONCELOS, U. S. (UFPI) ; SILVA E SILVA, A. F. (UFPI)
RESUMO: O FOX2 é um potente reagente na determinação de peróxidos de hidrogênio, tendo este método como base, a oxidação íons ferrosos para íons férricos. Assim, este trabalho visou detectar peróxido de hidrogênio em plasma sanguíneo de estudantes. O ensaio foi realizado em triplicada para amostra sem e com trifenilfosfina (TPP). A concentração média de peróxido de hidrogênio foi 0,55291 mol L-1±0,24616. A técnica espectrofotométrica no UV-Vísível utilizada do reagente FOX2 apresentou-se viável e eficiente para a detecção de peróxido de hidrogênio.
PALAVRAS CHAVES: fox2, detecção, peróxido de hidrogênio.
INTRODUÇÃO: São crescentes as pesquisas com radicais livres que se caracteriza por possuir átomos ou moléculas instáveis (ANDRADE et al.,2005), sendo potencialmente prejudiciais por sua capacidade de reagir com diversas estruturas celulares produzindo danos: lipoperoxidação de lipídeos insaturados das membranas celulares, às proteínas e ao DNA, provocando diversas alterações na função celular e, portanto, tecidual (SCHENEIDER & OLIVEIRA, 2004) levando assim, as doenças como: câncer, doenças hepáticas, aterosclerose, diabetes, doença de Parkinson, cardiopatias etc. As possíveis fontes desses radicais livres podem está relacionadas à disfunção da mitocôndria das células, pelo fato de ser uma organela chave na formação de radicais livres (BELTRÁN et al., 2009).
O Método em destaque neste trabalho é ensaio FOX2, que é baseado na oxidação de metais ferrosos para íons férricos por hidroperóxidos em condições ácida. O FOX2 em conjugação com trifenilfosfina (TPP) corrobora para diminuição das interferências presente no plasma. Dentre as técnicas existentes o método FOX2 se sobre sai, por apresentar cinética de reação independente da estrutura química de hidroperóxidos. O FOX2 é constituído por 90% de metanol (HPLC)/2,5 mmol L-1 ácido sulfúrico, tais reagentes desnatura a proteína satisfatoriamente deixando os íons ferrosos para hidroperóxidos livres (NOUROOZ-ZADEH, 1999).
O presente trabalho tem por objetivo detectar peróxido de hidrogênio (H2O2) em plasma sanguíneo de estudantes aparentemente saudáveis, pelo método FOX2.
MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado estudo do comprimento de onda máximo para FOX2, logo após foi construída uma curva de padrões com comprimento de onda máximo de 560 nm. Construiu-se a curva analítica para as seguintes concentrações de H2O2: 0,45, 0,85, 5,0, 8,0, 10,0 mol L-1, obtendo-se um coeficiente de correlação linear de 0,99986 e, a partir da equação da reta calculou-se o teor de H2O2 nas amostras.
Para as analises foi feito o seguinte procedimento: O sangue foi colhido de 24 estudantes, em tubos de ensaio heparinizados, cerca 4 mL, os quais, foram centrifugados por 4 minutos. Após centrifugação o plasma de cada amostra foi adicionado a 6 tubos “eppendorf” 1,5 mL. Estes tubos foram divididos em 3 para plasma sem TPP e 3 para plasma com TPP. O plasma adicionado foi 90 L em cada tubo, logo após adicionou-se 10 L de metanol (HPLC) aos três primeiros e aos outro três foi acrescentado 10 L TPP, os mesmos ficaram incubados por 30 minutos, passado o tempo foi acrescido de FOX2 900 L, os respectivos tubos com e sem TPP. Ficando novamente 30 minutos incubados. Após a incubação em temperatura ambiente, as amostras foram centrifugadas a 15000 g a 20 °C por 10 minutos. O sobrenadante obtido é cuidadosamente adicionado numa cubeta de 1 mL e a absorbância é lida a 560 nm por espectroscopia no UV-Visivel.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Figura 1 mostra as médias das absorbâncias e desvios padrões para plasma sem TPP e com TPP dos estudantes. Pela a diferença determina as concentrações de peróxido de hidrogênio nas amostras que foram calculadas com base na curva de calibração.
A Figura 2 demonstra à média e o respectivo desvio padrão para os teores de H2O2 encontrados nas amostras de plasma de estudantes que apresentaram valores de 0,55291 mol L-1 e desvio padrão 0,24616. Valor baixo comparado com os valores estabelecidos por Nourooz-Zadeh. Mais com desvio padrão bem menor. Por se tratar de amostras biológicas diferentes, razão que nos leva a acreditar que a desciparidade de valores são justificados, e credencia a técnica desenvolvida, por Nourooz-Zadeh, apresentando resposta satisfatória para o analito em questão. Já que outras técnicas mostram respostas de um analito derivado.
CONCLUSÕES: A técnica espectrofotométrica no UV-Vísível utilizando o reagente FOX2 se mostrou viável e eficiente para a detecção de peróxido de hidrogênio para amostras de plasma sanguíneo. Entretanto, a análise dos resultados constatou-se que o teor de peróxido encontrado nas amostras está baixo, aos citados por Nourooz-Zadeh, em termos numéricos. Razão justificada pela pequena amostra em ambos os casos e por se tratar de amostras de cunho biológico.
AGRADECIMENTOS: UFPI E PIBIC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: JÚNIOR, D. R. D. E. A., R. B. DE SOUZA, et al. 2005. Os radicais livres de oxigênio e as doenças pulmonares. J Bras Pneumol 31(1): 60-68.
SCHNEIDER, C. D. and OLIVEIRA, A. R. (2004). Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos de formação e adaptação ao treinamento físico. Ver Bras Med Esporte 10(4): 308-313.
BELTRÁN, B; NOS, P; DASÍ, F; IBORRA, M; BASTIDA, G; MARTÍNEZ, M; O’CONNOR, J; SÁEZ, G. MORET, I; PONCE, J. 2009. Mitochondrial dysfunction, persistent oxidative damage, and catalase inhibition in immune cells of naïve and treated crohn’s disease. 76-85.
NOUROOZ-ZADEH, J. 1999. Ferrous ion oxidation in presence of xylenol orange for detection of lipid hydroperoxides in plasma. Methods in enzymology 300: 58-62.